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Núcleo da inflação do consumo (PCE) nos EUA desacelera para 0,1% em maio

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O núcleo do índice de preços de gastos com consumo (PCE, na sigla em inglês) nos Estados Unidos desacelerou para 0,1% em maio ante abril, após ter se mantido em 0,3% por três meses, de acordo com dados divulgados nesta sexta-feira (28) pelo Departamento de Comércio do país.

Com isso, o núcleo em 12 meses também perdeu força, passando de 2,8% em abril em para 2,6% em maio.

O núcleo do PCE é a medida de inflação preferida pelo Federal Reserve (Fed, banco central americano) para suas decisões de política monetária e exclui variações de preços de alimentos e energia, considerados mais voláteis.

O índice cheio, que inclui essas categorias de preços, ficou em estável (0,0%) na comparação mensal e nos mesmos 2,6% na leitura anual, ambos em linha com o consenso LSEG de analistas. Um mês antes, a inflação tinha sido de 0,3% no mês e de 2,7% na comparação anual.

No mês, a inflação de bens diminuiu 0,4% e os preços dos serviços subiram 0,2%. Os preços dos alimentos aumentaram 0,1% e os da energia caíram 2,1%.

Na comparação anual, os preços dos bens diminuíram 0,1% e os preços dos serviços aumentaram 3,9%. Os preços dos alimentos subiram 1,2% ante maio de 2023 e os da energia aumentaram 4,8%.

Os gastos pessoais , indicador que é a soma do PCE mais pagamentos de juros pessoais e transferências correntes pessoais, aumentaram US$ 56,4 bilhões no mês. A poupança pessoal foi de US$ 806,1 bilhões no período e a taxa de poupança pessoal – poupança pessoal como porcentagem da renda pessoal disponível – foi de 3,9%.

Possível corte de juros este ano nos EUA se fortalece após inflação PCE de maio

O dado do Índice de Gastos de Consumo Pessoal (PCE, na sigla em inglês) nos Estados Unidos em maio divulgado hoje – que mostrou uma estabilidade no indicador cheio e uma alta de apenas 0,1% no núcleo – foi positivo em vários aspectos e é naturalmente uma boa notícia para a condução da política monetária pelo Federal Reserve. Mas, no entender dos economistas, isso é insuficiente para representar uma mudança de tendência sobre o início de cortes de juros pelo banco central americano.

De fato, a probabilidade de cortes exposta na plataforma FedWatch, do CME Group, mal se mexeu hoje. A chance de uma primeira redução de juros de 25 pontos-base em setembro está em 59,5% há uma semana, enquanto a chance de manutenção estacionou em 34,1% no mesmo período.

Já a probabilidade de começo da flexibilização em dezembro avançou apenas de 43% para 44% e a de manutenção recuou meio ponto percentual, para 30,4%.

Para Gustavo Sung, economista chefe da Suno Research, de forma geral, os dados foram positivos, mas continuam acima do desejado. Ele destaca em análise que, em maio, tanto a inflação do consumidor quanto a do produtor ficaram abaixo do esperado, trazendo alívio ao mercado. E não apenas o índice cheio, mas diversas outras métricas, como os núcleos.

“Entretanto, a desaceleração da economia e essa tendência inicial de arrefecimento da inflação ainda não são suficientes para o comitê de política monetária dos EUA, o Fomc, inicie o afrouxamento monetário. Vale a pena ressaltar que o mercado de trabalho segue resiliente”, comenta.

A estimativa de Sung é que o início do ciclo de cortes se inicie em dezembro de 2024, em 25 bps. “Essa estimativa depende da evolução do cenário inflacionário e do mercado de trabalho”, ressalta.

Francisco Nobre, economista da XP, tem uma análise parecida e avalia que o cenário em que o Fed vai poder reduzir os juros neste ano está cada vez mais claro.

A XP também mantém a perspectiva de que a flexibilização só comece em dezembro, uma vez que as incertezas permanecem.

Para ele, o mais importante para destacar não é se vão cortar os juros em setembro ou dezembro, uma vez que isso não mudará muito o cenário econômico para os EUA e também não ajuda muto o cenário econômico global.

O mais relevante, segundo Nobre, é que o mercado parou de postergar as expectativas de cortes na taxa de juros. “No começo ano, o mercado precificava sete cortes em 2024, as expectativas foram reduzidas para entre um ou dois cortes e eles estavam postergando cada vez mais. Agora, parece que está se consolidando a perspectiva de que o Fed vai, de fato, conseguir cortar. (…) Ou seja, o cenário está ficando mais claro.”

Sobre os dados da divulgação de hoje, o economista da XP diz ter visto surpresas adicionais positivas além do índice cheio. Ele destaca que, ao observar a variação em duas casa decimais, o núcleo do índice ficou em 0,08%, ante uma projeção de 0,13%, ou seja, cinco pontos-base baixo.

“E a surpresa veio da categoria mais importante, que é a de serviços excluindo moradia. O mercado esperava cerca de 0,20% e veio 0,10%. A categoria que mais impacta a função de reação do BC teve uma notícia positiva”, detalha.

Enquanto isso bens veio em linha com as expectativas (-0,18%), mais um número mostrando deflação. “A gente vem acompanhando muito a queda de bens, mas foi a primeira leitura negativa em quatro meses”, diz.

Andressa Durão, economista do ASA, também cita que a taxa mensal do PCE de maio veio um pouco abaixo do esperado quando se observa a variação em duas casas decimais.

“Os próximos dois dados de inflação serão decisivos para o Fed avaliar se um corte de juros em setembro ainda está na mesa. Nossa visão é de que a inflação não dará trégua e o Fed não terá confiança suficiente até setembro para iniciar o ciclo de corte de juros”, pondera.

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