Queda histórica nas ações da UPS após resultados trimestrais desapontadores

As ações da United Parcel Service Inc. (NYSE:UPS) listadas em Nova Iorque caíram 12,05% na terça-feira (23), uma queda histórica que superou a liquidação de 10,3% de julho de 2006. A queda ocorreu após a empresa não atingir as expectativas de lucro do segundo trimestre e revisar suas projeções para baixo.

A United Parcel Service também é negociada na B3 através da BDR (BOV:UPSS34). As ações UPSS34 variaram -R$6,11 por ação, uma queda de 12,04%, a um preço de fechamento de R$ 44,62.

A CEO Carol Tomé, em teleconferência com analistas, atribuiu a queda a uma mudança nos serviços preferidos pelos clientes, com mais escolha por opções terrestres e pelo SurePost, um serviço econômico em parceria com o Serviço Postal dos EUA. Apesar disso, Tomé destacou que o trimestre foi um “ponto de virada” com o aumento do volume de pacotes nos EUA após nove trimestres de declínio.

No segundo trimestre, o lucro líquido caiu para US$ 1,41 bilhão, ou US$ 1,65 por ação, em comparação com US$ 2,08 bilhões, ou US$ 2,42 por ação, no mesmo período do ano anterior. O lucro ajustado por ação, excluindo itens não recorrentes, caiu de US$ 2,54 para US$ 1,79, abaixo das expectativas de US$ 1,99. A receita caiu 1,1%, para US$ 21,82 bilhões, também abaixo das expectativas de US$ 22,17 bilhões.

O volume consolidado de pacotes aumentou ligeiramente para 1,339 bilhão de unidades. No segmento de embalagens domésticas dos EUA, a receita caiu 1,9%, para US$ 14,12 bilhões, com uma redução na receita por peça de 2,6%. O novo diretor financeiro, Brian Dikes, explicou que a queda se deveu a uma combinação de fatores, incluindo mix de produtos, pesos mais leves e zonas de entrega mais curtas.

As receitas internacionais caíram 1%, para US$ 4,37 bilhões, devido a uma queda de 2,9% no volume médio diário de exportações. No entanto, as receitas da cadeia de abastecimento cresceram 2,6%, para US$ 3,33 bilhões, impulsionadas pelo crescimento na logística.

Para o ano de 2024, a UPS espera uma receita de aproximadamente US$ 93 bilhões, revisando a margem operacional ajustada para 9,4%.