Após revisar suas projeções para a SLC Agrícola, o BTG Pactual agora estima um rendimento de fluxo de caixa livre (FCF) de 12,3% em 2025. O banco prevê que o EBITDA (lucro operacional) ultrapasse o consenso de R$ 2,9 bilhões no próximo ano.

O BTG também reduziu o preço-alvo da ação para R$ 24,00, em comparação com os R$ 29,00 anteriores, mantendo a recomendação de compra do ativo. Apesar das oportunidades significativas de crescimento apresentadas pela SLC Agrícola, a instituição financeira acredita que o curto prazo pode ser desafiador devido aos preços mais baixos das commodities.

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Os analistas participaram do Investor Day da SLC (BOV:SLCE3) na Fazenda Pamplona, onde os principais executivos discutiram diversos temas importantes relacionados à empresa.

No Farm Day da SLC do ano passado, a empresa manifestou preocupações específicas sobre o fenômeno El Niño. As condições climáticas desfavoráveis reduziram a precipitação em todas as áreas produtivas, incluindo Mato Grosso (MT), resultando em uma perda de 34% na safra de soja da SLC em MT, segundo o BTG.

Historicamente, a companhia replantava em média 2% de sua área de soja, mas a taxa de replantio atingiu 9% este ano. No entanto, com o retorno tardio das chuvas, espera-se que a safra de algodão seja recorde.

A previsão de rendimento para a primeira safra é de 2.071 kg/ha (+2,5% em comparação com a última estimativa divulgada em maio), e a segunda safra deve alcançar 1.974 kg/ha (+5,6%).

O rendimento esperado para a segunda safra de milho, por sua vez, caiu ligeiramente para 7.255 kg/ha (-4,3%). O banco destaca em seu relatório que a plantação de milho foi prejudicada pelo atraso no plantio da soja devido ao El Niño no Maranhão.

“Com a queda nos preços e rendimentos das commodities, esperamos que a SLC apresente margens mais baixas este ano”, afirma o BTG.