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A Chevron (NYSE:CVX) não atingiu as expectativas de lucro do segundo trimestre, afetada por margens de refino mais baixas. Esse desempenho negativo aumentou a pressão sobre suas ações, que já estavam sob impacto devido aos atrasos na aquisição da Hess Corporation (NYSE:HESS), (BOV:H1ES34). Com isso, as ações da Chevron caíram mais de 3% nas negociações da tarde de sexta-feira (2).
A Chevron também é negociada na B3 através da BDR (BOV:CHVX34).
A gigante do petróleo anunciou que mudará sua sede de San Ramon, Califórnia, para Houston, Texas, até o final de 2024. O CEO Mike Wirth se mudará junto com todas as funções corporativas nos próximos cinco anos. Wirth enfatizou que a decisão não está relacionada a disputas políticas, mas sim à necessidade de estar mais próximo do centro da indústria.
Os resultados do segundo trimestre mostram um lucro por ação ajustado de US$ 2,55, abaixo dos US$ 2,93 esperados pelos analistas. A receita foi de US$ 51,18 bilhões, superando ligeiramente os US$ 50,8 bilhões previstos. O lucro líquido da Chevron caiu 26%, atingindo US$ 4,43 bilhões, comparado a US$ 6,01 bilhões no mesmo período do ano passado.
O segmento de produção dos EUA registrou um lucro de US$ 2,16 bilhões, um aumento de 31% em relação ao ano anterior. Já o lucro da produção internacional caiu cerca de 30%, para US$ 2,3 bilhões, devido a menores vendas e preços do gás natural, além de impactos negativos da moeda estrangeira. No geral, a produção global de petróleo equivalente da Chevron aumentou 11%, alcançando 3,29 milhões de barris por dia.
O setor de refino nos EUA teve um lucro de US$ 280 milhões, uma queda de 74% em comparação ao ano anterior, enquanto o lucro do refino internacional caiu 25%, totalizando US$ 317 milhões. A receita total da empresa subiu para US$ 51,18 bilhões, acima dos US$ 48,9 bilhões do ano passado.
A aquisição da Hess enfrenta atrasos significativos, com uma audiência de arbitragem marcada para maio de 2025. A revisão pela Comissão Federal de Comércio também está em andamento, com previsão de conclusão no terceiro trimestre.
A mudança da sede para Houston encerra 145 anos da Chevron na Califórnia. A decisão foi bem recebida pelo governador do Texas, Greg Abbott, enquanto um porta-voz do governador da Califórnia, Gavin Newsom, descreveu a mudança como uma “culminação lógica” de uma transição que já estava em andamento há anos.
A Chevron reduziu investimentos na Califórnia devido a políticas ambientais rigorosas. A mudança para o Texas visa melhorar o desempenho da empresa, aproveitando um ambiente de negócios mais favorável. Wirth destacou que a decisão não foi motivada por questões políticas, mas pela necessidade de estar mais próximo do centro da indústria.
Com cerca de 7.000 trabalhadores na região de Houston, em comparação com 2.000 na Califórnia, a Chevron vê o Texas como um ambiente mais propício para suas operações. Wirth ressaltou que o Texas oferece uma vasta rede de recursos essenciais, desde fornecedores até universidades, que são cruciais para a competitividade da empresa.
