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Embraer: vice-presidente diz que companhia não conta com a obrigação de compra de clientes

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O CEO da Embraer, Francisco Gomes Neto, diz que a empresa “fica feliz” que o governo brasileiro esteja tentando incentivar compras de aeronaves da companhia pelas aéreas brasileiras. “Só uma aérea do Brasil voa com aeronaves da Embraer”, destacou o CEO nesta quinta-feira (29).

O vice-presidente de aviação comercial da companhia, Rodrigo Souza, disse que, ainda assim, a companhia “não conta com a obrigação de compra de clientes”. E destacou a importância de modelos como os produzidos pela Embraer (BOV:EMBR3) para o desenvolvimento de novas rotas.

“Novas rotas não são feitas com aviões de 200 assentos. Aviões de 100 a 150 lugares são ideais para esse tipo de desenvolvimento”, afirmou o executivo.

“O mercado está se reestruturando de uma forma que favorece os aviões da Embraer”, afirmou. Ele destacou a necessidade das aéreas em adicionar aeronaves com capacidade entre 100 e 150 passageiros em seus portfólios, como o modelo E2, o mais competitivo, segundo o executivo.

O E2 é uma aeronave de corredor único mais eficiente, com 25% de redução em emissões por passageiro.

“A gente olha também novas tecnologias com propulsão híbrida, célula combustível e hidrogênio. Não são para agora, são para 2030, 2035, 2038, mas nos dá então uma perspectiva também do que a Embraer pode desenvolver de novos produtos no futuro”, afirmou.

Os E-Jets são o principal produto da aviação comercial da Embraer e atingiram 2.200 unidades produzidas.

“A família E-Jets é uma das mais bem-sucedidas do mundo de todos os tempos no segmento de corredor único. Continua sendo competitiva e aumentando a presença da Embraer global”, afirmou.

Souza explica que há mais de 80 clientes voando nesses aviões, em mais de 55 países. São mais de 1.600 aviões em operação.

“As companhias aéreas não trocam de avião facilmente. Então, ter uma base de clientes forte significa que muitos deles comprarão mais aviões do que eles já têm em Embraer”, afirmou.

O executivo disse ainda que as companhias low cost começam a olhar para aeronaves do porte dos E-jets em suas novas estratégias.

Por enquanto, segundo Souza, a Embraer não tem planos de curto prazo para produzir aviões de maior capacidade.

Durante a pandemia, sem acordo com a Boeing para uma joint venture e a compra da concorrente pela Bombardier, a aviação comercial da Embraer precisou sacrificar margens em uma estratégia agressiva para competir com os outros players. Mas essa abordagem ficou para trás, segundo os executivos da companhia.

“A gente não precisa ser tão agressivo quanto estava sendo antes. Já temos a linha de 2025 basicamente vendida, 2026 uma boa parte e nas novas vendas, desde o ano passado, temos trabalhado para aumentar a lucratividade, aproveitar esse vento a favor de mercado”, afirmou Rodrigo Souza, vice-presidente de aviação comercial da Embraer.

Os executivos participam de evento da Embraer na B3, em comemoração aos 30 anos de listagem da companhia na Bolsa.

Informações Infomoney

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