Meio-Dia Mercado: Ibovespa acompanha mercados mundiais, em dia de pânico com a possibilidade de recessão nos EUA

O índice Ibovespa opera em baixa -1,21%, na casa dos 124 mil pontos.

Acompanhando a aversão global ao risco que fez o índice Nikkei recuar 12,4% hoje, maior baixa desde 1987, diante do receio de uma recessão nos Estados Unidos

As principais ações do índice estão em queda. Petrobras recua, 1,9% no papel preferencial e 1,4% no ordinário, Vale cai 0,4%, apesar das medidas de incentivo ao setor de serviços anunciadas hoje pelo governo da China.

O setor financeiro cai, com Itaú Unibanco PN perdendo 0,3%. A exceção é Bradesco PN, que sobe 4,5% após um resultado do segundo trimestre acima do esperado. Eletrobras ON cai 1,15%, e os índices de setores mais sensíveis à atividade, como industrial, materiais básicos e imobiliário, apresentam as maiores quedas, de 1,7%, 1,5% e 1,6%, respectivamente.

O PMI de serviços do Brasil mostrou crescimento acima do esperado, o que reduz a preocupação com a atividade local.

O dólar opera em alta de +0,74%, cotado a R$ 5,7716.

Nos Estados Unidos, as bolsas operam com baixa significativa, Dow Jones: -2,5%, S&P500: -2,95% e o Nasdaq: -3,6%.

O Vix, conhecido como o índice do medo, que mede a volatilidade das opções do S&P500, sobe 86,96%, para 43,72 pontos, maior nível desde 2020, o que mostra a preocupação dos investidores com o futuro da economia global.

A onda de temor derruba os preços de commodities e as taxas de juros e o dólar. Os mercados até apresentaram uma pequena melhora há pouco, depois da divulgação do índice de atividade dos gerentes de suprimento, o ISM, do setor de serviço dos Estados Unidos, que fechou julho com 51,4 pontos, ante 48,8 em junho e uma expectativa do mercado de 51,0.

Hoje também o presidente do Federal Reserve de Chicago, Austan Goolsbee, que não vota no Comitê de Mercado Aberto, admitiu que os números de emprego divulgados na sexta-feira e que dispararam a onda de liquidação global de ações foram mais fracos que o esperado, mas não parece ainda como uma recessão. Ele afirmou ainda, ao comentar a possibilidade de um corte extraordinário de juros, que tudo está sempre na mesa, incluindo aumentos e cortes.