As ações da Boeing (NYSE:BA) negociadas em Nova Iorque fecharam em alta de 3,4% na segunda-feira após o anúncio de um acordo provisório com o sindicato dos maquinistas, removendo um dos obstáculos enfrentados pela empresa. Esse aumento foi bem-vindo após uma queda de 9,3% na semana anterior, marcando o pior desempenho da empresa em oito meses.

A Boeing também é negociada na B3 através da BDR (BOV:BOEI34). As ações BOEI34 subiram 3,02%, a um preço de fechamento de R$ 909,04 reais.

O analista Seth Seifman, do JPMorgan, destacou que os termos financeiros do acordo foram aceitáveis para a Boeing, considerando a difícil situação financeira da companhia. O acordo foi fechado no início da manhã de domingo pela Associação Internacional de Maquinistas do Distrito 751.

A Boeing enfrenta pressão por diversas questões, como a necessidade de levantar capital, problemas com a produção do 737 MAX e preocupações sobre a necessidade de uma nova aeronave. Adicionalmente, complicações com a nave Starliner agravaram a situação, aumentando o pessimismo no mercado.

O analista Douglas Harned, da Bernstein, ressaltou que o acordo sindical alivia uma preocupação para a Boeing, embora a produção do 737 MAX ainda seja o maior desafio. Ele afirmou que não acredita na necessidade de uma nova aeronave e que uma oferta modesta de capital seria suficiente para evitar diluições.

Além disso, Scott Deuschle, do Deutsche Bank, também destacou o acordo como positivo, especialmente pela rapidez com que foi alcançado. O mercado de títulos da Boeing também mostrou sinais de recuperação, com os spreads dos títulos ativos se estreitando, conforme observado pela BondCliQ Media Services.