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A Ambipar Response, com foco na prevenção e gestão de acidentes industriais e ambientais, vai passar a ter presença física na França no primeiro trimestre de 2025. Desde que se listou na Bolsa de Valores de Nova York (Nyse), em 2023, a empresa tem desbravado o mercado internacional, de um ao outro lado do Atlântico.
Como consequência, o peso dos negócios no exterior no faturamento da Ambipar Responde dispararam. Atualmente, representam cerca de 70%, contra fatia de 20% há menos de dois anos. E a importância deve continuar aumentando diante dos novos passos da companhia no mercado internacional.
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“Tem uma área enorme a ser percorrida, em especial na França. Estamos olhando para lançar a nossa base entre janeiro e fevereiro”, diz o dono e presidente do Conselho de Administração do grupo Ambipar, Tércio Borlenghi Júnior, em entrevista exclusiva ao Broadcast.
Ele explica que a Ambipar Response já atuava na França, trazendo as suas equipes da Espanha ou do Brasil para atender a demanda local. Borlenghi integra a comitiva da iniciativa privada brasileira que teve um encontro hoje com o presidente da França, Emmanuel Macron, organizado pelo Lide – Grupo de Líderes Empresariais.
Segundo ele, além da Response, há potencial no mercado francês para a Ambipar Environment, que oferece serviços de análises ambientais, recuperação e remediação de áreas contaminadas. Neste segmento, o grupo também está ampliando os seus tentáculos mundo afora.
“Nós vamos abrir uma filial da Ambipar Environment em Dubai”, antecipa Borlenghi. Conforme o executivo, o lançamento deve ocorrer na segunda quinzena de novembro e já começa com um contrato local, cujo nome prefere manter no anonimato.
“A Ambipar Environment estava somente na América Latina. Agora, a gente começa a botar o pé nos Emirados Árabes e também vemos oportunidade de trazer o nosso negócio de economia circular para a França”, detalha.
Nos Estados Unidos e no Canadá, o potencial para a Ambipar Response também é grande, considerando um mercado que é muito fragmentado, conforme Borlenghi. “Ter 5% do mercado representa algo como bilhões de dólares”, calcula. A Ambipar Response atuou, por exemplo, na mega operação de retirada do navio cargueiro Dali, que colidiu com a Ponte Francis Scott Key, em Baltimore, nos EUA, neste ano.
Ações disparam na B3
Borlenghi diz que o foco do grupo é crescimento orgânico, consolidação de negócios e diminuição da alavancagem. “Esse é o mantra lá dentro: diminuição de endividamento e geração de caixa”, afirma.
O fundador da Ambipar (BOV:AMBP3) espera que os ajustes contribuam para que as ações do grupo subam ainda mais na B3. Os papéis acumulam salto de mais de 300% neste ano, movimento que começou com o empurrão do próprio controlador, aumentando posição no papel, e que foi seguido pelo investidor Nelson Tanure.
“A ação está indo bem, mas ainda não está onde a gente esperava. O problema é que o papel estava muito desvalorizado. Aquele preço não era real”, diz Borlenghi, que segue ampliando a sua fatia no negócio.
De acordo com ele, empresas com perfil semelhante nos EUA têm múltiplos de 18 vezes o EBITDA. O Grupo Ambipar negocia ao redor dos 10. “Temos espaço para dobrar. É a marca que a gente quer”, diz, afirmando que há um “trabalho árduo” na companhia para alcançar essa meta mais rápido, dentro de casa, ampliando e melhorando a operação, e fora, educando os investidores sobre os negócios da companhia.
