A China iniciou uma investigação contra a PVH Corp. (NYSE:PVH), fabricante americana de roupas que controla as marcas Tommy Hilfiger e Calvin Klein, suspeitando de boicote ao algodão da região de Xinjiang. O Ministério do Comércio exigiu uma resposta da empresa em 30 dias sobre a adoção de “medidas discriminatórias” contra produtos dessa região nos últimos três anos.
A PVH Corp. também é negociada na B3 através da BDR (BOV:P1VH34).
Se a PVH for considerada culpada, poderá ser incluída em uma “lista de entidades não confiáveis”, o que dificultaria suas operações na China e poderia resultar em multas ou revogação das autorizações de trabalho de seus funcionários. O ministério alega que a empresa prejudicou os interesses e a soberania da China ao boicotar o algodão de Xinjiang sem justificativa.
A PVH declarou que está colaborando com o Ministério do Comércio e que responderá de acordo com as normas estabelecidas. Em um relatório de 2022, a empresa afirmou que não adquiriu produtos de Xinjiang, direta ou indiretamente, em um contexto onde muitas empresas ocidentais têm se afastado de fábricas na região, alegando condições de trabalho forçado.
O Uyghur Forced Labor Prevention Act, promulgado nos EUA em 2021, proíbe a importação de produtos de Xinjiang, a menos que provem não ter vínculos com trabalho forçado. A lista de entidades vinculadas a Xinjiang foi ampliada para 73 empresas, levantando preocupações sobre condições de trabalho na indústria de vestuário. A PVH, por ser um player importante no mercado chinês, está em uma posição crítica diante desta investigação.