A FedEx (NYSE:FDX) revisou para baixo suas previsões de receita e lucro para o ano fiscal de 2025, citando uma demanda mais fraca do que o esperado. A empresa enfrenta dificuldades, especialmente com a redução nas remessas prioritárias, já que os clientes estão optando por serviços mais econômicos. O CEO Raj Subramaniam destacou o impacto de um ambiente econômico desafiador, que tem afetado negativamente o setor industrial global.
As ações da empresa negociadas nos Estados Unidos caem 13,61% no pré-mercado de sexta-feira, conforme a última verificação, em reação à divulgação do balanço. A FedEx também é negociada na B3 por meio da BDR (BOV:FDXB34).
No primeiro trimestre fiscal, a FedEx registrou um lucro líquido de US$ 790 milhões, ou US$ 3,21 por ação, abaixo dos US$ 1,08 bilhão do ano anterior. Ajustando para custos operacionais, o lucro foi de US$ 3,60 por ação, enquanto a receita caiu para US$ 21,6 bilhões, abaixo da expectativa de US$ 21,87 bilhões. Essa desaceleração reflete a queda nas vendas e a dificuldade em manter o ritmo de crescimento após o boom do comércio eletrônico nos últimos anos.
A empresa espera um crescimento de vendas modesto de “baixo dígito” para o ano fiscal, contrastando com a previsão anterior mais otimista. Além disso, a estimativa de lucro ajustado por ação foi reduzida para a faixa de US$ 20 a US$ 21, em comparação com a projeção anterior de US$ 20 a US$ 22. Esses números evidenciam os desafios da FedEx em um ambiente de demanda enfraquecida.
Para enfrentar a desaceleração, a FedEx está implementando cortes significativos de custos, com a iniciativa DRIVE, que prevê uma economia de bilhões nos próximos anos. Contudo, analistas alertam que as medidas mais fáceis de corte já foram realizadas e o impacto positivo dessas ações pode ser limitado. O aumento de custos operacionais no primeiro trimestre foi apontado como um dos principais desafios.
Outro fator que agrava a situação da FedEx é o fim do contrato com o Serviço Postal dos Estados Unidos (USPS), que gerará uma perda de US$ 500 milhões. Esse contrato, que termina em 29 de setembro, representou cerca de US$ 1,75 bilhão em receita para a FedEx no último ano fiscal. A perda desse grande cliente adiciona mais pressão sobre a empresa em um momento de desafios econômicos.
Apesar das dificuldades, a empresa continua confiante em sua capacidade de adaptação. Subramaniam enfatizou que a FedEx está focada no controle de fatores internos e na execução de suas iniciativas estratégicas para enfrentar o cenário desafiador. A expectativa é que a reestruturação, juntamente com ajustes em suas operações, ajudem a empresa a recuperar sua competitividade no mercado global de entregas.
O futuro da FedEx dependerá de como ela conseguirá equilibrar os custos operacionais e manter sua posição no mercado, especialmente com o crescimento da concorrência e a mudança de hábitos de consumo. A empresa continua a avaliar opções para seu negócio de frete, incluindo uma possível venda ou desmembramento, o que poderia oferecer uma nova fonte de recursos para lidar com a queda de receita e lucros.