Ibovespa cai 0,47%, pressionado pela forte alta na curva de juros e após decisão do Copom

O Ibovespa encerrou em queda o pregão desta quinta-feira, descolando do otimismo que marcou a sessão nos mercados americanos, pressionado pela forte alta na curva de juros, com investidores reavaliando visão inicial de ciclo de aperto monetário curto, após duro comunicado do Comite de Política Monetária (Copom) na véspera abrir apostas para uma alta de maior magnitude na decisão de novembro, na visão de operadores.

O índice Bovespa fechou com queda de 0,47%, aos 133.122 pontos. O volume ficou em R$ 21,9 bilhões, considerado mediano.

Os juros futuros encerraram em alta de até 20,5 pontos-base, com ênfase na cauda curta, em reação ao comunicado da decisão do Comitê de Política Monetária (Copom), com operadores pressionando o colegiado por novas altas da Selic e aceleração do ritmo de aperto, enquanto agentes de mercado também citam preocupações fiscais embutidas no encarecimento do custo de crédito.

O dólar à vista fechou em queda de 0,71% a R$5,4213 com o mercado reagindo à confirmação do aumento do diferencial de juros entre Brasil e Estados Unidos, após alta na Selic e um corte na taxa do Fed Funds.

O índice Dólar DXY, que mede o desempenho do dólar ante outras moedas, operava ao fim da tarde em queda de 0,29%, aos 100,64 pontos. Em uma cesta de 23 divisas observada pela Mover, o real tinha o quarto melhor desempenho ante o dólar no dia.

No cenário local, o mercado reagiu à decisão do Comite de Política Monetária (Copom) que elevou a taxa Selic em 25 pontos-base, em linha com as expectativas do mercado, porém com um comunicado visto como mais “hawkish”, ao alertar sobre um risco maior de alta da inflação e um hiato do produto positivo.

Os principais índices acionários de Wall Street fecharam em alta, com o Dow Jones e o S&P500 atingindo novas máximas históricas, com o clima de maior apetite ao risco tomando conta dos mercados depois da decisão do Federal Reserve de reduzir as taxas de juros em meio ponto percentual, sendo capaz de desenhar um pouso suave na economia local.

Os índices Dow Jones, S&P500 e o Nasdaq 100 encerraram em altas de 1,26%, 1,70% e 2,51%, respectivamente. As Treasuries yields de dois anos recuavam 3,1 pbs, a 3,590%, enquanto as de dez anos subiam 1,3 pbs, a 3,719%.

O número de norte-americanos que entraram com novos pedidos de auxílio-desemprego caiu na semana passada, sugerindo que o arrefecimento do mercado de trabalho deve seguir de forma gradual, e o mercado de trabalho encontra-se “saudável”.

Os pedidos iniciais de auxílio-desemprego caíram para 219 mil com ajuste sazonal na semana encerrada em 14 de setembro, informou o Departamento do Trabalho nesta quinta-feira. O mercado esperava 230 mil pedidos.

O mercado de trabalho esfriou consideravelmente, com uma grande redução nas contratações e diminuição nas vagas de emprego, o que levantou preocupações de uma deterioração nas condições que poderiam minar a expansão econômica. As demissões, entretanto, continuam baixas.

De acordo com o chair do Federal Reserve, Jerome Powell, o corte de maior magnitude adotado em setembro também tem como intenção manter um mercado de trabalho “ainda sólido”, em sua visão. Powell também afastou leitura de riscos de uma eventual recessão na atividade econômica.

Na véspera, Powell disse que “o mercado de trabalho precisa ser observado de perto”, mas acrescentou que a autarquia não estava esperando que as demissões aumentassem para reduzir os custos dos empréstimos.

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DESTAQUES DO IBOVESPA – (pregão à vista)

• ALTAS IBOVESPA

MRFG3: +4,53% a R$ 14,53
BRFS3: +3,66% a R$ 24,92
PRIO3: +1,90% a R$ 44,01
VALE3: +1,20% a R$ 58,23
CSNA3: +1,09% R$ 12,02

• BAIXAS IBOVESPA

BRAV3: -9,40% a R$ 18,89
ASAI3: -5,49% a R$ 8,26
HAPV3: −4,08% a R$ 4,47
VAMO3: −3,77% a R$ 6,89
PCAR3: −3,61% a R$ 2,94

Confira o ranking completo de todos os papéis negociados na B3.

1. 💥 Confira os destaques corporativos de hoje 💥

   Agrogalaxy (AGXY3)

   O conselho de administração da AgroGalaxy, grupo varejista de insumos agrícolas, aprovou e autorizou, em caráter de urgência, o ajuizamento de pedido recuperação judicial, informou a companhia. Saiba mais…

   Banco do Brasil (BBAS3)

   O Banco do Brasil informou que a carteira de crédito para o financiamento de energias renováveis atingiu R$ 15,4 bilhões no banco, crescimento de 16,6% em um ano. A meta do banco é dobrar o tamanho desse portfólio até 2030, chegando a R$ 30 bilhões em saldo. Saiba mais…

   Braskem (BRKM5)

   A Braskem deve se beneficiar da decisão do Comitê Executivo de Gestão da Câmara de Comércio Exterior (Gecex) de elevar tarifas de importação de produtos químicos reunidos em 29 códigos NCMs (Nomenclatura Comum do Mercosul). Saiba mais…

   Brava Energia (BRAV3)

   A Brava Energia informou que a retomada da produção no Campo de Papa Terra está prevista para o início dezembro deste ano. Saiba mais…

   Eletromidia (ELMD3)

   A Eletromidia divulgou a compra da 4yousee, empresa focada no mercado de Digital Signage e Analytics. Saiba mais…

   Eletrobras (ELET3/ELET5/ELET6)

   A Eletrobras iniciou uma oferta de R$ 1,63 bilhão em debêntures incentivadas com prazo de dez anos. Saiba mais…

   Itaú Unibanco (ITUB3/ITUB4)

   O Itaú Unibanco realizou emissões de Letras Financeiras Subordinadas Perpétuas, no montante total de R$ 1 bilhão, em negociações privadas com investidores profissionais. Saiba mais…

   Rede D’or (RDOR3)

   A Rede D’Or vai investir R$ 7,5 bilhões para abrir 5,4 mil novos leitos até 2028, informa o Valor. Essa quantidade representa aumento de 46% sobre a base atual. Saiba mais…

   Taesa (TAEE11)

   A Taesa informou que Marco Antônio Resende Faria renunciou ao cargo de diretor técnico. O executivo estava há 15 anos na companhia. Saiba mais…

   

   (Com informações da TC Mover e Momento B3)