O Ibovespa encerrou em queda o pregão desta sexta-feira, em meio a maior aversão ao risco global, após dados de emprego do Payroll nos Estados Unidos abaixo das expectativas alimentarem narrativa de um Federal Reserve “atrás da curva”.
Entre as ações, Vale e Petrobras pressionaram o índice, com o forte recuo das commodities ao longo da semana – em meio a projeções de uma desaceleração da China – maior importadora global de petróleo e minério de ferro.
O índice Bovespa fechou em queda de 1,41%, aos 134.572 pontos. O volume ficou em R$ 17,8 bilhões, abaixo da média de 50 pregões. Em termos semanais o Ibovespa acumulou uma queda de 1,05%.
Os juros futuros encerraram a sessão sem direção definida, com a cauda curta avançando até 5,0 pontos-base, enquanto a média e longa em leve queda de 1,0 pbs. O dólar à vista fechou em alta de 0,30% a R$5,5895 em linha com o índice Dólar DXY, que mede o desempenho do dólar ante uma cesta de divisas, que operava ao fim da tarde em alta de 0,13%, aos 101,18 pontos.
No mercado de commodities, os futuros do Brent operavam em forte baixa de 1,60%, a US$71,53 por barril ao fim da sessão, a caminho de queda semanal superior a 7%, depois que dados mostraram que o emprego nos EUA aumentou menos do que o esperado e com as preocupações com a demanda superando o atraso no aumento da oferta pelos produtores da Opep+.
Os futuros do Brent para entrega em novembro operaram no menor patamar desde maio de 2023 – caminhando para a maior queda semanal desde 3 de abril. A Opep+ decidiu, nesta semana, postergar sua restrição de produção por mais dois meses – em meio aos fracos dados da China – medida esta que surtiu efeitos momentâneos nos preços da commodity nos mercados internacionais.
Já os futuros do minério de ferro na bolsa de Dalian tiveram leve recuo de 0,07%, na sexta sessão consecutiva de perdas, e registraram a maior queda semanal em quase dois anos, de mais de 11%, com dados econômicos fracos da China pesando sobre as perspectivas de demanda no maior mercado mundial de aço. Nesta semana, o Bank of America reduziu a projeção de crescimento da China neste ano a 4,8%, ante 5,0% estimados anteriormente.
Os principais índices acionários de Wall Street fecharam a sessão em queda, com investidores reagindo ao relatório de empregos de agosto mais fraco do que o esperado, e após uma forte realização em ações de tecnologia. O S&P500 teve o pior desempenho semanal desde março de 2023, sob renovados temores de desaceleração econômica e um Fed “atrasado” em seu ciclo de corte de juros.
Os índices Dow Jones, S&P500 e Nasdaq 100 encerraram em quedas de 1,01%, 1,73% e 2,55%, respectivamente. As Treasuries yields de dois e dez anos recuavam 7,9 pbs e 1,2 pbs, a 3,667% e 3,719%. O Índice de Tecnologia (XLK) registrou a maior queda entre os índices setoriais do S&P500, caindo 2,53%.
As ações de tecnologia de grande capitalização caíram à medida que os investidores se desfizeram de ativos de risco, em meio a preocupações crescentes sobre a saúde da economia dos EUA. As Treasuries yields de dois anos – mais sensíveis à política monetária – recuaram ao menor patamar desde março de 2023.
O Relatório de empregos não-agrícola Payroll, divulgado pelo Departamento de Trabalho, mostrou que os EUA geraram 142 mil vagas de trabalho em agosto, abaixo do consenso, de 165 mil postos. Já taxa de desemprego recuou 0,1 ponto percentual, em linha com o consenso, a 4,2% sugerindo um mercado de trabalho resistente, na primeira queda em cinco meses.
Para parte do mercado, há indicações de possível início de ciclo de alívio monetário com cortes de 50 pontos-base, na esteira das revisões baixistas de geração de postos para meses antecedentes também. Mais cedo, o Departamento de Trabalho também revisou a geração líquida de 114 mil postos em julho para 89 mil. Em junho, a revisão foi maior ainda, a 118 mil postos, ante 179 mil reportados inicialmente.
Outra parte do mercado ainda vê início gradual dos cortes de juros, de 25 pontos-base – dado uma queda da taxa de desemprego em agosto e aceleração dos ganhos salariais por hora trabalhada acima do consenso. Essa ala vê uma melhora na margem que atenua os temores de recessão, sem demandar um corte maior.
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Data | Variação | Pontuação | Volume Financeiro |
02/09/2024 | -0,81% | 134.906,07 | R$ 13,9 bilhões |
03/09/2024 | -0,41% | 134.353,48 | R$ 22,3 bilhões |
04/9/2024 | 1,31% | 136.110,73 | R$ 21,7 bilhões |
05/9/2024 | 0,29% | 136.502,49 | R$ 18 bilhões |
06/9/2024 | -1,41% | 134.572,45 | R$ 17,8 bilhões |
DESTAQUES DO IBOVESPA – (pregão à vista)
- ALTAS IBOVESPA
CMIN3: +4,05% a R$ 6,17
BRKM5: +2,62% a R$ 18,83
STBP3: +0,81% a R$ 13,75
CSNA3: +0,69% a R$ 11,61
ABEV3: +0,15% R$ 12,99
- BAIXAS IBOVESPA
AZUL4: -6,75% a R$ 4,42
RRRP3: -5,20% a R$ 22,96
EMBR3: −4,64% a R$ 47,48
YDUQ3: −4,40% a R$ 9,57
PCAR3: −4,38% a R$ 3,06
Confira o ranking completo de todos os papéis negociados na B3.
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💥 Confira os destaques corporativos de hoje 💥
Americanas (AMER3)
Os acionistas da Americanas escolheram ontem os membros do novo conselho de administração da rede de varejo, que não contará mais em sua composição com a participação de Carlos Alberto Sicupira e de Paulo Lemann, filho do empresário Jorge Paulo Lemann. Saiba mais…
Auren (AURE3)
A Auren Energia informou que a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) anuiu previamente a transferência de controle societário indireto da AES Brasil, e validou a alteração de controle societário que resultará na conversão da AES Brasil, em subsidiária integral da Auren. Saiba mais…
Bmg (BMGB4)
O Banco BMG anunciou a venda da sua controlada BMG Seguros à Dayprev, seguradora pertencente ao grupo do Banco Daycoval. O preço da operação é equivalente a 1,47 vez o patrimônio líquido da Bmg Seguros na data de fechamento da operação. Saiba mais…
Braskem (BRKM5)
A Braskem informou que a Defensoria Pública de Alagoas abriu nova ação civil pública contra a petroquímica exigindo revisão de acordos de indenização por danos morais homologados pela Justiça, atribuindo à causa valor de R$ 5 bilhões. Saiba mais…
CBA (CBAV3)
A Companhia Brasileira de Alumínio (CBA) informou que, o Sr. Daniel Marrocos Camposilvan apresentou a sua carta de renúncia ao cargo de Diretor do Negócio Energia, a qual foi aceita, ficando no seu cargo até a data de 30/09/2024. Saiba mais…
Camil (CAML3)
A Camil anunciou a compra, de forma indireta, do grupo paraguaio Villa Oliva Rice, por valor não revelado. Saiba mais…
Dasa (DASA3)
A Dasa informou hoje que está em negociações avançadas para vender a Dasa Empresas, sua divisão de corretagem e consultoria de seguros, por um valor estimado entre R$ 195 milhões e R$ 245 milhões. Saiba mais…
Eletrobras (ELET3)
A companhia elétrica Eletrobras informou a precificação dos títulos (bonds) da empresa a serem emitidos no mercado internacional, no volume total de US$ 750 milhões. Saiba mais…
Eneva (ENEV3)
A Eneva concluiu auditoria confirmatória e assinou contratos para comprar usinas termelétricas do BTG Pactual, conforme operação anunciada em julho. Saiba mais…
Neogrid (NGRD3)
A Neogrid informou que, foi aprovado o grupamento da totalidade das ações da companhia, na proporção de 100 ações pré-grupamento para 1 ação, seguido imediatamente do desdobramento da totalidade das ações na proporção de 1 ação para 4 ações. Saiba mais…
Oncoclínicas (ONCO3)
A Oncoclínicas recebeu carta de renúncia encaminhada pelo Sr. Rodrigo Medeiros ao cargo de Vice-Presidente Executivo. Saiba mais…
Petrobras (PETR3/PETR4)
A Petrobras informou que recebeu o prêmio de “Refinaria do Ano de 2024” para a Refinaria de Paulínia (Replan), em São Paulo, por suas iniciativas em inovação, modernização, segurança e sustentabilidade. A Replan é a maior unidade de refino da Petrobras, com cerca de 30% do mercado. Saiba mais…
A Petrobras aprovou nesta semana a licitação para 10 navios do tipo OSRV, disseram fontes ao Broadcast. Saiba mais…
Santander Brasil (SANB11)
O Banco Santander Brasil realizou a emissão de letras financeiras subordinadas perpétuas, no montante total de R$ 7 bilhões 600 milhões e 200 mil, em ofertas privadas junto a investidores profissionais. Saiba mais…
(Com informações da TC Mover e Momento B3)