Meio-Dia Mercado: Ibovespa opera em baixa com possível alta da Selic e dados fracos da economia dos EUA

O índice Ibovespa operava em baixa de 0,26%, na casa dos 134 mil pontos.

Pesos pesados do índice operam em baixa, Vale cai quase 3%, acompanhando os preços dos metais no exterior e Petrobras PN perde mais de 1% com o petróleo operando em baixa acentuada.

Mais cedo, o IBGE divulgou o PIB do segundo trimestre, que subiu 1,4% frente ao trimestre anterior. O número veio acima da mediana das expectativas das instituições financeiras, que apontava para um crescimento de 0,9%. O intervalo das projeções, no entanto, era grande, e ia de uma alta de 0,4% a um avanço de 1,5%.

Com esses dados fortes do Produto Interno Bruto (PIB) no segundo trimestre fizeram o mercado ampliar as apostas de que o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central irá elevar a taxa Selic em 0,5 ponto percentual na reunião deste mês, para 11% ao ano.

Os juros futuros seguem em alta para os prazos mais curtos, janeiro de 2025 e 2026, e caem nos mais longos, refletindo o PIB mais forte do segundo trimestre e o mercado externo.

O dólar operava em alta de 0,57%, cotado a R$ 5,64.

Nos Estados Unidos, as bolsas operam em baixa, após dados de atividade industrial ficarem abaixo do esperado. Dow Jones: -1,18%, S&P 500: -1,24%, Nasdaq: -1,67%

Foi divulgado hoje, o índice de gerentes de compras (PMI) industrial da S&P Global subiu de 49,6 em julho para 47,9 em agosto. Pelo segundo mês consecutivo, o valor ficou abaixo dos 50 pontos, que indica contração da atividade.

O Índice Industrial do ISM subiu a 47,2 pontos em agosto, quando se esperava que subisse a 47,9 pontos. Ambos indicam que o setor industrial ainda encontra entraves para voltar a crescer no país, colocando preocupações sobre a saúde da economia.

O rendimento dos títulos do Tesouro americano acelera a queda, para 0,07 ponto porcentual para dois anos e 0,08 ponto para dez anos, para 3,86% e 3,83%, respectivamente. O índice do dólar, o DXY, perde 0,04%, para 101,61 pontos. O receio de desaceleração global derruba as commodities, com o petróleo tipo Brent perdendo 4,4%, para US$ 74,08 o barril.

Os investidores estarão atentos ao principal relatório de empregos, o payroll. Wall Street terá de enfrentar desafios, já que setembro foi o pior mês, em média, para o S&P 500 nos últimos 10 anos.