O índice Ibovespa operava com baixa de 0,53%, na casa dos 130 mil pontos e inicia a semana em queda, acentuando o clima de incerteza que já havia dominado os mercados na semana passada.
O temor dos investidores foi renovado após a elevação da taxa de juros pelo Comitê de Política Monetária e os sinais preocupantes sobre o aumento do déficit fiscal, que afetaram os juros de longo prazo no Brasil.
Com recado “mais duro” do Copom ao subir a Selic e a redução pelo governo do montante a ser contigenciado no Orçamento têm contribuído para o sentimento interno negativo. Os ministérios do Planejamento e da Fazenda apontaram na sexta-feira que a contenção total de verbas de ministérios para respeitar regras fiscais será reduzida de 15 bilhões de reais para 13,3 bilhões de reais, com ganhos de arrecadação compensando uma alta de gastos obrigatórios.
As ações de bancos, mineradoras e do setor elétrico lideram o movimento de baixa, enquanto setores mais sensíveis à elevação dos juros, como o imobiliário e de consumo, também sofrem pressões significativas. Os papéis do Itaú Unibanco PN caem 0,64%, Bradesco PN, 1,7% e Banco do Brasil, 0,25%. A Eletrobras ON recua 0,78% e a Vale perde 0,37%, acompanhando a queda dos preços do minério de ferro na China. O setor imobiliário, em especial, amarga uma queda de 1,50%, seguido pelo consumo, com retração de 0,77%, e o setor financeiro, com baixa de 1,14%.
Um destaque negativo é a Usiminas PNA, que despenca 6,12%, após o banco americano JP Morgan rebaixar sua recomendação de compra para venda e reduzir o preço-alvo das ações de R$ 11,00 para R$ 5,50. A Azul PN também enfrenta um cenário desfavorável, caindo 4,37% após a Moody’s rebaixar sua nota de crédito.
As ações da Santos Brasil disparam 15,9%, impulsionadas pela notícia da venda da participação dos fundos do Opportunity para a gigante global de transporte e logística CMA CGM. A Petrobras também se destaca, com alta de 1,64% em suas ações ON e 1,4% nas PN, beneficiada pela alta do petróleo Brent, que subiu 0,82% para US$ 75,12 o barril.
Os juros futuros, as taxas para prazos mais longos avançam, com alta de 0,04 ponto percentual para janeiro de 2026 e uma média de 0,10 ponto para os demais vencimentos.
O dólar operava em alta de 0,62%, cotado a R$ 5,5505.
Nos Estados Unidos, as bolsas operam em alta, Dow Jones: +0,16%, S&P 500: +0,31% e o Nasdaq: +0,29%.
Os investidores estão à espera do índice de inflação PCE, que será divulgado na sexta-feira, além de falas de dirigentes do banco central americano (Fed) sobre quais devem ser os próximos passos em relação ao juros ao longo da semana.
O rendimento dos títulos do Tesouro americano registra alta, com o prazo de dois anos subindo para 3,62% e o de dez anos para 3,79%. O índice do dólar (DXY) ganha 0,19%, atingindo 100,91 pontos.
No cenário internacional, as prévias dos PMIs de setembro apontam uma desaceleração, com o índice de manufatura caindo para 47,0, contra 47,9 em agosto, gerando incerteza sobre a força da recuperação econômica global. Os diretores do Federal Reserve, Raphael Bostic e Neel Kashkari, adicionam um toque de suspense ao indicarem que o ritmo dos próximos cortes de juros será mais cauteloso.
O ouro se destaca em meio à tensão no Oriente Médio, avançando 0,36% e alcançando US$ 2.653,80 a onça-troy, um novo recorde. O Bitcoin subia 0,68%, atingindo US$ 63.593.
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Termômetro B3 Maiores Altas ⬆️
Ação | Variação | Cotação R$ |
PETR3 | +2,02% | 40,50 |
PETR4 | +1,54% | 36,82 |
WEGE3 | +1,54% | 53,35 |
Maiores Baixas ⬇️
Ação | Variação | Cotação R$ |
USIM5 | -5,95% | 5,53 |
YDUQ3 | -4,43% | 9,49 |
CYRE3
|
-4,00% | 19,87 |
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