O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, convocou uma coletiva de imprensa nesta segunda-feira, na sede da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), em São Paulo (SP), para falar sobre as ações do governo federal em relação aos problemas no fornecimento de energia na Grande São Paulo no último fim de semana.
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No evento, o ministro foi questionado sobre o acordo de reparação do desastre da barragem do Fundão, em Mariana (MG) e voltou a dizer que ele está perto de ser concluído.
“Já estamos em fase de finalização de um acordo para receber R$ 167 bilhões pelo rompimento da barragem da Samarco em Mariana (MG). Espero que esses recursos sejam usados para reparar os crimes que ocorreram na região, que afetou os estados de Minas Gerais e do Espírito Santo”, disse o ministro.
No início de setembro, o ministro disse que a negociação do governo federal com as mineradoras Vale (BOV:VALE3) e BHP, sócias na Samarco, poderia ser concluído ainda este ano e que a repactuação deveria atingir R$ 167 bilhões ao todo, sendo R$ 100 bilhões em dinheiro novo que será repassado diretamente aos governos federal, de Minas Gerais e do Espírito Santo, em reparação aos danos causados pelo desastre de Mariana. A proposta anterior das empresas era de um acordo de R$ 140
bilhões, sendo R$ 82 bilhões em repasses diretos.
Em 5 de novembro de 2015, a barragem de Fundão, de propriedade da mineradora Samarco, controlada pelas empresas Vale e BHP Billiton, se rompe, despejando cerca de 60 milhões de metros cúbicos de rejeitos de minério de ferro. Considerada a maior tragédia ambiental do país, o desastre matou pessoas, engoliu comunidades e plantações, poluiu cursos dágua, deixando um rastro de destruição em toda a bacia do rio Doce, em Minas Gerais, com reflexos até a foz do rio, no estado do Espírito Santo, e no oceano Atlântico.