A CVC divulgou os resultados financeiros do 3º trimestre de 2024, reportando um lucro líquido de R$ 14,4 milhões, revertendo um prejuízo líquido de R$ 87,5 milhões do mesmo período do ano passado. Segundo a empresa, este foi o primeiro lucro contábil após 20 trimestres.
Esse resultado foi influenciado por ajustes não recorrentes relacionados principalmente aos impactos da pandemia de Covid-19, incluindo comissões não recuperadas, multas e baixas de receitas não realizadas.
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A receita líquida no 3º trimestre foi de R$ 363,8 milhões, representando um decréscimo de 3,2% em comparação ao mesmo período do ano anterior. A receita líquida do 3T24 no Brasil atingiu R$ 309,4 milhões, um crescimento de 1,1% versus 3T23.
O Ebitda (Lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) atingiu R$ 115,8 milhões, um aumento de 487,31% em comparação ao 3º trimestre de 2023. Com ajuste, o Ebitda somou R$ 124,7 milhões, um aumento de 29,1% comparado ao mesmo período do ano anterior.
A margem Ebitda ajustada foi de 34,3%, uma variação de 8,6 pontos percentuais sobre a margem de 25,7% do 3º trimestre de 2023, refletindo um melhor controle de custos.
No 3º trimestre de 2024, a CVC registrou um resultado financeiro negativo de R$ 42,8 milhões, uma redução de 28,7% em relação ao mesmo período do ano anterior. Segundo a empresa, a diminuição das despesas financeiras foi um dos fatores que influenciaram positivamente o resultado líquido.
Em relação aos custos, as despesas operacionais totalizaram R$ 248,0 milhões, uma redução de 30,4% em relação ao mesmo período do ano anterior. Essa redução significativa foi influenciada pela melhoria dos controles de inadimplência e processos de análise de crédito e cobrança da companhia.
A dívida líquida foi de R$ 433,7 milhões, uma redução de 32% em comparação ao mesmo período do ano anterior, que totalizava R$ 639,2 milhões. A alavancagem financeira foi de 1,2 vezes o Ebitda acumulado nos últimos 12 meses.
Os investimentos da CVC no período somaram R$ 23,6 milhões, uma variação positiva de 3,1%, focados em evoluções tecnológicas, visando ganhos de eficiência operacional.
Os resultados da CVC (BOV:CVCB3) referentes às suas operações do terceiro trimestre de 2024 foram divulgados no dia 12/11/2024.
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VISÃO DO MERCADO
A CVC está entre as maiores altas no Ibovespa nesta quarta-feira (13), registrando uma valorização de 3,30%, com suas ações sendo negociadas a R$ 2,19, às 13h20 (horário de Brasília), após chegar a subir mais de 5% mais cedo. Esse avanço não é por acaso: acontece um dia após a agência de viagens apresentar os resultados do terceiro trimestre de 2024 (3T24) que superaram as expectativas do mercado e trouxeram lucro pela primeira vez em mais de quatro anos.
Para se ter ideia, a empresa registrou um lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado de R$ 121 milhões no trimestre, com uma margem de 33,3%, superando as projeções em 17% do Itaú BBA. Além disso, o lucro líquido ajustado da companhia, segundo o padrão contábil IAS-17, alcançou R$ 18 milhões, dobrando a estimativa dos analistas do banco. Com base nesses resultados e nas expectativas de crescimento, o Itaú BBA mantém a recomendação de outperform (desempenho acima da média) para as ações da CVC, estabelecendo um preço-alvo de R$ 5,10 para o final de 2025.
O que anima os investidores também é que, no mercado brasileiro, as reservas cresceram 5% em relação ao ano anterior. O segmento B2B (empresa para empresa) ficou estável devido ao fechamento temporário do aeroporto de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul (RS), enquanto o segmento B2C (consumidor final) avançou 10%. Excluindo o impacto das inundações no RS, o crescimento do B2C chegaria a 12%, contabilizam os analistas.
A taxa de take rate, que mede a receita sobre as reservas, foi de 10%, 30 pontos-base acima da expectativa, impulsionada pela participação crescente de pacotes e produtos exclusivos, que representaram 19% das reservas, frente a 10% no mesmo período de 2023.
Por outro lado, o BBA analisa que na Argentina as reservas continuaram em queda, refletindo o cenário econômico adverso. No entanto, a redução de 22% foi uma melhora em relação à queda de 38% registrada no trimestre anterior. Com isso, o Ebitda ajustado da operação argentina foi positivo.
Para o quarto trimestre deste ano (4T24), as perspectivas da CVC são promissoras, segundo os analistas do banco. A empresa espera uma retomada do crescimento nas reservas, impulsionada pela reabertura do aeroporto de Porto Alegre e pela expansão contínua de sua rede de lojas – com 162 novas aberturas nos últimos nove meses. Além disso, a recente reestruturação da dívida, que adiou o início das amortizações para o segundo semestre de 2026, conforme os estrategistas “deu fôlego financeiro à companhia”.
- Avanços em eficiência operacional
Em relatório, o JP Morgan também escreveu que a CVC superou as expectativas ao apresentar uma performance acima do esperado. O banco, tal qual disse o BBA, também observou o desempenho da empresa quanto à Argentina e o Rio Grande do Sul.
Nesse sentido, conforme análise do JP Morgan, apesar de uma queda de 2% nas reservas em relação ao ano anterior, impactada pela fraca demanda na Argentina, o Brasil manteve seu crescimento, ainda que prejudicado pelas inundações em cidades gaúchas. Esse contexto positivo resultou no crescimento do Ebitda ajustado, que ficou 25% acima das estimativas do JP Morgan e 20% acima do consenso do mercado.
Os estrategistas pontuam ainda que a CVC também obteve avanços em eficiência operacional, com uma queda de 30% nas despesas administrativas e de vendas (SG&A) em caixa e uma redução de 14% nas despesas recorrentes, o que resultou em um aumento da margem Ebitda ajustada para 3,2%, contra 0,5% no terceiro trimestre de 2023.
Para os analistas, essa eficiência foi impulsionada pela redução nas provisões para inadimplência, que caíram 90% devido a melhores controles internos, e pela redução nos custos com cartões de crédito. No final, o lucro líquido ajustado da CVC foi de R$ 23 milhões, bem acima das expectativas do JP Morgan de -R$ 16 milhões.
Os analistas do banco dizem que esperam que o desempenho positivo da CVC continue a beneficiar o preço das ações, especialmente diante das medidas de controle de custos e da recuperação gradual em mercados-chave, como o Brasil.