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Bolsas mundiais: Os índices futuros americanos operam em alta na primeira negociação de 2025. O movimento segue o impulso que levou índices ao segundo ano consecutivo de ganhos anuais acima de 20%. Mesmo sem a movimentação mais forte esperada para as últimas semanas do ano, o retorno foi visto como sólido mais uma vez.
Nos Estados Unidos, os índices futuros operam em alta. Na última sessão de 2024, os três principais índices de ações americanos fecharam em território negativo, o índice Dow Jones terminou em 42.544,22 pontos, queda diária de 0,07%. O Nasdaq encerrou em 19.310,79 pontos, baixa de 0,90%. O S&P 500 foi para 5.881,63 pontos, recuo de 0,43%4. O rali acumulado neste e no ano passado, de 53,19%, é o maior desde o biênio 1997 e 1998, em dia de baixo volume, porém encerrando um ano extraordinário para o mercado acionário, que foi impulsionado a máximas históricas pelo boom da inteligência artificial e pelos primeiros cortes nas taxas de juros do Federal Reserve dos EUA em três anos e meio. Não houve rali do Papai Noel, mas os investidores receberam de presente os ganhos em 2024. Em 2024, o Nasdaq subiu quase 30%, enquanto o índice S&P 500 registrou um ganho de mais de 23%, marcando o melhor desempenho em dois anos desde 1997-1998. O índice blue chip Dow Jones registrou um avanço de quase 13% no ano.
Entre os principais setores, o que mais se destacou em 2024, novamente, foi o de IA. O entusiasmo com papéis de empresas relacionadas a esse segmento as colocaram perto de suas máximas históricas. A fabricante de chips Nvidia, que disparou 171,24%, é o maior reflexo desse movimento. Outro fator que animou o investidor de renda variável nos Estados Unidos foi a vitória de Trump em novembro, que começou a ser precificada dois meses antes. Setores como bancos e energia se destacaram entre os ganhos, na expectativa por medidas de desregulamentação econômica. A Tesla, montadora do futuro chefe do Departamento de Eficiência Governamental (DOGE) Elon Musk, também ganhou tração neste rali pró-Trump. O papel subiu 62,52% este ano.
Explosão: autoridades investigam se detonação em um veículo Tesla cybertruck, em frente ao Trump International Hotel foi um ato terrorista. Motorista do veículo morreu e sete ficaram feridos.
Na Europa, os índices operam em baixa. Os investidores começam 2025 com incertezas sobre as perspectivas para o ano, após uma sequência de dados sugerir um quadro mais sombrio para o setor industrial na região. O índice Stoxx 600 caía 0,17%, a 506,74 pontos. Os índices de gerentes de compras (PMI) industriais das principais economias europeias recuaram em dezembro, conforme leituras finais dos indicadores divulgadas nesta manhã. O da França, em particular, despencou ao menor nível desde maio de 2020, em meio à crise política que impede a aprovação de um novo orçamento.
Os números ajudaram a reprimir o esforço positivo que os mercados acionários exibiram logo na abertura, embora os ganhos do petróleo e do gás natural mantenham a maior resiliência dos negócios em Frankfurt e Londres. Na praça britânica, a ação da BP subia 0,87%, enquanto Siemens Energy ganhava 0,99% na alemã. Assim, o índice FTSE 100 tinha elevação de 0,07% e o DAX avançava 0,07%.
Na outra ponta, a forte desvalorização do setor de bens de luxo pesava em Paris, onde o índice CAC 40 caía 0,88% e liderava as perdas na região. O segmento está pressionado após dado indicar desaceleração da indústria na China, um importante motor de demanda para o consumo de alta renda. Entre os destaques negativos, Kering cedia 2,56%, Hermès caía 2,80% e Louis Vuitton se desvalorizava 1,89%.
Na Ásia, as bolsas encerraram em queda e as principais ações chinesas tiveram o pior primeiro dia do ano desde 2016, após um dado sobre o setor de manufatura induzir renovadas preocupações sobre as perspectivas para a segunda maior economia do planeta. O índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) industrial da China recuou para 50,5 em dezembro, conforme pesquisa final da S&P Global em parceria com a Caixin. O número acima de 50 mostra que houve expansão da atividade, mas em ritmo bem mais lento que no mês anterior.
O indicador jogou ao segundo plano as sinalizações do presidente do país, Xi Jinping, de que Pequim pretende implementar uma política econômica proativa em 2025. O índice Xangai Composto encerrou a sessão em baixa de 2,66%, a 3.262,56 pontos, enquanto o Shenzhen Composto perdeu 2,57%, a 1.907,04 pontos. O índice CSI 300, que reúne as principais empresas da China continental, cedeu 2,91%, a 3.820,40 pontos – pior abertura do ano desde 2016, de acordo com a Bloomberg. Em Hong Kong, o Hang Seng cedeu 2,18%, a 19.623,32 pontos. Em Taiwan, o índice Taiex cedeu 0,88%, a 22.832,06 pontos. Já o sul-coreano Kospi, de Seul, perdeu 0,02%, a 2.398,94 pontos. A ação da Jeju Air despencou 4,67% e estendeu as perdas recentes após um acidente aéreo que deixou 179 mortos no último domingo.
China: a atividade industrial chinesa cresceu em dezembro, mas a um ritmo mais lento do que o esperado, sugerindo que as recentes medidas de estímulo estão lutando para impulsionar a segunda maior economia do mundo. O PMI de manufatura Caixin cresceu 50,5 em dezembro, em comparação com as expectativas de 51,6 e com a leitura do mês anterior de 51,5.
Os mercados no Japão permanecerão fechados pelo resto desta semana.
Petróleo:
Os futuros internacionais de petróleo WTI estão sendo negociados a US$ 72,24 (+0,75%).
O Brent é negociado a US$ 75,18 (+0,70%).
Bitcoin:
Negociado a US$ 96.172,37 (+1,71%).
Ouro:
Negociado a US$ 2.645,20 a onça-troy (+0,80%).
Minério de ferro:
Negociado na bolsa de Dalian, +0,64%, a 782.000 iuanes (US$ 107,13).
Brasil:
Salário mínimo: O presidente Lula (PT) assinou na segunda-feira (30) o decreto que define o novo valor do salário mínimo, que será de R$ 1.518 em 2025, segundo o governo federal. O novo valor começa a valer em 1º de janeiro, impactando os salários recebidos pelos trabalhadores a partir de fevereiro. O reajuste de 7,5% considera a inflação de 2024 e o crescimento da economia brasileira, medido pelo Produto Interno Bruto (PIB).
Inflação e desconfiança: Focus encerra 2024 com previsões desanimadoras para 2025. O último Relatório Focus do ano aponta inflação de 4,96% para 2025, acima da meta do BC, e revisões negativas para PIB e câmbio. O cenário ecoa a crise econômica de 2015, agravado por estímulos fiscais e alta nos preços de commodities como carne.
Pesquisa: o Datafolha mostrou que o otimismo do brasileiro com o ano novo é o menor desde 2020. E, pela primeira vez em cinco anos, menos da metade dos entrevistados afirmou que a população terá uma situação melhor em 2025. Para 25% a situação será pior, e outros 25% apontaram que será igual. Outros 3% não souberam responder. A pesquisa mostra que para 61% dos brasileiros a economia do País está no rumo errado. Apenas 32% dos entrevistados acreditam que ela está no caminho certo.
Economia:
Selic: a Pesquisa de Economia Bancária da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), divulgada na quarta-feira, 1º, revela que a grande maioria das instituições consultadas (84,2%) espera que o Banco Central eleve a taxa básica de juros, a Selic, para além de 14,25% ao ano no atual ciclo de aperto monetário. Sobre a trajetória da Selic, a expectativa para os juros se elevou novamente ante as pesquisas anteriores, que são feitas a cada 45 dias pela Febraban com os bancos. Agora, a mediana para a Selic prevê alta até 15% ao ano em junho de 2025.
A BYD alcançou um marco significativo ao vender 4,25 milhões de carros de passageiros em 2024, com um aumento substancial nas vendas, especialmente no último trimestre. A montadora chinesa, que parou de produzir veículos movidos a combustíveis fósseis em 2022, diminuiu a diferença em relação à Tesla na disputa pela liderança no mercado de veículos elétricos. Com 1,76 milhão de carros elétricos vendidos no ano, a BYD continua a se destacar no setor, apesar de desafios externos e questões regulatórias em mercados como a União Europeia e o Brasil.
Commodities: O cacau teve o melhor desempenho entre as principais commodities em 2024, com um aumento de 175% nos preços, devido a temores de escassez e volatilidade do mercado. A produção foi afetada por colheitas ruins na Costa do Marfim e Gana, resultando em estoques globais menores. Enquanto isso, a soja enfrentou uma queda de 23% devido à alta oferta nos EUA e Brasil e uma demanda reduzida da China. A liquidez do mercado de cacau foi reduzida, exacerbando as flutuações de preços, e as condições climáticas desafiadoras podem continuar impactando a produção.
Shoppings: os shoppings brasileiros transformam sua proposta de valor, combinando varejo, gastronomia, entretenimento e serviços. Com 94,7% de ocupação, o setor cresce com inovações como restaurantes “instagramáveis”, centros médicos e áreas ao ar livre, reforçando seu papel como destinos multifuncionais na vida contemporânea.
O IPC-S da quarta quadrissemana de dezembro de 2024 subiu 0,31% e acumula alta de 3,99% nos últimos 12 meses.
O Índice de Confiança Empresarial (ICE) do FGV IBRE registrou uma queda de 0,1 ponto em novembro, atingindo 97,3 pontos. O resultado, assim como no mês anterior, reflete dinâmicas opostas em seus dois índices-componentes: enquanto o Índice de Situação Atual apresentou alta, o Índice de Expectativas recuou. Em médias móveis trimestrais, o ICE se manteve estável.
Agenda Econômica:
🇩🇪 05h55 – Alemanha/S&P Global: PMI industrial dezembro
🇪🇺 06h00 – Zona do euro/S&P Global: PMI industrial dezembro
🇬🇧 08h30 – Reino Unido/S&P Global: PMI industrial dezembro
🇧🇷 08h00 – Brasil/FGV: IPC-S da 4ª quadrissemana de dezembro
🇧🇷 08h00 – Brasil/FGV: Índice de Confiança Empresarial – dezembro
🇺🇸 10h30 – EUA: Pedidos de auxílio-desemprego
🇺🇸 11h45 – EUA/S&P Global: PMI industrial dezembro
🇺🇸 12h00 – EUA/Gastos com construção em novembro
🇺🇸 13h00 – EUA/DoE: Estoques de petróleo
🇧🇷 14h30 – Brasil/BC: Fluxo cambial semanal
Ibovespa:
Referência do mercado brasileiro, o principal índice fechou em alta de 0,01%, aos 120.283 pontos. O volume de negócios foi de R$ 17,6 bilhões, abaixo da média móvel dos últimos 50 pregões. No mês, o Ibovespa acumulou queda de 4,28%, pior desempenho desde janeiro deste ano. Já no ano, o Ibovespa acumulou queda de 10,36%, pior desempenho na base anual desde 2021.
Maiores altas do Ibovespa
AZUL4 |
+5.35%
|
R$ 3,54
|
BRAV3 |
+4.20%
|
R$ 23,52
|
LWSA3 |
+3.10%
|
R$ 3,32
|
COGN3 |
+2.83%
|
R$ 1,09
|
CMIN3 |
+2.79%
|
R$ 5,15
|
Maiores baixas do Ibovespa
AMOB3 |
-2.85%
|
R$ 0,34
|
ABEV3 |
-2.73%
|
R$ 11,74
|
IRBR3 |
-2.07%
|
R$ 42,45
|
CXSE3 |
-2.06%
|
R$ 14,25
|
PETZ3 |
-1.92%
|
R$ 4,07
|
Dólar:
O dólar fechou em baixa de 0,22%, cotado a R$ 6,179.
A moeda encerrou dezembro com alta de 2,98% e, em 2024, acumulou ganho de 27,34%, maior variação anual desde 2020, quando subiu 29,34%. A taxa Ptax fechou em baixa de 0,11% no dia, a R$ 6,1923; em dezembro, a taxa subiu 2,29%; no ano, acumulou alta de 27,91%.
IFIX:
O índice fechou em alta de 0,11%, aos 3.116,28 pontos. A mínima foi de 3.112,77 pontos e a máxima foi de 3.139,70 pontos.
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