Bom dia ADVFN – Nvidia sofre a maior queda na história dos EUA, primeiro dia de reunião do Copom, relatório da Vale e mais

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Bolsas mundiais: Os futuros americanos operam sem direção única, após o S&P 500 e o Nasdaq registrarem fortes quedas ontem diante de preocupações com uma possível bolha nas ações de inteligência artificial, alimentadas pelo surgimento da startup chinesa DeepSeek, que teria desenvolvido um modelo de IA competitivo.

Nos Estados Unidos, os índices futuros operam mistos. Ontem, o S&P 500 e o Nasdaq registraram fortes quedas diante de preocupações com uma possível bolha nas ações de inteligência artificial diante do surgimento da startup chinesa DeepSeek.

O Federal Reserve (Fed) iniciará sua reunião de política monetária de dois dias nesta terça. Os contratos futuros de fundos do Fed apontam uma probabilidade de 97% de que as taxas de juros sejam mantidas inalteradas, segundo a ferramenta FedWatch do CME Group.

Na tempora de balanços, Starbucks e Boeing estão previstas para divulgar resultados hoje.

A Nvidia sofreu, na segunda-feira, 27, a maior queda já registrada por uma empresa em um único dia na história dos EUA. A gigante de tecnologia viu seu valor encolher em mais de US$ 600 bilhões, superando o recorde negativo anterior de US$ 278,9 bilhões, também pertencente à empresa, em setembro de 2024. A forte queda das ações da Nvidia foi atribuída ao sucesso do modelo de inteligência artificial R1, desenvolvido pela chinesa DeepSeek. Analistas apontam que o avanço dos chineses pode abalar a liderança da Nvidia no mercado de IA. Este episódio pode marcar o início de um ajuste nas expectativas em torno da inteligência artificial. Especialistas mais pessimistas já vinham alertando sobre o possível “estouro da bolha” da IA, enquanto os otimistas acreditam que o setor ainda está no início de sua expansão. Apesar de ser uma das maiores beneficiárias da revolução da IA, o episódio da Nvidia mostra que a volatilidade ainda é bastante presente neste setor.

Na Europa, as bolsas operam em alta, com ações de tecnologia ensaiando tímida recuperação do tombo que sofreram ontem diante de preocupações com a concorrência da China e investidores reagindo a balanços corporativos locais. O índice pan-europeu Stoxx 600 avançava 0,53%, a 532,52 pontos. Apenas o subíndice de tecnologia tinha alta de 0,49%, depois de cair quase 3% no pregão anterior em meio ao sucesso do recém-lançado chatbot da startup chinesa de inteligência artificial DeepSeek.

Da temporada de balanços, destaque para a Siemens Energy, cuja ação saltava 3% em Frankfurt após a companhia alemã divulgar números de receita melhores do que o esperado. A empresa, que fornece hardware elétrico para infraestrutura de inteligência artificial, despencou 20% ontem em meio à liquidação de ações expostas à IA. Após o fechamento dos negócios na Europa, a gigante francesa do setor de luxo LVMH publica seu balanço.

Na Ásia, as bolsas encerraram mistos. As ações de Hong Kong subiram depois que Wall Street viu uma queda enorme nas ações de empresas de tecnologia, enquanto os mercados na China, Taiwan e Coreia do Sul estavam fechados devido a um feriado.

As ações relacionadas a chips do Japão estenderam as perdas pelo segundo dia, já que o desafio da startup chinesa de IA DeepSeek à liderança global dos Estados Unidos em inteligência artificial ameaça as empresas de tecnologia asiáticas que fazem parte da cadeia de valor de IA dos EUA.

Petróleo:

Os futuros internacionais de petróleo WTI estão sendo negociados a US$ 73,51 (+0,46%).

O Brent é negociado a US$ 77,46 (+0,49%).

Bitcoin:

Negociado a US$ 102.705,80 (+1,84%).

Ouro:

Negociado a US$ 2.742,97 a onça-troy (+0,04%).

Minério de ferro:

Os mercados na China estão fechados devido a um feriado.

Brasil:

Aumentos: A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, afirmou ao presidente Lula em reunião na segunda-feira que a companhia deverá reajustar o preço do diesel nas próximas semanas, segundo reportagem publicada no jornal Folha de S.Paulo. A gasolina, entretanto, não sofreria alta, segundo a matéria, que não informou quais as fontes da informação.

Impostos: Os combustíveis a base de petróleo devem subir a partir de sábado, 1º de fevereiro, em razão da alta do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). O aumento do ICMS cobrado sobre diesel e gasolina valerá para todos os estados e chega em momento de pressão sobre a política de preços da Petrobras, que não reajuste há meses os valores cobrados em suas refinarias. A mudança na cobrança do ICMS foi aprovada em novembro do ano passado, durante uma reunião do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz). No caso da gasolina, a cobrança do tributo deve subir R$ 0,0979, passando de R$ 1,37 para R$ 1,47 por litro, o que representa um aumento de 7,14%. Já para diesel, o ICMS subirá 5,31% ou R$ 0,0565, de R$ 1,0635 para R$ 1,12 por litro.

Economia:

Selic: Analistas consultados pelo Banco Central passaram a ver uma taxa Selic mais alta ao fim do próximo ano, elevando também suas projeções para a inflação em 2025 e 2026, de acordo com a pesquisa Focus divulgada na segunda-feira. O levantamento mostrou que a expectativa para a taxa básica de juros agora é de 12,50% ao fim do próximo ano, de 12,25% na semana anterior. Para 2025, a projeção de 15,00% foi mantida. O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil (BCB) deve elevar a taxa de juros em 100 pontos-base na decisão desta quarta-feira, 29 de janeiro, para 13,25% ao ano.

Nesta semana teremos a Super Quarta: dia em que o Banco Central (Bacen) e o Federal Reserve (Fed) divulgarão as novas taxas de juros para os respectivos países. Veja como ajustar seu portfólio.

Os fundos de pensão com cerca de R$ 32 bilhões em imóveis aguardam uma mudança na regulamentação em 2025 para decidir o futuro de seus ativos imobiliários e de seus investimentos no segmento. A expectativa do setor é que pode haver uma mudança nas regras, com liberação para que os fundos, que administram hoje cerca de R$ 1,29 trilhão, invistam novamente em imóveis de forma direta depois de seis anos e meio de restrição. A Previc (Superintendência Nacional de Previdência Complementar), autarquia do governo que supervisiona o setor, defende uma flexibilização das normas e apresentou em abril do ano passado ao Ministério da Fazenda uma proposta de uma revisão.

Recuperação judicial: o Brasil registra em 2024 o maior número de pedidos de recuperação judicial em 20 anos. No ano passado, foram registrados 2.273 pedidos de recuperações judiciais, segundo o Indicador de Falência e Recuperação Judicial da Serasa Experian. Esse foi o mais alto índice contabilizado desde o início da série histórica, iniciada em 2005, e representa um aumento de 61,8% em relação a 2023. A recuperação judicial é um recurso utilizado por empresas em crise financeiras para tentar reestruturar a dívida e evitar a falência. Entre as empresas que pediram recuperação judicial em 2024 estão Polishop, Dia, Sidewalk, Agrogalaxy e InterCement.

Considerando apenas o mês de dezembro, foram 188 requisições de recuperações judiciais, uma alta de 84,3% em relação ao mesmo 2023. Na visão por porte, o levantamento mostrou que o cenário foi ainda mais agravante para as “Micro e Pequenas empresas”, que puxaram a alta das solicitações e registraram 1.676 requerimentos, um aumento de 78,4% em relação a 2023. Em seguida, apareceram as “médias” e “grandes” companhias, com 416 e 181, respectivamente.

Agenda Econômica:

🇨🇳 China: Feriado do Ano Novo Lunar
🇧🇷 08h00 – Brasil/FGV: INCC-M de janeiro
🇧🇷 08h00 – Brasil/FGV: Confiança da Construção
🇧🇷 10h30 – Brasil/Receita: Arrecadação – dezembro e 2024
🇺🇸 10h30 – EUA/Deptº Comércio: Encomendas de bens duráveis – dez
🇺🇸 12h00 – EUA/Conf. Board: Confiança do Consumidor – jan
🇯🇵 20h50 –Japão: BoJ divulga ata da reunião de política monetária
🇧🇷 relatório de produção da Vale ⚠️
🇧🇷 Primeiro dia de reunião do Copom

Ibovespa e dólar no último pregão:

Ibovespa:

Referência do mercado brasileiro, o principal índice fechou em alta de 1,97%, aos 124.861 pontos. O volume ficou em R$ 22,9 bilhões, considerado mediano.

Maiores altas do Ibovespa