A Brava Energia atingiu nível recorde de produção em fevereiro, registrando aumento significativo quando comparado ao mês anterior. Este resultado decorre dos investimentos e melhorias implementados nos principais polos de atuação da Companhia.
O comunicado foi feito pela companhia (BOV:BRAV3) nesta sexta-feira (07).
A produção total bruta alcançou 73.854 barris de óleo equivalente por dia (boe/d), acima dos 67.620 boe/d registrados em janeiro. O aumento foi distribuído entre os segmentos onshore (35.444 boe/d) e offshore (38.410 boe/d). A produção de óleo também cresceu, atingindo 61.264 barris diários, impulsionada pelo Complexo Potiguar, Complexo Recôncavo e pelos ativos offshore Atlanta e Papa-Terra.
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Atlanta – Estabilidade de produção nos novos poços e novo FPSO com alta eficiência operacional
A produção média nos últimos sete dias foi de aproximadamente 25,6 mil barris de óleo equivalente por dia (referente a 100% do ativo), escoada por meio dos novos poços 6H e 7H. A produção no FPSO Atlanta foi iniciada em 31 de dezembro de 2024 e desde então apresenta nível de eficiência operacional acima do previsto para uma etapa de testes e início de operação. Ao longo dos próximos meses, a Companhia planeja concluir a conexão dos quatro poços remanescentes (que já produziram através do FPSO Petrojarl I) ao novo FPSO Atlanta.
Papa-Terra – Produção retomada em dezembro e avanços no processo de otimização da produção
A produção média dos últimos sete dias foi de aproximadamente 15,3 mil barris de óleo equivalente por dia (referente a 100% do ativo), escoada por meio dos poços PPT-37, PPT-50 e PPT-51. Ainda no primeiro semestre de 2025, a Companhia implementará solução para estabilizar a geração de energia do FPSO a partir do gás produzido, reduzindo o consumo de diesel e permitindo a retomada de produção dos demais poços conectados às unidades flutuantes de Papa-Terra (FPSO e TLWP).
Complexo Potiguar – Gradativa ampliação da capacidade de injeção de vapor
O incremento de 7% no mês é justificado principalmente: (i) pelo incremento de produção em campos de óleo pesado decorrente da gradativa ampliação da capacidade de injeção de vapor e (ii) pela medição fiscal de óleo retido no mês anterior devido a restrições de escoamento ao ATI.
Complexo do Recôncavo – Maior eficiência operacional
O desempenho de +10% é explicado principalmente: (i) pela maior eficiência operacional quando comparada ao mês anterior e (ii) pela retomada da produção de gás que havia sido impactada pela parada programada da UPGN de Catu (operada pela Petrobras) no mês anterior.
Manati
O operador indica previsão para a retomada de produção até o final de março de 2025.
VISÃO DO MERCADO
As ações da Brava Energia registram forte alta nesta sexta-feira (7), impulsionadas pelo crescimento da produção em fevereiro em uma semana movimentada de notícias para a companhia. O papel subia 8,21%, a R$ 17,40, às 12h45 (horário de Brasília), com pico de R$ 17,68 (+9,95%), após a empresa anunciar um aumento de 9,2% na produção total bruta em relação a janeiro, alcançando 73.854 barris de óleo equivalente por dia (boed).
O desempenho positivo contrasta com o comportamento das ações desde o início das negociações sob o código BRAV3, em setembro, marcadas por perdas expressivas. Até a véspera, a desvalorização acumulada no ano era de quase 32%, refletindo incertezas sobre a execução de sua estratégia e a capacidade de entregar os resultados esperados pelo mercado.
Segundo o Bradesco BBI, o aumento da produção foi impulsionado pela recuperação de Atlanta e Papa-Terra, que apresentaram avanços de 19% e 25,4%, respectivamente. No onshore, Potiguar e Recôncavo também cresceram, beneficiados pela maior injeção de vapor e melhoria operacional.
O JPMorgan disse que a performance offshore foi o principal motor do crescimento, com um salto de 17,9% na produção, reforçando a importância desses ativos para o portfólio da companhia.
Paralelamente, a Brava anunciou que seu plano de desinvestimentos foi restrito ao Polo Recôncavo, na Bahia, retirando o Polo Potiguar da lista de vendas. A decisão gerou reações mistas no mercado.
O BTG Pactual avaliou a mudança como um ponto de atenção porque aumenta a pressão sobre a empresa para otimizar custos e sustentar a produção. “A execução consistente da estratégia operacional se torna ainda mais relevante agora”, apontou o banco em relatório.
A Genial Investimentos expressou frustração com a desistência da venda do Polo Potiguar, que, segundo rumores, poderia ter sido negociado por US$ 2 bilhões, valor superior à capitalização da Brava no mercado.
Para a casa, a dificuldade em encontrar comprador levanta questionamentos sobre a real avaliação dos ativos. A recomendação para BRAV3 foi rebaixada para “manter” até que houvesse maior visibilidade sobre os fundamentos do ativo. Mas disse também que “nem tudo é notícia ruim”, ressaltando justamente o aspecto da produção.
“Do ponto de vista operacional, a empresa aparenta começar a entregar números mais sólidos no que diz respeito a produção. Se por um lado os números de dezembro de 2024 já são públicos, acreditamos que o primeiro trimestre deste ano deve nos trazer uma visão mais normalizada do que case no que diz respeito à produção”, observa a corretora.
O JPMorgan disse que, apesar da mudança no plano de desinvestimentos, a evolução operacional traz um viés mais otimista. A previsão é que a produção continue em expansão, com a conexão de novos poços no FPSO Atlanta ao longo do ano.
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