Bitcoin ultrapassa Google e já é o quinto ativo mais valioso do mundo

O Bitcoin (COIN:BTCUSD) atingiu um marco importante nesta quarta-feira, 23 de abril de 2025, superando a Alphabet (NASDAQ:GOOGL) em valor de mercado. A criptomoeda alcançou uma capitalização de US$ 1,87 trilhão, ultrapassando os US$ 1,859 trilhão da controladora do Google, e assumiu a quinta posição entre os ativos mais valiosos do planeta.

Em abril, o BTC se valorizou 15%, significativamente acima dos 4,5% de retorno do índice Nasdaq 100, indicando um desacoplamento do Bitcoin em relação às ações de tecnologia. O ativo ainda está 16% abaixo de sua máxima histórica, registrada em janeiro, em US$ 109 mil.

O rali foi movido pelos fatores macroeconômicos. A expectativa de flexibilização na política monetária dos EUA, o alívio nas tensões comerciais entre EUA e China e as declarações recentes de Donald Trump aumentaram o apetite por ativos de risco, beneficiando o Bitcoin.

Trump assinou uma ordem executiva para a criação de uma possível Reserva Estratégica de Bitcoin (SBR), o que reacendeu o otimismo em relação à adoção institucional da criptomoeda. A medida está em fase de revisão regulatória, com prazo de 60 dias, que se encerra nas próximas duas semanas.

Atualmente cotado a US$ 93.700, o BTC marcou alta de 7,17% em 22 de abril, estendendo a alta de 2,74% vista em 21 de abril.

Outras criptomoedas acompanham o movimento: Ethereum (COIN:ETHUSD) sobe no momento da escrita 3,7% (US$ 1.822), Dogecoin (COIN:DOGEUSD) valoriza 2,8% e Solana (COIN:SOLUSD) avança 2,4%, mantendo a alta vista no dia anterior. A única exceção entre os principais 10 ativos digitais é o Tron (COIN:TRXUSD), com leve queda de 0,8%.

Para analistas como Ryan McMillin, do Merkle Tree Capital, a reversão no preço do ouro pode indicar uma rotação de capital em direção ao Bitcoin, com uma percepção de que a criptomoeda ainda está subvalorizada em um ambiente de expansão monetária global.

O Bitcoin também apresenta valor de mercado superior ao dobro da Tesla (NASDAQ:TSLA). A trajetória nas próximas semanas dependerá da decisão de juros do Fed e das negociações fiscais entre Washington e Pequim.