(25/04/2025): O Índice Ibovespa operava com pequena alta de 0,34%, na casa dos 134 mil pontos.

O índice operava sem direção definida, com investidores atentos as negociações entre Estados Unidos e China, o índice recebe pressão adicional dos papéis da Vale, após divulgação dos resultados trimestrais na noite de ontem.

Mais cedo, o IBGE divulgou o IPCA-15 de julho que subiu 0,43%, acima da expectativa da BGC Liquidez, que projetava alta de 0,40%.

Segundo análise de Carlos Thadeu, economista de inflação e commodities da casa, o destaque de alta veio dos bens industriais e da alimentação no domicílio, ambos com impacto de +5 pontos-base. Já os grupos de serviços (-3 bps) e administrados (-5 bps) vieram abaixo do esperado. Para Thadeu, a composição do dado foi melhor desta vez, especialmente pela queda em serviços intensivos em mão de obra (doméstica) e inerciais (como aluguel e condomínio). “Mesmo que passagem aérea tenha sido o destaque negativo em serviços, e que os subjacentes tenham ficado acima, achei o resultado melhor”, afirmou. Ele pondera, no entanto, que ainda é cedo para afirmar que as pressões deixaram de preocupar.

Vale: teve lucro US$ 1,394 bilhão de forma líquida (atribuível aos acionistas) no primeiro trimestre de 2025, queda de 17% frente um ano antes, quando o lucro havia sido de US$ 1,679 bilhão.

A receita líquida de vendas no 1T25 ficou em US$ 8,119 bilhões, queda de 4% ante igual período de 2024. O lucro antes de juros, impostos, amortização e depreciação (Ebitda) ajustado ficou em US$ 3,115 bilhões no mesmo período, recuo de 9% na comparação anual.

Analistas ouvidos em pesquisa da LSEG esperavam um lucro de US$ 1,588 bilhão no 1T25, revertendo prejuízo de US$ 694 milhões no 4T24 e levemente abaixo do US$ 1,679 bilhão no 1T24 (queda de 5,4%). O mercado repercute os resultados operacionais do primeiro trimestre de 2025 da Vale, que, apesar de ter mostrado uma queda no lucro, veio em linha com o esperado. As ações da mineradora recuavam quase 2%.

O dólar operava com que da de 0,11%, cotado a R$ 5,685.

Nos Estados Unidos, as bolsas operavam no campo positivo em sua maioria, Dow Jones: -0,57%, S&P 500: +0,03%, Nasdaq: +0,10%.

Os investidores americanos repercutem as falas do presidente dos EUA, Donald Trump, publicados pela revista Time.

O presidente disse que consideraria uma “vitória total” se os EUA aplicassem tarifas elevadas de 20% a 50% sobre países estrangeiros daqui a um ano. Trump também negou que o aumento dos Treasuries o tenha forçado a conceder uma pausa de 90 dias na maioria das tarifas mais altas. “O mercado de títulos estava animado, mas eu não”, disse Trump na entrevista de terça-feira.

O mercado vem de três dias de ganhos fortes, com possibilidade de recuo de China e EUA na disputa tarifária. “Acho que tudo o que o mercado precisava era de uma pequena faísca para se recuperar de alguns desses níveis deprimidos, e acho que é isso que estamos vendo”, disse à CNBC Anthony Saglimbene, estrategista-chefe de mercado da Ameriprise. “Acho que ainda estamos em um período de instabilidade nas negociações de ações e, na próxima semana, serão os grandes lucros das empresas de tecnologia que realmente influenciarão o desempenho dos principais índices”

Mais cedo, foi divulgado o sentimento do consumidor de Michigan de abril, que caiu ainda mais em abril, atingindo 52,2. O índice caiu 8,4% na base mensal e 32,4% na base anual.

Ao mesmo tempo, o Índice de Condições Econômicas Atuais registrou queda de 6,3% no período reportado em relação a março de 2025 e recuou 24,3% em relação a abril de 2024, atingindo 59,8 pontos. O Índice de Expectativas do Consumidor recuou 10,1% na base mensal e 37,8% na base anual, totalizando 47,3.

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(atualizado 11h45)

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 Com informações do BDM , B3