As ações da Pfizer (NYSE:PFE) subiam cerca de 3,6% na última verificação, durante as negociações de terça-feira (29). A farmacêutica reportou lucro ajustado de US$ 0,92 por ação no primeiro trimestre de 2025, superando as expectativas de US$ 0,66. A Pfizer também é negociada na B3 através da BDR (BOV:PFIZ34), que simultaneamente subiam 3,2%.

Apesar de superar nos lucros, a receita caiu 8% em relação ao ano anterior, para US$ 13,72 bilhões, abaixo das previsões de US$ 13,91 bilhões. A retração foi puxada pela queda nas vendas do Paxlovid.

As vendas do antiviral Paxlovid totalizaram US$ 491 milhões no trimestre, bem abaixo dos US$ 794 milhões esperados e representando uma queda de 76% ano a ano.

Em contrapartida, a vacina Comirnaty gerou US$ 565 milhões em receita, superando a estimativa de US$ 331,7 milhões. As vendas da linha Vyndaqel/Vyndamax cresceram 33%, atingindo US$ 1,49 bilhão.

A Pfizer reafirmou sua projeção anual de receita entre US$ 61 bilhões e US$ 64 bilhões e lucro ajustado por ação entre US$ 2,80 e US$ 3,00. A farmacêutica alertou, contudo, que as previsões não incorporam possíveis impactos de tarifas futuras impostas pelo governo Trump sobre importações farmacêuticas.

A empresa anunciou a ampliação de seu programa de corte de custos, agora projetando uma economia de US$ 7,7 bilhões até o final de 2027. Esse montante inclui US$ 4,5 bilhões até 2025 e um adicional de US$ 1,7 bilhão a partir da redução de despesas administrativas e reorganização da área de pesquisa e desenvolvimento.

A Pfizer também destacou que reforçou seus planos de contingência para eventuais tarifas, podendo transferir parte de sua produção para suas 10 fábricas nos Estados Unidos. Atualmente, a companhia emprega cerca de 10.000 pessoas no país e se prepara para mitigar eventuais impactos tarifários no curto e longo prazo.

No trimestre, o lucro líquido reportado foi de US$ 2,97 bilhões, ou US$ 0,52 por ação, frente a US$ 3,12 bilhões ou US$ 0,55 por ação no mesmo período do ano passado. A desaceleração nas vendas de Covid-19 e a pressão de novas regras no Medicare também foram apontadas como fatores de impacto para os resultados.

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