A Gol atualizou suas projeções financeiras em apoio ao processo de financiamento da sua saída do Chapter 11, nos Estados Unidos. A nova previsão é de receita líquida total entre R$ 22,1 bilhões e R$ 22,7 bilhões e Ebitda entre R$ 5,7 bilhões e R$ 5,9 bilhões em 2025.

O fato relevante foi feito pela companhia (BOV:GOLL4) nesta segunda-feira (05).

A empresa explica que as estimativas atualizadas servem como atualização ao Plano de cinco anos divulgado em 15 de janeiro de 2025.

Segundo a empresa, também foram feitos ajustes nas expectativas de receita com base nas tendências atuais de reservas e contratos assinados, refletindo estimativa de demanda mais forte até o primeiro trimestre de 2026.

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Sobre o acordo com os credores dos Bônus 2026, a empresa destaca a incorporação dos termos do acordo firmado com um grupo ad hoc de detentores dos títulos com vencimento em 2026, pelo qual os membros se comprometeram a adquirir US$ 125 milhões dos US$ 1,9 bilhão em notas de financiamento de saída, no contexto de um acordo de reivindicações.

Em relação ao Financiamento de Dívida de Saída, houve uma revisão para cima do cupom esperado a ser pago sobre o financiamento de saída e postergação da data prevista para a saída do Chapter 11 de final de abril para o início de junho de 2025.

A empresa informa ainda que houve atualização do Cronograma de Financiamento de Capital Próprio e Cláusulas de Reversão, com o recebimento de até US$ 330 milhões em investimentos de parceiros estratégicos na Gol. Esses aportes agora estão previstos para ocorrer nos primeiros 180 dias após a saída do processo do Chapter 11. “As projeções assumem que, com o recebimento total dos US$ 330 milhões, até US$ 180 milhões serão usados para pré-pagar parte do financiamento de saída”, informa.

Por fim, a Gol reitera que, nos termos do Plano, irá reduzir significativamente seu endividamento, convertendo em ações ou extinguindo até aproximadamente US$ 1,7 bilhão de dívida pré-Chapter 11 e até aproximadamente US$ 850 milhões de outras obrigações.

“Assim, considerando que a conversão será realizada com base no valor econômico das ações da Gol antes da conversão, de acordo com a legislação aplicável, espera-se uma diluição substancial das ações atualmente em circulação (sujeita ao direito de preferência dos acionistas conforme a legislação brasileira).”

Para o primeiro trimestre de 2025, a empresa estima uma receita líquida aproximada de R$ 5,6 bilhões, o que representa um crescimento de 19% ante um ano. O Ebitda recorrente, por sua vez, deve crescer 18% para R$ 1,540 bilhão.

A Gol espera uma margem Ebitda, no trimestre de aproximadamente 27%, em linha com o trimestre encerrado em março de 2024. A receita unitária por passageiro (PRASK) no primeiro trimestre deve crescer cerca de 5% em relação ao ano anterior. A receita unitária (RASK) deve aumentar aproximadamente 6%.

A empresa prevê ainda um crescimento de 12% na oferta total e uma taxa de ocupação de 83,5% no trimestre, ante taxa de 83,1% de um ano antes.

A empresa trabalha com previsão de um dólar médio de R$ 5,84 no período e um preço de querosene de aviação de R$ 4,82. A frota operacional no período é de 116 aeronaves ante 102 de um ano antes.