O Ibovespa encerrou em queda na sessão desta quarta-feira, pressionado por abertura dos vértices da curva de juros, sob pretexto de uma menor percepção de probabilidade de recessão econômica global, na esteira do alívio tarifário visto entre Estados Unidos e China. Em Wall Street, os índices fecharam mistos, com sinais de fadiga do recente rali visto.
O Índice Bovespa fechou com queda de 0,39%, aos 138.422 pontos. Na véspera, o Ibovespa havia renovado máxima recorde de fechamento e intradiária. O volume de negociação desta quarta foi de R$17,1 bilhões, abaixo da média móvel dos últimos 50 pregões, de R$18,1 bilhões.
Os vértices longos da curva de juros encerraram com alta de até 15,5 pontos-base na ponta intermediária, na esteira do avanço das Treasuries yields, sob viés de diminuição do risco de recessão global em razão do alívio tarifário visto entre EUA e China. Gestores também avaliam que operadores podem estar diminuindo posição aplicada (que se beneficiam do fechamento da curva) diante de um quadro menos recessivo.
Ao fim do dia, o dólar futuro operava em alta de 0,35%, cotado a R$5,659, enquanto o índice Dólar DXY, que mede o desempenho da moeda americana ante uma cesta de divisas, operava em alta de 0,20%, aos 101,1 pontos. Mais cedo, a Bloomberg reportou que as autoridades dos EUA não procuram negociar acordos que incluam promessas de política cambial.
No âmbito corporativo, JBS figurou entre os destaques negativos, na esteira da divulgação dos resultados do primeiro trimestre. O CEO da JBS USA, Wesley Batista Filho, afirmou que o impacto de tarifas retaliatórias da China sobre bens dos EUA “foi bastante relevante” para as exportações de couro da companhia ao país asiático.
Também de acordo com Batista, as tarifas relacionadas ao impasse tarifário entre EUA e China devem afetar negativamente o resultado da companhia no segundo trimestre – ainda que apenas na primeira metade do período – que contempla janela de tempo precedente ao alívio tarifário visto entre os dois países.
“Ano de 2025 será mais desafiador para a operação da carne bovina da JBS do que foi 2024, em razão da oferta restrita de gado. Quadro que só deve começar a mudar a partir do fim de 2026”, afirmou Batista em teleconferência de resultados. A Genial avaliou os resultados trimestrais da companhia como “um pouco aquém” das expectativas, com Ebitda 1,3% abaixo do precificado. A XP, por sua vez, avaliou o resultado como “sólido”, com receita 4% acima do previsto e EBITDA 2% acima.
Book de ofertas: a mais completa do mercado financeiro, acompanhe as ofertas de compra e venda de um ativo e todos os negócios realizados no dia.
As ações da Azul tambem se destacaram com uma forte queda, após a companhia reportar um prejuízo líquido ajustado de R$1,8 bilhão, um aumento de 460% em relação ao registrado um ano antes.
O JPMorgan classificou como fracos os resultados da Azul, destacando que os números ficaram abaixo das projeções do banco. O Ebitda reportado foi 19% inferior ao esperado. Outro ponto negativo, segundo o banco, foi o CASK (custo por assento disponível por quilômetro) excluindo combustível, que ficou 9% acima das estimativas, indicando pressão nos custos operacionais da companhia.
Investidores também calibram expectativas para os resultados do primeiro trimestre de companhias como Eletrobras, Tupy, Moura Dubeux, Casas Bahia, entre outros, que serão divulgados após o encerramento do pregão.
Entre as ações, as maiores detratoras do Índice Bovespa foram as ON de Localiza, JBS e B3, cederam 4,86%, 3,67% e 2,01%, respectivamente.
Entre destaques nas quedas percentuais do Ibovespa, figuravam as PN de Azul, ON de RD Saúde e Grupo Vamos, que recuaram 16,0%, 6,30% e 6,22%, na sequência.
Na ponta positiva, destaque para as ON de Natura, IRB e Porto Seguro, que avançaram 7,1%, 6,42% e 4,54%, na mesma ordem.
Os futuros do petróleo Brent operavam em queda de 1,31%, aos US$65,76 por barril, após dados da EIA mostrarem que os estoques de petróleo bruto dos EUA aumentaram inesperadamente na semana passada, gerando preocupações dos investidores sobre o excesso de oferta.
A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) manteve estimativa de crescimento da demanda global por petróleo em 2025, projetando aumento de 1,3 milhão de barris por dia (bpd). Caso a previsão se confirme, o consumo mundial deverá alcançar 105 milhões de bpd no próximo ano, segundo relatório divulgado nesta manhã.
Para 2026, a Opep também reiterou projeção de crescimento da demanda em 1,3 milhão de bpd, elevando o consumo total para 106,28 milhões de barris por dia. Por fim, a produção de petróleo bruto da Opep atingiu uma média de 40,9 mbpd em abril, um recuo de 106 mil bdp em relação a março.
Os futuros do minério de ferro avançaram 2,43% na última madrugada na Bolsa de Dalian, ainda impulsionados pelo arrefecimento na disputa comercial entre Estados Unidos e China.
Data | Variação | Pontuação | Volume Financeiro |
02/05/2025 | 0,05% | 135.133,88 | R$ 24,2 bilhões |
05/05/2025 | -1,22% | 133.491,23 | R$ 21,5 bilhões |
06/05/2025 | 0,02% | 133.515,82 | R$ 22,0 bilhões |
07/05/2025 | -0,09% | 133.397,52 | R$ 19,5 bilhões |
08/05/2025 | 2,12% | 136.231,90 | R$ 34,6 bilhões |
09/05/2025 | 0,21% | 136.511,88 | R$ 29,4 bilhões |
12/05/2025 | 0,04% | 136.563,18 | R$ 24,4 bilhões |
13/05/2025 | 1,76% | 138.963,11 | R$ 27,5 bilhões |
14/05/2025 | -0,39% | 138.422,84 | R$ 24,1 bilhões |
Confira o ranking completo de todos os papéis negociados na B3.
-
💥 Confira os destaques corporativos de hoje 💥
Allied (ALLD3)
A Allied teve lucro líquido de R$ 15,1 milhões no 1T25, queda de 69,9% em relação ao mesmo trimestre de 2024.
Allos (ALOS3)
A Allos confirmou que sua subsidiaria Helloo, líder em mídia digital em shoppings e elevadores residenciais pelo Brasil, teve a sua proposta classificada em primeiro lugar no leilão para publicidade aeroportos da Aena Brasil e que o valor proposto para o pagamento upfront foi de R$ 15,8 milhões. Saiba mais…
Azul (AZUL4)
A companhia aérea Azul reportou prejuízo líquido ajustado de R$ 1,816 bilhão no primeiro trimestre de 2025 (1T25), montante 460,4% superior ao reportado no mesmo intervalo de 2024. Sem ajustes, o lucro líquido seria de R$ 783,1 milhões, ante resultado negativo de R$ 1,118 bilhão um ano antes. Saiba mais…
B3 (B3SA3)
O volume financeiro médio negociado na B3 no segmento de ações subiu 12,5% em abril de 2025 na comparação com o registrado em igual período de 2024, ficando em R$ 28,773 bilhões. Em relação a março, houve baixa de 14,4%. Saiba mais…
Boa Safra (SOJA3)
A Boa Safra apresentou lucro líquido de R$ 16,85 milhões no 1T25, com crescimento de 108,31%. Os resultados, apresentados em coletiva com a imprensa, mostram impacto direto da diversificação de culturas no desempenho financeiro da companhia. Saiba mais…
Bradespar (BRAP4)
A Bradespa encerrou o primeiro trimestre com lucro líquido de R$ 318,3 milhões, o que representa queda de 7,2% em relação aos R$ 343,1 milhões apurado no mesmo intervalo de 2024. Saiba mais…
Casas Bahia (BHIA3)
A Casas Bahia obteve decisão favorável em ação no Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) relacionada ao ressarcimento de tributos que compreende um período de cerca de cinco anos. Saiba mais…
Cury (CURY3)
A Cury fechou o primeiro trimestre de 2025 com lucro líquido R$ 213,5 milhões, salto de 51,2% em relação ao mesmo período de 2024. O lucro foi recorde na história da companhia e reflete a expansão dos lançamentos e das vendas nos últimos meses, levando a um aumento da receita, com diluição das despesas e ganho de margem. Saiba mais…
CVC (CVCB3)
A CVC Brasil reportou prejuízo líquido de R$ 7,4 milhões no primeiro trimestre, uma redução do prejuízo em 78,5%, dos R$ 34,4 milhões apurados no mesmo período do ano passado, conforme apresentado em relatório de resultados. Saiba mais…
Eneva (ENEV3)
A MSCI, gigante mundial de índices de mercado, divulgou as alterações nos seus índices globais que serão implementadas na abertura do dia 2 de junho. Saiba mais…
Enjoei (ENJU3)
A Enjoei reportou prejuízo líquido de R$ 6,72 milhões no 1T25, redução de 11% em relação ao prejuízo de R$ 9,82 milhões no 1T24.
Eternit (ETER3)
A Eternit encerrou o primeiro trimestre de 2025 com prejuízo líquido de R$ 10,8 milhões, revertendo o lucro de R$ 241 mil registrado no mesmo período de 2024 e também o lucro de R$ 8,3 milhões obtido no quarto trimestre do ano passado. Saiba mais…
Gafisa (GFSA3)
A Gafisa detalhou os detalhes operacionais do grupamento de suas ações ordinárias na proporção 20:1, aprovado na Assembleia Geral realizada em 29 de abril. O processo terá início em 14 de maio, quando começa o prazo para ajuste das posições acionárias. Saiba mais…
Gerdau (GGBR3/GGBR4)
A Gerdau aprovou a realização da 19ª emissão de debêntures simples, não conversíveis em ações, em série única, no valor total de R$ 1,375 bilhão. Saiba mais…
Helbor (HBOR3)
A Helbor reportou lucro líquido consolidado de R$ 35,6 milhões no primeiro trimestre de 2025, representando um aumento de 7,3% em relação ao mesmo período do ano anterior. O lucro líquido da controladora também apresentou crescimento, atingindo R$ 7,6 milhões, alta de 8,4% na comparação anual. Saiba mais…
Infracommerce (IFCM3)
O prejuízo líquido da Infracommerce, caiu pela metade no primeiro trimestre, somando R$ 44,8 milhões, contra as perdas de R$ 90,3 milhões registradas no mesmo intervalo do ano passado. Saiba mais…
JBS (JBSS3)
A JBS, maior produtora de carnes do mundo, reportou lucro líquido de R$ 2,9 bilhões no primeiro trimestre de 2025 (1T25), com alta anual de 77,6% na comparação com o mesmo intervalo em 2024. Saiba mais…
Raízen (RAIZ4)
A Raízen registrou prejuízo líquido de R$ 2,514 bilhões no quarto trimestre do ano fiscal 2024/25, que compreende o período entre 10 de janeiro e 31 de março de 2025, uma alta de 186% ante o prejuízo de R$ 879 milhões que havia sido registrado em igual intervalo do ano fiscal anterior. Saiba mais…
Santos Brasil (STBP3)
A Santos Brasil registrou lucro líquido de R$ 198,5 milhões no primeiro trimestre de 2025, crescimento de 34,3% ante o mesmo período de 2024, informou a companhia. Saiba mais…
Serena Energia (SRNA3)
Fundos das gestoras Actis e GIC concordaram em realizar uma oferta pública de aquisição de ações (OPA) para fechamento de capital da Serena Energia e saída da companhia do Novo Mercado da B3, anunciou a geradora renovável de energia. Saiba mais…
SLC Agrícola (SLCE3)
A SLC Agrícola apresentou um lucro líquido de R$ 510,7 milhões no primeiro trimestre, mais que dobrando o lucro de R$ 228,9 milhões apurado no mesmo período do ano passado, de acordo com seu relatório de resultados. Saiba mais…
Taurus (TASA4)
A Taurus registrou lucro líquido de R$ 18,6 milhões no primeiro trimestre de 2025 (1T25), uma leve queda de 1,6% em relação ao mesmo período de 2024, quando o lucro foi de R$ 18,9 milhões, e uma retração mais expressiva de 54,1% frente ao quarto trimestre de 2024. Saiba mais…
Veste (VSTE3)
A Veste registrou prejuízo líquido ajustado de R$ 10,5 milhões, revertendo lucro líquido ajustado de R$ 378 mil do 1T24.
Vitru (VTRU3)
A Vitru registrou lucro líquido ajustado de R$ 90,4 milhões no primeiro trimestre de 2025, avanço expressivo de 156,1% em relação ao mesmo período do ano anterior. Saiba mais…
Vittia (VITT3)
A Vittia encerrou o primeiro trimestre de 2025 com receita líquida de R$ 137,8 milhões, alta de 13,4% em relação a igual período do ano passado. Apesar do avanço, a companhia reverteu o lucro registrado no 1T24 e teve prejuízo líquido de R$ 2 milhões entre janeiro e março deste ano. Saiba mais…
Viveo (VVEO3)
A Viveo, que atua na distribuição de insumos hospitalares, reportou prejuízo líquido ajustado de R$ 20,885 milhões no primeiro trimestre deste ano, ante prejuízo de R$ 3,576 milhões anotado um ano antes. Saiba mais…
QUER SABER COMO GANHAR MAIS?
A ADVFN oferece algumas ferramentas bem bacanas que vão te ajudar a ser um trader de sucesso
- Monitor - Lista personalizável de cotações de bolsas de valores de vários paíeses.
- Portfólio - Acompanhe seus investimentos, simule negociações e teste estratégias.
- News Scanner - Alertas de notícias com palavras-chave do seu interesse.
- Agenda Econômica - Eventos que impactam o mercado, em um só lugar.