A Moody’s elevou o rating de crédito básico (BCA) da Eletrobras de ba3 para ba2, seus Ratings Corporativos de Longo Prazo (CFR) e a classificação da dívida sênior sem garantia em moeda estrangeira de Ba2 para Ba1. A perspectiva permanece estável.
Segundo a agência de classificação de risco, a elevação reflete evidências de que a Eletrobras (BOV:ELET3) (BOV:ELET6) “continua a progredir de forma sustentável” em sua estratégia corporativa voltada ao aumento da lucratividade.
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A avaliação considera, ainda, a recente resolução de negociações pendentes com o governo, relacionadas a disputas decorrentes da privatização, bem como a visão da Moody’s de que a companhia manterá ampla liquidez para sustentar investimentos, mesmo sem necessidades significativas de refinanciamento nos próximos três a cinco anos.
Como emissora relacionada ao governo, o Rating Corporativo Ba1 da Eletrobras leva em conta a aplicação da Análise Conjunta de Inadimplência da Moody’s. Essa metodologia incorpora o BCA elevado de ba3 para ba2, medindo o risco de crédito individual da empresa, além da premissa inalterada de alto grau de correlação de inadimplência entre a empresa e o governo, e a visão de probabilidade moderada de suporte governamental extraordinário em caso de necessidade.
Ainda de acordo com a agência, o CFR Ba1 está um nível acima do BCA ba2 da Eletrobras, refletindo a expectativa de apoio extraordinário da União, caso necessário, em razão de sua alta participação indireta (45,7% das ações ordinárias), aliada à relevância da concessionária como principal empresa de energia elétrica do Brasil.
“Esperamos que a Eletrobras mantenha uma gestão prudente de liquidez no futuro próximo, em linha com o histórico da empresa no último ano”, ressalta a Moody’s em relatório.
A agência destaca que, considerando os R$ 30,3 bilhões em caixa e equivalentes disponíveis em março de 2025, a monetização esperada de R$ 639 milhões em recebíveis de debêntures e R$ 3 bilhões com a venda de ativos térmicos ao longo do ano, a Eletrobras deve dispor de “reservas suficientes” para operar por 24 meses sem necessidade de recorrer ao mercado de dívida, salvo em caso de gestão oportunista de passivos.
Em 2024, a Eletrobras emitiu mais de R$ 30 bilhões, aproveitando spreads mais baixos para estender o perfil de vencimento de sua dívida e reduzir o custo total. Atualmente, o spread pago sobre a taxa interbancária é de apenas 0,1%, sem vencimentos significativos previstos para os próximos cinco anos, segundo a Moody’s.
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