Ações da Oracle disparam com melhora na percepção dos analistas

As ações da Oracle (NYSE:ORCL) subiram mais de 5% na abertura do pregão de quarta-feira, 26 de novembro de 2025, após analistas do Deutsche Bank e do HSBC emitirem notas otimistas, argumentando que a recente queda — impulsionada por preocupações com gastos relacionados à IA e incertezas em torno da parceria da empresa com a OpenAI — foi exagerada.

O Deutsche Bank afirmou que, apesar da crescente ansiedade em torno dos compromissos da Oracle com a infraestrutura de IA, “o cenário pessimista parece… otimista”.

O analista Brad Zelnick escreveu que, mesmo em um cenário extremo em que a Oracle não veja nenhuma receita adicional da OpenAI, o impacto a longo prazo parece administrável. De acordo com o modelo de sua equipe para o ano fiscal de 2030, eles estimam “uma redução de US$ 4 no lucro por ação, para US$ 17, e uma redução de US$ 10 bilhões no fluxo de caixa livre, para US$ 31 bilhões”.

O relatório acrescentou que, com ações cotadas a cerca de 200 dólares, a Oracle parece estar “recebendo pouco ou nenhum reconhecimento por seus negócios com a OpenAI”.

Ao abordar o debate em torno das consideráveis ​​obrigações de arrendamento de data centers da Oracle, o Deutsche Bank reconheceu a preocupação, mas afirmou: “Acreditamos que existe uma boa dose de flexibilidade/fungibilidade em relação a esses arrendamentos”, acrescentando que atribuir cerca de metade dos custos relacionados à Oracle, mesmo em um cenário pessimista, ainda implica em lucros de “aproximadamente US$ 15 bilhões e fluxo de caixa livre de aproximadamente US$ 26 bilhões”.

O HSBC também adotou um tom otimista, reiterando sua recomendação de compra e um preço-alvo de US$ 382. A empresa apontou para um mal-entendido do mercado após a divulgação, pela Oracle, de mais de US$ 500 bilhões em obrigações de desempenho remanescentes, afirmando que os investidores têm “preenchido as lacunas com poucas informações concretas”.

O HSBC enfatizou que a Oracle prevê uma margem bruta não-GAAP de 30 a 40% em seu segmento de infraestrutura de IA até o ano fiscal de 2030 e observou que a combinação de operações em nuvem com margens menores e uma base de software de crescimento mais lento “não é um sinal de deterioração da margem, é matemática”.

O banco concluiu que a Oracle está “planejando habilmente para cumprir esses compromissos” e vê um “potencial de valorização de 92,2%”, reiterando sua recomendação de compra.

A Oracle também é negociada na B3 por meio da BDR (BOV:ORCL34).

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