As ações da exchange de criptomoedas negociada em bolsa Coinbase (NASDAQ:COIN) encerraram junho com uma variação impressionante de +41,64%, tornando-se o papel de melhor desempenho do mês no S&P 500.
A valorização foi impulsionada por fatores como inclusão no índice S&P 500, adoção institucional e um cenário regulatório mais claro nos Estados Unidos e Europa.
Os papéis da exchange atingiram máximas históricas na última quinta-feira, batendo US$ 375,07, ultrapassando o recorde anterior de US$ 357,39 de novembro de 2021. Os papéis fecharam em baixa de 0,85% hoje, segunda-feira (30), com capitalização de mercado de US$ 89,401 bilhões.
Parte da valorização veio após a Coinbase lançar sua nova solução Coinbase Payments, voltada para stablecoins, além da estreia explosiva da parceira Circle (NYSE:CRCL), que valorizou mais de 500% após seu IPO em junho. Ambas compartilham histórico com o USDC, stablecoin que movimenta mais de US$ 61 bilhões.
Outros impulsionadores vem do fato da corretora obter licença regulatória na União Europeia sob a estrutura MiCA, e agora planeja tokenizar ações, entrando em rota de colisão com plataformas como Robinhood. A sede europeia da empresa será em Luxemburgo.
A Coinbase Global também é negociada na B3 por meio da BDR (BOV:C2OI34), que fechou o mês com alta acumulada de 34,75%.
Avaliação do mercado
Analistas da FactSet estimam um lucro por ação (LPA) para a Coinbase de US$ 5,28 em 2025, subindo para US$ 9,04 até 2027. Isso representa um CAGR de 30,8% nos lucros e 9,4% em receita, superando a média do S&P 500, que projeta 13% de crescimento nos lucros no mesmo período.
Apesar da forte alta, a avaliação da ação levanta discussões. O índice preço/lucro futuro da Coinbase está em 57,7, bem acima da média do S&P 500, de 22. Já o índice preço/vendas atinge 11,7, contra 3 do índice de referência. Mesmo assim, analistas seguem otimistas com o potencial de valorização.
Com apoio político crescente nos EUA, incluindo a participação de Trump no “State of Crypto Summit” e aprovação de novas leis, a Bernstein diz que Wall Street ainda subestima seu impacto, e prevê um preço-alvo de US$ 510, um potencial de alta de 45%.
Listada na TIME
A Coinbase também foi recentemente reconhecida pela TIME como uma das 100 empresas mais influentes de 2025, na categoria “Disruptors”. A publicação destacou seu papel como protagonista nas políticas de criptomoedas nos EUA.
Desdobramento jurídico
Em outras notícias relacionadas, um desdobramento jurídico acorreu hoje, quando a Suprema Corte dos Estados Unidos decidiu não analisar o caso movido por James Harper, usuário da Coinbase que questionava a legalidade de uma intimação em massa emitida pelo Internal Revenue Service (IRS) para obter seus dados de transações.
A recusa do tribunal mantém a decisão de instâncias inferiores, que haviam autorizado o acesso do fisco às informações de usuários da exchange por meio de uma John Doe summons, um tipo de intimação voltada a pessoas não identificadas individualmente.
Harper alegava que a medida violava seus direitos constitucionais à privacidade e ao devido processo legal, já que o IRS solicitou dados de milhares de usuários sem suspeita individualizada. No entanto, os tribunais entenderam que, ao utilizar a Coinbase, o usuário voluntariamente compartilhou seus dados com um terceiro, o que elimina a expectativa razoável de privacidade, argumento com respaldo em precedentes legais.
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