Os principais índices dos Estados Unidos mostraram falta de direção durante boa parte do pregão de quarta-feira, 16 de junho de 2025, mas se moveram para cima na parte final da sessão, com o Nasdaq, voltado para tecnologia, atingindo um novo recorde de fechamento.

O Dow Jones subiu 231,49 pontos, ou 0,53%, para 44.254,78. O S&P 500 ganhou 19,94 pontos, ou 0,32%, para 6.263,70. O Nasdaq avançou 52,69 pontos, ou 0,25%, para 20.730,49.

As ações ficaram sob pressão no final da manhã após relatos de que o presidente norte-americano Donald Trump discutiu a possibilidade de demitir o presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, durante uma reunião com republicanos da Câmara.

No entanto, os principais índices voltaram a subir depois que Trump disse que “não está planejando” demitir Powell, acrescentando: “Acho altamente improvável, a menos que ele precise sair por fraude.”

Trump tem repetidamente exigido que o Fed reduza as taxas de juros e tem criticado duramente Powell por não seguir suas ordens.

Dados econômicos

A negociação volátil em Wall Street também ocorreu após a divulgação de um relatório do Departamento do Trabalho mostrando que os preços ao produtor nos EUA ficaram inesperadamente estáveis no mês de junho.

O Departamento do Trabalho disse que seu índice de preços ao produtor para demanda final ficou inalterado em junho após um aumento revisado para cima de 0,3% em maio.

Economistas esperavam que os preços ao produtor subissem 0,2%, em comparação com o aumento originalmente relatado de 0,1% no mês anterior.

O relatório também afirmou que a taxa anual de crescimento dos preços ao produtor desacelerou para 2,3% em junho, ante uma taxa revisada para cima de 2,7% em maio.

A expectativa era de que a taxa anual de crescimento desacelerasse para 2,5%, a partir dos 2,6% inicialmente relatados no mês anterior.

Embora os dados tenham ajudado a aliviar as preocupações com a inflação, espera-se ainda que o Fed mantenha as taxas de juros inalteradas até, no mínimo, setembro.

O Federal Reserve divulgou um relatório separado mostrando que a produção industrial nos EUA aumentou mais do que o esperado no mês de junho.

Movimentações

Entre as ações individuais, os papéis da ASML (NASDAQ:ASML) caíram acentuadamente depois que a fabricante de equipamentos para semicondutores alertou que pode não registrar crescimento em 2026.

A gigante financeira Morgan Stanley (NYSE:MS) também recuou, apesar de divulgar resultados do segundo trimestre que superaram as estimativas dos analistas tanto na receita quanto no lucro.

Enquanto isso, as ações da Johnson & Johnson (NYSE:JNJ) dispararam após a gigante da área da saúde divulgar resultados melhores do que o esperado para o segundo trimestre e elevar sua projeção para o ano inteiro.

Setores

As ações farmacêuticas mostraram força com os fortes lucros da J&J, elevando o índice NYSE Arca Pharmaceutical em 1,6%.

Força notável também foi visível entre ações de biotecnologia e saúde, com o índice NYSE Arca Biotechnology subindo 1,5% e o índice Dow Jones U.S. Health Care (DOWI:DJUSHC) avançando 1,2%.

Por outro lado, ações do setor de energia caíram à medida que o preço do petróleo bruto continuou em queda, puxando o índice Philadelphia Oil Service (NASDAQI:OSX) para baixo em 1,5% e o índice NYSE Arca Oil em 1,3%.

Outros mercados internacionais

As bolsas da região Ásia-Pacífico fecharam majoritariamente em baixa na quarta-feira. O índice Nikkei 225 do Japão e o índice Shanghai Composite da China terminaram ligeiramente abaixo da estabilidade, enquanto o índice Hang Seng de Hong Kong caiu 0,3%.

Os principais mercados europeus também caíram durante a sessão. Enquanto o índice CAC 40 da França recuou 0,6%, o índice DAX da Alemanha caiu 0,2% e o índice FTSE 100 do Reino Unido recuou 0,1%.

No mercado de títulos, os Treasuries se recuperaram após queda acentuada na terça-feira. Com isso, o rendimento da nota de dez anos, que se move em sentido oposto ao preço, caiu 3,4 pontos-base para 4,455%.

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Próximos eventos

A negociação de quinta-feira pode ser influenciada pela reação a uma enxurrada de dados econômicos dos EUA, incluindo relatórios sobre vendas no varejo e pedidos semanais de auxílio-desemprego.