Esse é o Morning Call ADVFN, 01 de agosto de 2025, com tudo o que você precisa saber antes da Bolsa abrir!
Bolsas mundiais: Os futuros americanos operam em baixa, depois que o presidente Donald Trump atingiu oficialmente praticamente todos os parceiros comerciais dos EUA com amplos aumentos de tarifas. O movimento ocorre enquanto os investidores aguardam a divulgação, ainda hoje, do relatório de emprego (payroll) de julho.
Nos Estados Unidos, os índices futuros operam em baixa. Balanços: A Apple (AAPL) e a Amazon (AMZN) divulgaram seus resultados trimestrais após o fechamento do mercado ontem. As ações da Apple avançaram após o lucro superar as expectativas, impulsionado por vendas de iPhones acima do esperado. Já a Amazon também bateu as estimativas do mercado, mas a fraqueza no desempenho de sua divisão de computação em nuvem (AWS) levou suas ações a forte queda no after market.
Tarifas: Donald Trump atingiu oficialmente praticamente todos os parceiros comerciais dos EUA com amplos aumentos de tarifas. Os investidores aguardam a divulgação do relatório de emprego (payroll) de julho.
Na Europa, as bolsas operam em baixa, após o presidente dos EUA, Donald Trump, emitir decreto impondo tarifas a dezenas de parceiros comerciais e pressionar grandes grupos farmacêuticos a reduzir seus preços em território americano. O índice pan-europeu Stoxx 600 registrava queda de 1,24%, a 539,33 pontos.
O decreto de Trump estabelece tarifas “recíprocas” de 10% a 41% a 69 parceiros comerciais. As alíquotas entram em vigor no próximo dia 7, e não mais hoje, como era a previsão inicial.
Trump também enviou cartas a 17 CEOs de grandes farmacêuticas exigindo a adoção de medidas até setembro para reduzir os preços de medicamentos nos EUA, sob pena de intervenção do governo. A Novo Nordisk perdia 4,3% em Copenhague e a AstraZeneca caía 3,6% em Londres. No noticiário macroeconômico, a taxa anual de inflação ao consumidor (CPI) da zona do euro ficou inalterada em julho ante o mês anterior, em 2%, mantendo-se em linha com a meta oficial do Banco Central Europeu (BCE), mas superando o consenso de analistas (1,9%). Também foi confirmado que o PMI industrial do bloco que utiliza o euro subiu para 49,8 no mês passado, número que sugere atividade manufatureira praticamente estagnada.
Na Ásia, os mercados fecharam em baixa, após o presidente dos EUA, Donald Trump, emitir decreto impondo tarifas para dezenas de parceiros comerciais. Liderando as perdas na Ásia, o índice sul-coreano Kospi sofreu perdas de 3,88% em Seul, a 3.119,41 pontos, em sua maior queda diária em quatro meses, enquanto o Hang Seng caiu 1,07% em Hong Kong, a 24.507,81 pontos, o Nikkei recuou 0,66% em Tóquio, a 40.799,60 pontos, e o Taiex registrou baixa de 0,46% em Taiwan, a 23.434,38 pontos.
O decreto de Trump estabelece tarifas “recíprocas” de 10% a 41% a 69 parceiros comerciais. As alíquotas entram em vigor no próximo dia 7.
Continua pendente a extensão da trégua comercial entre EUA e China, que ainda não foi confirmada desde que altos funcionários dos governos dos dois lados se reuniram para uma nova rodada de negociações tarifárias na Suécia, no começo da semana.
Na China continental, o índice Xangai Composto caiu 0,37%, a 3.559,95 pontos, enquanto o Shenzhen Composto ficou praticamente estável, com alta marginal de 0,02%, a 2.175,49 pontos, também na esteira de novos dados fracos de atividade manufatureira do país.
Petróleo:
Os futuros internacionais de petróleo WTI estão sendo negociados a US$ 69,45 (+0,27%).
O Brent é negociado a US$ 71,89 (+0,26%).
Bitcoin:
Negociado a US$ 114.364,54 (-2,24%).
Ouro:
Negociado a US$ 3.300,11 a onça-troy (+0,32%).
Minério de ferro:
O minério de ferro negociado na bolsa de Dalian, -0,19%, a 783 iuanes (US$ 108,74).
Brasil:
COP30: Nações acusam “valores exorbitantes” de acomodações. Governos cogitam reduzir delegações ou não comparecer. “Há uma sensação, literalmente, de revolta”, diz o presidente do evento, André Corrêa do Lago.O Brasil está sendo pressionado a realizar a conferência climática da ONU COP30 fora de Belém. Parte dos 198 países esperados para participar da conferência sobre o clima em novembro expressa insatisfação com o que classificam como “preços exorbitantes” cobrados pelas acomodações na capital paraense.
Diversas delegações poderão ser reduzidas ou forçadas a não comparecer diante das diárias cobradas por hotéis, afirmam governos, a pouco mais de cem dias do megaevento, marcado para 10 a 21 de novembro.
“Há uma sensação, literalmente, de revolta dos países por essa insensibilidade, sobretudo por parte dos países em desenvolvimento”, disse o presidente da COP30, André Corrêa do Lago, na quinta-feira (31/07). “Ficou público que os países estão pedindo para o Brasil tirar a COP de Belém.” Dois dias antes, uma reunião de emergência no “COP Bureau” do órgão climático das Nações Unidas convocada pelo Grupo de Negociadores Africanos havia endereçado o impasse, reportou a agência Reuters.
Já o jornal Folha de São Paulo teve acesso a uma carta assinada por 25 países negociadores, incluindo o Grupo de Negociadores Africanos e os Países Menos Desenvolvidos (LDC, em inglês). Entre os signatários, do texto estão também nações desenvolvidas, como Áustria, Bélgica, Canadá, República Tcheca, Finlândia, Holanda, Noruega, Suécia e Suíça. O texto pede condições mínimas de acomodação e custo, “seja em Belém ou em outro lugar”.
Aumento da energia: Na sexta-feira passada (25), a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) comunicou que em agosto haveria o acionamento da bandeira vermelha no patamar 2. Até então, a bandeira tarifária vigente era a vermelha patamar 1. Isso significa que as contas de energia elétrica terão adicional de R$ 7,87 (sete reais e oitenta e centavos) para cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos. Segundo a agência, o cenário de afluências abaixo da média em todo o país reduz a geração por meio de hidrelétricas. Esse quadro eleva os custos de geração de energia, devido à necessidade de acionamento de fontes mais caras, como as usinas termelétricas.
Economia:.
✔️ Banco Master-Banco de Brasília: A compra de 49% do Banco Master pelo Banco de Brasília (BRB) voltou a ganhar contornos políticos na quarta-feira (30), após o pré-candidato ao governo do Distrito Federal Ricardo Cappelli (PSB) acionar a Procuradoria-Geral da República (PGR), a Polícia Federal (PF) e a Controladoria-Geral da União (CGU) com pedidos formais de investigação sobre a operação.
Cappelli, que preside a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial e é adversário político do governador Ibaneis Rocha — cuja gestão é acionista majoritária do BRB —, afirma que a transação, estimada em R$ 2 bilhões, foi conduzida sem autorização do Legislativo e apresenta riscos de insolvência. Ele sustenta que ativos do Master, controlado pelo banqueiro Daniel Vorcaro, estariam depreciados e sujeitos a “gestão temerária e fraudulenta”.
Nos documentos encaminhados aos órgãos de controle, o PSB e Cappelli apontam ainda indícios de pressão política sobre entidades responsáveis por avaliar o negócio, como o Banco Central e a Comissão de Valores Mobiliários (CVM). A diretoria do BC, segundo apurações recentes, estaria dividida em relação à aprovação da operação.
À Polícia Federal, a notícia-crime cita possíveis delitos que vão de crimes contra o Sistema Financeiro Nacional e de responsabilidade a prevaricação e coação. Em um dos trechos do pedido, Cappelli questiona a justificativa econômica da compra: “Por que um banco estatal compraria o Master, sendo este um ativo que ninguém mais quer? A motivação real — jamais dita em público — indica ser simples: salvar o banqueiro. Ou seja, tal operação é um verdadeiro resgate político-financeiro patrocinado pelo contribuinte, com indícios de uso de recursos públicos para um fim particular.” A controvérsia ocorre em meio à análise do negócio pelo Banco Central e pressiona ainda mais a relação entre o governo do DF e opositores que veem a transação como um risco fiscal e reputacional para o banco estatal.
✔️ Rombo nas contas públicas: As contas públicas do Brasil fecharam junho com déficit primário de R$ 47,1 bilhões. As Estatísticas Fiscais foram divulgadas na quinta-feira (31) pelo Banco Central (BC). O resultado, que considera União, estados, municípios e estatais, excluindo o pagamento de juros, representa piora em relação ao mesmo mês de 2024, quando o saldo negativo foi de R$ 40,8 bilhões. O aumento ocorreu porque as despesas cresceram em ritmo maior que as receitas. A dívida líquida do setor público atingiu R$ 7,7 trilhões (62,9% do PIB), novo recorde da série histórica. Já a dívida bruta chegou a R$ 9,3 trilhões, o equivalente a 76,6% do PIB. O avanço reflete o déficit nominal do mês e a valorização do dólar, que impacta diretamente o endividamento.
✔️ Produtos de juros da B3 crescem no 1º semestre de 2025: O mercado brasileiro de derivativos de juros mostrou um avanço expressivo no primeiro semestre de 2025 em comparação ao mesmo período de 2024, evidenciando a sofisticação crescente dos investidores. O destaque ficou por conta das Operações Estruturadas de DI1 (EDSs), que funcionam como proteção contra a volatilidade da curva de juros e tiveram salto de 92% no volume médio diário (ADV), atingindo 431 mil contratos. Já o Futuro de Cupom de IPCA (DAP), usado para hedge contra a inflação, cresceu 15%, passando de 68 mil para mais de 78 mil contratos negociados por dia.
Outro segmento em expansão são os ETFs de Renda Fixa, que oferecem diversificação e proteção a portfólios em cenários de incerteza. O volume médio diário de negociação praticamente dobrou, de cerca de R$ 32 milhões para R$ 61 milhões, reforçando a busca dos investidores por alternativas seguras e eficientes para compor suas carteiras.
O Contrato Futuro de DI (DI1), considerado a principal ferramenta de hedge do mercado, manteve liquidez robusta, com média diária de 3,4 milhões de contratos negociados no semestre. Outros produtos do portfólio da B3 também registraram resultados relevantes: as Opções de Copom (CPM), após mudança no tamanho dos contratos em maio, somaram 358 mil negociações diárias; as Opções de IDI alcançaram cerca de 1 milhão de contratos por dia; e o Futuro de Treasury 10 anos (T10), que oferece exposição às taxas dos títulos do governo dos Estados Unidos, registrou média diária de 2,1 mil contratos.
Segundo Felipe Gonçalves, superintendente de Produtos de Juros e Moedas da B3, os números confirmam um movimento de maturidade: “Além de utilizarem o DI1 para a gestão de risco de forma ampla, os investidores estão buscando instrumentos cada vez mais específicos para se protegerem de cenários como o avanço da inflação ou a volatilidade da curva de juros. Nosso papel é oferecer um portfólio completo e de alta liquidez para que o mercado possa navegar em momentos de incerteza e gerenciar seus riscos com eficiência e segurança”, afirma.
Com esse desempenho, a B3 reforça sua posição como referência na oferta de produtos de juros e renda fixa, acompanhando a demanda por instrumentos de proteção mais sofisticados e diversificados, que refletem o avanço estrutural do mercado brasileiro em 2025.
✔️ Tarifas: O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou uma ordem executiva que prevê a entrada em vigor de novas tarifas sobre diversos países no dia 7 de agosto. O decreto, portanto, adiou em sete dias o tarifaço a vários parceiros comerciais dos americanos. Antes, a regra entraria em vigor nesta sexta-feira (01/08). A ordem deverá ser aplicada a 68 países e a todos os 27 membros da União Europeia.
Enquanto algumas economias, como Japão, União Europeia e Coreia do Sul, conseguiram negociar com Washington, outras, como Índia, Brasil e Canadá, ainda não chegaram a acordos, deixando suas exportações para os EUA sujeitas a tarifas muito mais altas. E o Brasil acabou sendo mesmo o mais atingido, com tarifas de 50% para produtos brasileiros importados pelos Estados Unidos.
Os países não listados na ordem enfrentarão uma tarifa básica de 10%. A razão para o adiamento da ordem é que o governo precisa de tempo para harmonizar as alíquotas tarifárias, segundo informações divulgadas por um funcionário do governo dos EUA à agência de notícias AP.
✔️ Vale: A Vale teve no 2º trimestre de 2025 lucro líquido atribuível aos acionistas de US$ 2,117 bilhões, queda de 24% em relação ao segundo trimestre de 2024 (2T24). O Ebitda ajustado somou US$ 3,38 bilhões, queda anual de 15%. A receita líquida atingiu US$ 8,8 bilhões, queda de 11% no ano.
Agenda Econômica:
🇩🇪 04h55 – Alemanha/S&P Global/HCOB: PMI industrial final de julho
🇪🇺 05h00 – Zona do euro/S&P Global/HCOB: PMI industrial final de julho
🇬🇧 05h30 – Reino Unido/S&P Global: PMI industrial final de julho
🇪🇺 06h00 – Zona do euro/Eurostat: CPI preliminar de julho
– 08h00 – FGV: IPC-S da 4ª quadrissemana de julho
– 09h00 – IBGE: Pesquisa Industrial Mensal junho
🇺🇸 09h30 – EUA/Dept°. do Trabalho: relatório mensal de empregos (payroll) de julho ⚠️
🇺🇸 10h45 – EUA/S&P Global: PMI industrial final de julho
🇺🇸 11h00 – EUA/ISM: PMI industrial de julho
🇺🇸 11h00 – EUA/Univ. Michigan: Índice de Sentimento do Consumidor final de julho
🇺🇸 11h00 – EUA/Deptº do Comércio: Investimentos em construção de junho
🇩🇪 13h00 – Alemanha: BCE divulga teste de estresse de bancos da UE
🇺🇸 14h00 – EUA/Baker Hughes: poços e plataformas de petróleo em operação
Balanços ⚠️
📈 EUA/antes da abertura: Chevron e Exxon Mobil
📈 Brasil/ após o fechamento: Fertilizantes Heringer
Ibovespa e dólar no último pregão:
Ibovespa:
Referência do mercado brasileiro, o principal índice fechou em queda de 0,69%, aos 133.071 pontos, acumulando uma perda de 4,17% em julho.
Maiores altas do Ibovespa
USIM5 |
+5.80%
|
R$ 4,38
|
EMBR3 |
+5.78%
|
R$ 80,66
|
TIMS3 |
+3.50%
|
R$ 20,71
|
VIVT3 |
+1.06%
|
R$ 31,48
|
CSNA3 |
+1.01%
|
R$ 8,02
|
Maiores baixas do Ibovespa
MRFG3 |
-10.20%
|
R$ 21,30
|
BRFS3 |
-5.65%
|
R$ 20,05
|
ABEV3 |
-5.25%
|
R$ 12,46
|
BEEF3 |
-4.45%
|
R$ 4,94
|
SMTO3 |
-4.16%
|
R$ 17,34
|
Dólar:
O dólar fechou estável, cotado a R$ 5,6021, com avanço de 2,66% no mês.
IFIX:
O índice fechou em alta de 0,67%, aos 3.436,38 pontos. A mínima foi de 3.413,64 pontos. Na semana, o índice acumula queda de 0,04%, e fecha julho com baixa de 1,36%.
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Fonte: CNBC, valor investe, G1, BDM, infomoney. atualização: 7h30 (horário Brasília)
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