A Nvidia (NASDAQ:NVDA) se tornou símbolo da revolução da inteligência artificial nos últimos dois anos. Desde o lançamento do ChatGPT, sua receita mais que triplicou e os lucros quadruplicaram, impulsionando um salto de 1.200% nas ações desde o fim de 2022. Hoje, a empresa vale US$ 4,461 trilhões.

O relatório do segundo trimestre fiscal, esperado para após o fechamento do mercado de quarta-feira (27), será um divisor de águas. Analistas projetam alta anual de 53% na receita, para US$ 45,9 bilhões, enquanto o lucro ajustado por ação deve alcançar US$ 1,01, um crescimento de 48% sobre o ano anterior.

O crescimento segue forte, mas desacelerou. Após cinco trimestres de expansão acima de 100%, a taxa caiu para 69% no início de 2025. Ainda assim, Wall Street aposta em nova aceleração, com projeções de US$ 52,7 bilhões em vendas no terceiro trimestre, segundo estimativas da LSEG.

Os data centers são hoje o coração da Nvidia, respondendo por 88% das receitas, e o grande destaque é a linha Blackwell. Lançada este ano, já responde por US$ 27 bilhões em vendas, 70% da divisão de data centers, contra US$ 11 bilhões no trimestre anterior.

Mas o cenário não é livre de riscos. O governo Trump autorizou a retomada parcial das vendas de chips para a China, impondo tarifa de 15% sobre a receita gerada no país. Pequim, por sua vez, incentiva fornecedores a adotar soluções locais, como os chips da Huawei, elevando a pressão regulatória.

A Nvidia (BOV:NVDC34) continua sendo o termômetro de Wall Street. Representa 7,5% do S&P 500 e sua projeção para os próximos trimestres poderá definir o ritmo do rali da IA. Para investidores, qualquer sinal positivo pode reforçar a euforia; já uma cautela maior pode frear os mercados.

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