Dow Jones encerra setembro em alta em meio à tensão em Washington e dados fracos da confiança do consumidor

Após duas altas seguidas, as ações dos EUA oscilaram, operando perto da estabilidade durante grande parte do dia, mas avançando no fim do pregão e fechando em alta na terça-feira, 30 de setembro de 2025.

O Dow Jones aumentou 81,82 pontos ou 0,18%, para 46.397,89. O S&P 500 avançou 27,25 pontos ou 0,41%, para 6.688,46. O Nasdaq subiu 68,86 pontos ou 0,31%, para 22.660,01.

Os ganhos de terça-feira somaram para um desempenho mensal positivo de setembro, contrariando a fama de mês historicamente desfavorável para os mercados. O S&P 500 avançou mais de 3%, o Dow Jones quase 2% e o Nasdaq saltou incríveis 5,6%.

No trimestre, o S&P 500 subiu quase 8%, o Nasdaq mais de 11% e o Dow Jones acima de 5%, marcando seu quinto avanço seguido.

A negociação volátil ao longo do dia ocorreu enquanto os traders acompanhavam os desdobramentos em Washington, onde legisladores lutavam para chegar a um acordo e evitar a paralisação do governo.

Antes do prazo final da meia-noite, os democratas exigiram que um projeto de financiamento temporário incluísse a extensão dos créditos tributários aprimorados do Obamacare, enquanto os republicanos argumentavam que o tema deveria ser debatido apenas após a aprovação do orçamento.

Após uma reunião entre o presidente americano Donald Trump e líderes do Congresso na segunda-feira, o vice-presidente JD Vance disse acreditar que “estamos caminhando para uma paralisação porque os democratas não querem fazer a coisa certa”.

“Relações entre democratas e republicanos estão mais frias que uma manhã no Alasca, por isso os mercados não estão confiantes em um acordo antes da meia-noite de hoje”, afirmou Russ Mould, diretor de investimentos da AJ Bell.

Ele acrescentou: “Uma das maiores preocupações de curto prazo para os mercados é o impacto na divulgação de dados do governo – principalmente o relatório de empregos esperado para sexta-feira –, sem o qual o Federal Reserve pode não se sentir confiante em cortar juros”.

A força no final do dia em Wall Street pode ter refletido a esperança de que legisladores alcancem um acordo de última hora, como costuma acontecer, ou o otimismo de que uma paralisação do governo não trará grande impacto à economia.

Dados econômicos do dia

Enquanto isso, traders em grande parte ignoraram um relatório do Conference Board mostrando uma queda maior do que o esperado na confiança do consumidor dos EUA em setembro.

O Conference Board informou que seu índice de confiança do consumidor caiu para 94,2 em setembro, de 97,8 em agosto, após revisão. Economistas esperavam queda para 96,0 a partir da leitura original de 97,4 no mês anterior.

Com a queda acima do previsto, o índice recuou para o menor nível desde abril de 2025.

Setores

As ações farmacêuticas dispararam ao longo da sessão, elevando o índice NYSE Arca Pharmaceutical em 3,7%, para a máxima de fechamento em seis meses.

A Pfizer (NYSE:PFE) liderou o setor, subindo 6,8% após anunciar acordo com o governo Trump que, segundo a gigante farmacêutica, garantirá preços mais baixos de medicamentos para pacientes nos EUA.

Houve também força substancial entre as ações de saúde, refletida na alta de 2,4% do índice Dow Jones U.S. Health Care (DOWI:DJUSHCT).

Ações de biotecnologia, hardware e redes de computadores também registraram ganhos expressivos, enquanto produtores de petróleo e bancos caíram de forma notável.

Outros mercados internacionais

Na Ásia-Pacífico, as bolsas tiveram desempenho misto. O índice Nikkei 225 do Japão caiu 0,3%, enquanto o índice Shanghai Composite da China subiu 0,5%. Fechamento asiático

Na Europa, as ações fecharam majoritariamente em alta. O índice CAC 40 da França avançou 0,2%, enquanto o FTSE 100 do Reino Unido e o DAX da Alemanha subiram 0,5% e 0,6%, respectivamente. Fechamento europeu

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Treasuries

Os títulos do Tesouro ficaram sem direção definida. O rendimento do título de 10 anos, que se move de forma inversa ao preço, encerrou o dia com alta de menos de 1 ponto-base, a 4,148%.

Perspectivas

O pregão de quarta-feira pode ser impactado pelo desfecho das negociações de última hora para evitar a paralisação do governo, enquanto relatórios sobre emprego no setor privado e atividade industrial também devem atrair atenção.

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