Ibovespa hoje: Cosan cai, e bolsas recuam com sanções dos EUA e cenário fiscal

A bolsa de valores brasileira fechou esta segunda-feira (22/09) em queda, com o Ibovespa (BOV:IBOV) recuando 0,52% e encerrando aos 145.109 pontos, após ter ensaiado perdas mais fortes durante o dia. O volume financeiro girou em R$15,5 bilhões, acima da média dos últimos 50 pregões (R$14,5 bilhões), enquanto o contrato futuro de Ibovespa (BMF:INDFUT | BMF:WINFUT) acompanhou o clima de cautela. A pressão veio sobretudo de ações ligadas ao setor financeiro e da derrocada da Cosan, que registrou a maior queda diária desde março de 2020.

O pregão foi marcado por um ambiente turbulento: os Estados Unidos (CCOM:US500 | CCOM:US100 | CCOM:US30) anunciaram sanções contra autoridades brasileiras, incluindo a esposa do ministro Alexandre de Moraes, o que pressionou instituições financeiras no Brasil. Internamente, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, reforçou a necessidade de ajuste fiscal “por convicção”, enquanto o relatório de Avaliação de Receitas e Despesas trouxe bloqueio adicional de R$1,4 bilhão no orçamento. No cenário externo, os investidores monitoraram a queda do índice Dólar (CCOM:DXY), tensões geopolíticas no Oriente Médio e a alta do minério de ferro em Dalian, que compensaram parte do recuo do petróleo Brent (CCOM:OILBRENT).

Entre os destaques corporativos, a Cosan (BOV:CSAN3) despencou 18,13% após anunciar aumento de capital bilionário, liderando as baixas ao lado de Raízen (BOV:RAIZ4), que caiu 7,75%, e BRF (BOV:BRFS3), que recuou 5,38%.

Do lado positivo, Embraer (BOV:EMBR3) brilhou com alta de 4,63% após encomenda bilionária da Latam, seguida por Weg (BOV:WEGE3), que subiu 2,09%, e Rumo (BOV:RAIL3), que avançou 2,05%. Já entre as mais negociadas, figuraram Itaú Unibanco (BOV:ITUB4), Cosan (BOV:CSAN3) e Eletrobras (BOV:ELET3), que juntas movimentaram boa parte do pregão e representam setores-chave como bancário, energia e logística.

O mercado de juros futuros (BMF:DI1FUT) acompanhou os yields norte-americanos e encerrou o dia em alta, com os vértices de curta, média e longa duração avançando até 12 pontos-base. Os contratos mais negociados também refletiram o movimento, com destaque para os vencimentos de 2026 e 2027, que registraram elevação nas taxas, consolidando a percepção de que o cenário fiscal segue sendo um dos principais motores da curva de juros no Brasil.

Confira o ranking completo de todos os papéis negociados na B3.

1. 💥 Confira os destaques corporativos de hoje 💥

   Azul (AZUL4)

   A Azul, uma das maiores companhias aéreas do Brasil, participou de audiência na Corte de Falências do Distrito do Sul de Nova York para discutir pontos cruciais de seu processo de recuperação judicial nos Estados Unidos (Chapter 11). A empresa apresentou uma série de petições que visam garantir mais tempo e flexibilidade para adequar sua estrutura de custos e contratos ao novo plano de negócios. Saiba mais…

   BB Seguridade (BBSE3)

   A BB Seguridade divulgou nesta segunda-feira (22/09) seu desempenho de julho, mostrando avanços relevantes em alguns segmentos, mas também retração em outros. O destaque positivo ficou para o seguro de vida, que atingiu o segundo melhor patamar do ano, com prêmios 8,7% acima de julho de 2024. Já a previdência bateu recorde histórico de contribuições mensais, crescendo 5,4% na comparação anual. Saiba mais…

   Caixa Seguridade (CXSE3)

   A Caixa Seguridade Participações S.A. divulgou nesta segunda-feira (22/09) os resultados de seu desempenho comercial de julho de 2025, destacando forte avanço em previdência, capitalização e seguros. O volume de contribuições em previdência atingiu R$ 2,8 bilhões, a maior marca do ano, representando alta de 19,5% em relação a julho de 2024. Saiba mais…

   Cemig (CMIG4)

   A Cemig anunciou nesta segunda-feira (22/09) a homologação do acordo firmado com o Sindicato dos Eletricitários do Sul de Minas Gerais (Sindsul) e a Federação dos Trabalhadores nas Indústrias Urbanas de Minas Gerais (FTIUMG), no âmbito do dissídio coletivo sobre o plano de saúde PSI. O acerto prevê uma indenização compensatória que pode alcançar R$ 1,25 bilhão, a ser paga em seis parcelas até 2030. Saiba mais…

   Cosan (CSAN3)

   A Cosan, um dos maiores conglomerados brasileiros de energia e infraestrutura listados na bolsa de valores, anunciou um acordo estratégico para levantar cerca de R$ 10 bilhões. O movimento inclui aportes bilionários do BTG Pactual Holding, do fundo Perfin Infra e do family office de Rubens Ometto, fundador da companhia. O objetivo é reduzir a alavancagem e dar fôlego para retomar a trajetória de crescimento. Saiba mais…

   Embraer (EMBR3)

   A Embraer anunciou avanço significativo na produção do KC-390 Millennium, aeronave multimissão destinada ao transporte aéreo militar, com entregas programadas para 2025. A empresa reforça seu compromisso em atender clientes internacionais e expandir sua presença estratégica no mercado de defesa. Saiba mais…

   A Embraer SA anunciou nesta segunda-feira (22/09) que fechou um acordo com a Latam e suas afiliadas para a compra de até 74 aeronaves do modelo E195-E2, sendo 24 pedidos firmes e 50 opções de compra. O contrato, avaliado em aproximadamente US$ 2,1 bilhões, terá início de entregas no segundo semestre de 2026. Saiba mais…

   JHSF (JHSF3)

   A JHSF Participações S.A., empresa de destaque no setor de alta renda e desenvolvimento imobiliário, concluiu a captação de sua 18ª emissão de debêntures simples, no valor de R$ 300 milhões. A operação foi voltada para investidores profissionais e representa mais um passo na estratégia da companhia de fortalecer sua estrutura de capital. Saiba mais…

   Suzano (SUZB3)

   A Suzano SA, referência global no setor de papel e celulose, anunciou que realizará, em 26 de setembro de 2025, o resgate antecipado da 8ª emissão de debêntures simples, no montante de R$ 750 milhões, valor que inclui o saldo do principal acrescido da remuneração. Essas debêntures, originalmente previstas para vencer em setembro de 2028, serão liquidadas integralmente. Saiba mais…

   A Suzano SA obteve aprovação sem restrições do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) para a aquisição de 51% do capital social da joint venture formada com a Kimberly-Clark na Holanda, voltada ao segmento global de tissue. A operação, publicada no Diário Oficial da União, foi avaliada em US$1,734 bilhão. Saiba mais…

   Vivara (VIVA3)

   A Vivara Participações S.A. confirmou a implementação de um projeto piloto para lojas de rua, além de destacar um potencial de expansão significativa das lojas Life em shoppings. O esclarecimento foi feito à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) após divulgação de reportagem pelo jornal Valor Econômico. Saiba mais…

   

   (Com informações da TCMover e Momento B3)