
A economia alemã recebeu um sinal positivo sobre a trajetória de seus preços. O relatório preliminar divulgado na quinta-feira (30/10) pelo Escritório Federal de Estatística (Destatis) mostrou que a inflação anual no país desacelerou em outubro, ficando abaixo do que muitos analistas projetavam. O dado acena com um cenário de maior controle sobre a alta de custos, um tema sensível para o Banco Central Europeu.
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O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) registrou uma alta de 2,3% no confronto com outubro do ano passado. Na comparação mensal, o avanço foi de 0,3%. Espelhando essa movimentação, o Índice Harmonizado de Preços ao Consumidor (IHPC), utilizado para comparações dentro da Zona do Euro, também subiu 2,3% no ano e 0,3% no mês. Um ponto de atenção, no entanto, ficou por conta da inflação subjacente, que exclui os itens mais voláteis como alimentos e energia: ela se manteve estável, mas em um patamar elevado de 2,8%.
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Para os mercados financeiros, uma inflação em desaceleração na maior economia da Europa é um alívio, mas a persistência da inflação subjacente exige cautela. Esse cenário misto pode influenciar as decisões futuras do Banco Central Europeu. No câmbio, um euro (FX:EURUSD) menos pressionado pela inflação pode encontrar limites para valorizações mais fortes. Para os títulos públicos, notadamente os bunds alemães, dados que sugerem controle inflacionário tendem a ser recebidos de forma positiva, podendo exercer uma pressão de baixa nos rendimentos.
A reação imediata dos mercados globais a dados de inflação europeus costuma ser sentida nos contratos futuros dos principais índices. Um dado contido da inflação na Alemanha pode oferecer suporte a índices como o S&P 500 Futuro (CCOM:US500) e o Nasdaq Futuro (CCOM:US100), pois reduz a pressão por taxas de juros altas por mais tempo em economias centrais. No contexto atual, onde os investidores buscam qualquer sinal de que o ciclo de aperto monetário global está próximo do fim, a notícia é um ingrediente otimista, ainda que não definitivo.
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