Azul transporta 23,7 milhões de passageiros até setembro e bate recorde histórico, mas ações caem na B3

Companhia aérea amplia demanda em 5,9% no acumulado do ano, segundo a ANAC; papel recua nesta quarta-feira (22/10) mesmo com o forte desempenho operacional

A Azul S.A. (BOV:AZUL4) alcançou um marco importante em 2025 ao transportar 23,7 milhões de passageiros entre janeiro e setembro, de acordo com dados divulgados pela Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC). O número representa um crescimento de 5,9% em relação ao mesmo período do ano anterior, quando a companhia aérea havia movimentado 22,4 milhões de clientes — até então, seu recorde histórico.

Segundo a ANAC, o Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas (SP), manteve-se como o principal hub da Azul, seguido pelos terminais de Confins (MG), Recife (PE), Congonhas (SP) e Guarulhos (SP). A companhia destacou que o desempenho reflete a estratégia de expansão responsável e a eficiência de sua malha aérea.

O CEO da Azul, Abhi Shah, afirmou que o recorde reforça o propósito da empresa de conectar o Brasil com eficiência e flexibilidade. “Temos uma estratégia responsável de investir em rotas que atendam às necessidades dos passageiros, aproveitando a localização estratégica de cada hub”, destacou o executivo.

Entre as rotas com maior volume de passageiros, Recife se destacou em três das cinco primeiras posições, liderando com a ligação Recife–Viracopos, seguida por Viracopos–Confins e Recife–Guarulhos. As rotas Porto Alegre–Viracopos e Recife–Confins completam o ranking das cinco mais movimentadas do ano.

Apesar do bom desempenho operacional, as ações AZUL4 registram queda nesta quarta-feira (22/10), refletindo um movimento de realização de lucros e cautela entre investidores quanto à recuperação financeira do setor aéreo. Às 16h07, os papéis da Azul eram negociados a R$ 1,14, queda de 2,56%, após abrirem a R$ 1,17 e atingirem máxima de R$ 1,19 no início do pregão.

Fundada em 2008, a Azul atua no setor de transporte aéreo de passageiros e cargas, sendo uma das principais companhias da aviação brasileira. Seu modelo de negócios é focado na conectividade entre cidades médias e grandes centros, com hubs estratégicos em Campinas, Recife e Belo Horizonte. A empresa concorre com Gol (BOV:GOLL4) e Latam, além de manter codeshare com companhias internacionais.

O desempenho recorde reforça o papel da Azul na recuperação do setor aéreo nacional e sinaliza otimismo em relação à demanda doméstica.