A China está em negociações para firmar um acordo de swap cambial triplo com o Japão e a Coreia do Sul, em uma movimentação que busca ampliar a cooperação financeira na Ásia e fortalecer o papel do yuan diante das pressões comerciais vindas dos Estados Unidos. A informação foi divulgada pelo South China Morning Post e confirmada por uma fonte próxima às discussões.
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Os governadores dos bancos centrais — Pan Gongsheng, do Banco Popular da China (PBoC); Kazuo Ueda, do Banco do Japão (BoJ); e Rhee Chang-yong, do Banco da Coreia (BoK) — se reuniram na semana passada, em Washington, durante os encontros anuais do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial. Segundo a fonte, o tema foi debatido diretamente entre os três líderes monetários, marcando um raro esforço conjunto entre as principais economias do Leste Asiático.
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O acordo de swap tripartite ampliaria os atuais acordos bilaterais, oferecendo uma rede mais robusta de liquidez regional e mitigando riscos cambiais em tempos de instabilidade global. Atualmente, o swap entre China e Coreia do Sul, de ¥400 bilhões (US$56,2 bilhões), expira neste mês, enquanto o acordo sino-japonês, de ¥200 bilhões, foi firmado em 2024.
A proposta reflete o interesse de Pequim em internacionalizar o yuan (FX:USDCNY) e reduzir a dependência do dólar norte-americano (FX:USDBRL), especialmente após o aumento das tensões comerciais com Washington. Se concretizado, o pacto poderá servir como uma alternativa regional ao sistema financeiro dominado pelos Estados Unidos, fortalecendo o papel do yuan como moeda de reserva e de comércio.
Para os mercados financeiros, um acordo desse porte pode gerar efeitos significativos. No mercado cambial, a medida tende a favorecer a estabilidade das moedas asiáticas, enquanto nas bolsas de valores da região, o fortalecimento da cooperação trilateral pode ser interpretado como um sinal de segurança financeira e menor risco sistêmico, impulsionando ativos vinculados à integração asiática.
Em um cenário global de juros altos e incertezas geopolíticas, a iniciativa chinesa ganha destaque como parte de uma estratégia mais ampla de reposicionamento econômico. Mesmo sem reflexo imediato nas cotações, o fortalecimento do yuan reforça o movimento de desdolarização e amplia o peso da China na arquitetura financeira internacional.
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