O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de setembro registrou variação de 0,48 %, ficando 0,59 ponto percentual (p.p.) acima da taxa de –0,11 % observada em agosto. No acumulado do ano, o índice subiu 3,64 %; nos últimos 12 meses, marcou 5,17 %, pouco acima dos 5,13 % verificados nos 12 meses anteriores. Em setembro de 2024, o índice havia sido de 0,44 %.
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Dos nove grupos pesquisados, três apresentaram deflação em setembro: Artigos de residência (–0,40 %), Alimentação e bebidas (–0,26 %) e Comunicação (–0,17 %). No lado das altas, as variações ficaram entre 0,01 % em Transportes e 2,97 % em Habitação.
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Com o término da incorporação do Bônus de Itaipu, que estava creditado nas faturas de agosto, a energia elétrica residencial — no grupo Habitação (2,97 %) — subiu 10,31 % em setembro, sendo o principal impacto individual no índice do mês (0,41 p.p.). Permaneceu também a bandeira tarifária vermelha patamar 2, vigente desde 1º de setembro, que acrescentou R$ 7,87 a cada 100 KWh consumidos. Adicionalmente, foram incorporados reajustes tarifários de 18,62 % (São Luís, 27,30 %) desde 28 de agosto; de 15,32 % (Vitória, 12,37 %) desde 7 de agosto; e de 4,25 % (Belém, 8,05 %) desde 7 de agosto.
No acumulado do ano, a energia elétrica residencial acumula alta de 16,42 %, sendo o principal impacto individual (0,63 p.p.) sobre o resultado anual do IPCA (3,64 %). Em 12 meses, o desempenho é de 10,64 %, correspondendo a um impacto de 0,44 p.p. sobre os 5,17 %.
Ainda em Habitação, o item água e esgoto variou 0,07 %, com reajuste de 7,84 % em Aracaju (7,34 %) desde 1º de setembro, e de 4,81 % em Vitória (0,16 %) desde 1º de agosto. Já o subitem gás encanado (0,01 %) refletiu aumento de 6,41 % em Curitiba (0,20 %) desde 1º de agosto, e queda média de 1,22 % nas tarifas do Rio de Janeiro (–0,04 %) desde 1º de agosto.
No segmento de Vestuário (0,63 %) sobressaíram as altas em roupa masculina (1,06 %), infantil (0,76 %) e feminina (0,36 %).
No grupo Despesas pessoais (0,51 %), o destaque foi o pacote turístico, que subiu 2,87 %, e cinema, teatro e concerto, com alta de 2,75 %, após queda de 4,02 % em agosto, influenciada pela semana do cinema.
Em Saúde e cuidados pessoais (0,17 %), o plano de saúde (0,50 %) foi o principal impacto do grupo (0,02 p.p.).
Após queda de 0,27 % em agosto, o grupo Transportes registrou variação de 0,01 %, impulsionado pela alta nos combustíveis (0,87 %) — após média negativa de 0,89 % em agosto. Excetuando-se o gás veicular (–1,24 %), os demais combustíveis subiram: etanol (2,25 %), gasolina (0,75 %) e óleo diesel (0,38 %). Nas quedas, destacaram-se seguro voluntário de veículos (–5,98 %) e passagem aérea (–2,83 %).
Também incidiram efeitos da gratuidade no metrô (–0,64 %) em Brasília (–10,69 %), no ônibus urbano (–0,52 %) em Brasília (–10,69 %) e Belém (0,78 %), além da redução de tarifa em Curitiba (–3,21 %). O táxi (1,73 %) incorporou reajustes médios de 24,53 % em Belém (8,54 %) desde 12 de agosto, e de 12,37 % em São Paulo (4,20 %) desde 11 de agosto.
Pelo quarto mês seguido, o grupo Alimentação e bebidas (–0,26 %) registrou queda. A alimentação no domicílio caiu 0,41 % contra 0,83 % em agosto, com destaque para tomate (–11,52 %), cebola (–10,16 %), alho (–8,70 %), batata-inglesa (–8,55 %) e arroz (–2,14 %). Por outro lado, frutas (2,40 %) e óleo de soja (3,57 %) tiveram variações positivas.
A alimentação fora do domicílio desacelerou de 0,50 % (agosto) para 0,11 % (setembro). O subitem lanche recuou de 0,83 % para 0,53 %; a refeição passou de 0,35 % para –0,16 %.
Nas regiões, São Luís teve a maior variação (1,02 %), impulsionada pela alta da energia elétrica residencial (27,30 %) e do café moído (4,31 %). A menor variação foi registrada em Salvador (0,17 %), influenciada pelas quedas do tomate (–20,08 %) e do seguro voluntário de veículos (–6,36 %).
O IPCA é calculado pelo IBGE desde 1980, refere-se às famílias com rendimento monetário de 1 (um) a 40 (quarenta) salários mínimos, qualquer que seja a fonte, e abrange dez regiões metropolitanas, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís, Aracaju e Brasília. Para calcular o índice do mês, os preços coletados de 30 de agosto de 2025 a 29 de setembro de 2025 (referência) foram comparados aos preços vigentes de 31 de julho de 2025 a 29 de agosto de 2025 (base).
Possíveis efeitos sobre o mercado de ações, câmbio e títulos
Essa aceleração no IPCA pode pressionar a expectativa por juros mais altos por mais tempo, o que tende a pesar sobre ações sensíveis a crédito e crescimento. No mercado de títulos públicos, há risco de aumento nos prêmios de risco e queda nos preços — especialmente nos papéis mais longos. No câmbio, a inflação elevada pode enfraquecer o real frente ao dólar, caso o Banco Central não reaja com estímulo monetário mais rígido.
Relevância no contexto atual do mercado financeiro
Mesmo sem cotação específica anexada, essa notícia sobre a aceleração da inflação reforça o desafio para o controle monetário e evidencia que os próximos relatórios macro podem ganhar peso nas decisões de investidores. O cenário mostra que o IPCA continua sendo um indicador central para entender as pressões inflacionárias no Brasil e seu reflexo nos mercados.
(ibge)
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