Os juros futuros fecharam em queda nesta segunda-feira (20/10), com a curva de juros exibindo movimento de alívio nas taxas intermediárias e longas, refletindo melhora no sentimento dos investidores diante de um ambiente de menor aversão ao risco e ajustes na precificação de prêmios.
A sessão foi marcada por uma curva de juros predominantemente de baixa, com a ponta longa reagindo de forma mais expressiva à percepção de estabilidade no cenário fiscal e expectativa de manutenção da política monetária pelo Banco Central. O movimento também foi sustentado por fluxos técnicos e pela busca por proteção em renda fixa, à medida que o câmbio mostrou leve valorização do real frente ao dólar.
Entre os destaques, o contrato com vencimento em janeiro de 2029 (BMF:DI1F29) liderou as quedas, recuando 0,75% para 13,23% ao ano, seguido pelo DI para janeiro de 2028 (BMF:DI1F28), que caiu 0,71% e encerrou o dia cotado a 13,27% ao ano. No mesmo movimento, o DI para janeiro de 2030 (BMF:DI1F30) perdeu 0,67%, terminando a 13,39% ao ano. Na ponta mais curta, o DI de janeiro de 2026 (BMF:DI1F26) ficou estável, em 14,90% ao ano, mostrando pouca variação na precificação dos contratos próximos.
Os vértices intermediários da curva de juros, entre 2027 e 2029, concentraram o maior volume de negociação e mostraram maior sensibilidade ao ambiente de mercado. O contrato de janeiro de 2028 (BMF:DI1F28) movimentou 262,1 mil lotes, enquanto o DI de janeiro de 2027 (BMF:DI1F27) registrou 245,5 mil contratos, ambos refletindo a liquidez típica desses vencimentos que servem de referência para o curto e médio prazo do DI Futuro.
Nos vértices longos da curva de juros, que concentram as maiores sensibilidades ao cenário fiscal e político, o dia também foi de recuo generalizado nas taxas. O DI de janeiro de 2031 (BMF:DI1F31) caiu 0,70%, a 13,51% ao ano, e o DI de janeiro de 2032 (BMF:DI1F32) recuou 0,55%, cotado a 13,63% ao ano. Esses contratos refletiram ajustes técnicos após as altas da semana anterior e indicam percepção mais estável sobre o prêmio de risco futuro.
A melhora na curva de juros ocorreu em um contexto de maior apetite ao risco global, com os rendimentos dos Treasuries norte-americanos em leve recuo e bolsas internacionais operando no campo positivo. No ambiente doméstico, investidores avaliaram as projeções fiscais e as expectativas para o IPCA de outubro, com apostas de que o Banco Central poderá manter a Selic por mais tempo, mas sem novos apertos monetários no horizonte.
No mercado de câmbio, o dólar comercial encerrou o dia em leve queda, próximo de R$ 5,54, favorecendo os ativos de renda fixa local. A combinação de fluxo estrangeiro positivo e curva de juros em queda reforça a busca por realocações de portfólio entre os vértices intermediários e longos.
Os vértices da curva de juros seguem sendo um termômetro importante para medir as expectativas do mercado em relação à trajetória da Selic e à percepção de risco fiscal. A queda observada nesta segunda-feira indica que os investidores seguem confiantes na manutenção de uma política monetária consistente e previsível, mesmo diante de incertezas externas.
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