Expectativa por resultados corporativos e decisão de política monetária dos EUA dita o humor dos investidores nesta terça-feira (21/10). Por aqui, mercado também aguarda pelo relatório de produção e vendas da Vale.
Os índices futuros dos Estados Unidos abriram em leve queda nesta terça-feira, com os investidores adotando uma postura mais defensiva diante da proximidade de importantes balanços corporativos. As atenções se voltam para os números da Netflix (NASDAQ:NFLX), General Motors (NYSE:GM) e Coca-Cola (NYSE:KO), que serão divulgados nas próximas horas e devem influenciar diretamente o sentimento de risco em Wall Street.
O mercado espera que a Netflix apresente um novo avanço em receita e assinantes, especialmente com o crescimento de sua divisão de publicidade e as primeiras experiências com transmissões ao vivo. Entretanto, investidores permanecem atentos ao custo de produção e à concorrência crescente de plataformas como Disney+ e Prime Video. Qualquer sinal de desaceleração pode gerar forte reação nas ações do setor de tecnologia e mídia.
No setor automotivo, o foco recai sobre a General Motors, que tem enfrentado desafios em sua estratégia de eletrificação após o término dos créditos fiscais para veículos elétricos nos EUA. As tarifas sobre insumos importados e o ambiente macroeconômico mais apertado também devem aparecer nos resultados da montadora. Já a Coca-Cola, tradicionalmente vista como termômetro de consumo global, deve apresentar resultados sólidos, mas com margens pressionadas pelo aumento de custos logísticos e cambiais.
Sem grandes indicadores econômicos previstos para hoje, os investidores concentram-se nas expectativas de política monetária e no noticiário corporativo. As sinalizações recentes de um possível acordo comercial entre Estados Unidos e China alimentam o otimismo moderado, embora o cenário ainda exija cautela.
Após o fechamento dos mercados, duas divulgações ganham destaque: o relatório de produção e vendas da Vale (BOV:VALE3) e o balanço da Netflix. O desempenho da mineradora brasileira será acompanhado de perto, especialmente após a recente queda nos preços do minério de ferro, pressionados pela menor demanda da China e pela desaceleração do setor imobiliário chinês.
Enquanto isso, no campo da política monetária, os discursos de Christine Lagarde (BCE), Andrew Bailey (BoE) e Christopher Waller (Fed) devem ter impacto limitado, já que o mercado praticamente consolidou a expectativa de um corte de 25 pontos-base na taxa de juros americana na próxima reunião do Federal Reserve. Essa expectativa, aliás, vem sustentando o bom humor dos mercados emergentes.
No Brasil, a perspectiva de juros mais baixos nos EUA amplia o diferencial de taxas e reforça o fluxo estrangeiro para ativos locais. O real tende a se valorizar diante do dólar, e o Ibovespa tenta consolidar o movimento em direção aos 145 mil pontos, impulsionado por papéis de commodities e bancos.
A queda recente dos preços da gasolina e a melhora nas expectativas de inflação têm contribuído para aliviar as curvas de juros futuros. No entanto, analistas reforçam que o Banco Central do Brasil (BCB) deve manter a Selic inalterada até 2026, diante da necessidade de observar a consolidação fiscal e a ancoragem das expectativas inflacionárias.
O mercado, portanto, entra nesta terça-feira em compasso de espera. Com os balanços de gigantes como Netflix, GM e Coca-Cola e o relatório da Vale no radar, o dia promete volatilidade e ajustes pontuais nas carteiras. O foco permanece no equilíbrio entre política monetária e lucros corporativos, que devem ditar o rumo dos ativos nas próximas semanas.
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Panorama do mercado financeiro no pré-mercado desta terça-feira
Os mercados globais amanhecem sem direção única nesta terça-feira (21/10), com investidores adotando postura de cautela diante de uma agenda repleta de discursos de autoridades monetárias, votações políticas e balanços corporativos relevantes. O movimento reflete um ambiente de ajustes após ganhos recentes, com o foco voltado para a política monetária e os resultados do terceiro trimestre.
Nos Estados Unidos, os índices futuros operam em leve queda, com o Dow Jones Futuro recuando 0,18%, o S&P 500 Futuro cedendo 0,12% e o Nasdaq Futuro em baixa de 0,16%. A movimentação indica uma realização parcial de lucros após a forte recuperação da semana passada, enquanto os investidores aguardam uma série de balanços importantes antes da abertura de Wall Street — entre eles General Motors (NYSE:GM), GE Aerospace (NYSE:GE), 3M (NYSE:MMM) e Coca-Cola (NYSE:KO).
Na Ásia-Pacífico, o sentimento foi predominantemente positivo. O Shanghai SE (China) subiu 1,36%, impulsionado por expectativas de estímulos adicionais do governo chinês para sustentar a recuperação econômica. O Nikkei (Japão) avançou 0,27%, refletindo otimismo com a provável aprovação de Sanae Takaichi como nova primeira-ministra pelo Parlamento japonês. O Hang Seng Index (Hong Kong) ganhou 0,65%, enquanto o ASX 200 (Austrália) subiu 0,70% e o Nifty 50 (Índia) teve leve alta de 0,15%, acompanhando o fluxo positivo da região.
Na Europa, os principais índices registram desempenho misto. O STOXX 600 recua 0,02%, enquanto o DAX (Alemanha) perde 0,11% e o FTSE 100 (Reino Unido) sobe 0,23%, impulsionado por ações do setor de energia. O CAC 40 (França) avança 0,05%, e o FTSE MIB (Itália) se destaca com ganho de 0,69%, em meio a dados corporativos melhores que o esperado.
Entre as commodities, o petróleo WTI (CCOM:OILCRUDE) sobe 0,26%, cotado a US$ 57,37 o barril, enquanto o Brent (CCOM:OILBRENT) opera estável, a US$ 61,01. O minério de ferro negociado na Bolsa de Dalian registra alta de 0,13%, a 769,50 iuanes (cerca de US$ 108,08), após atingir a mínima em sete semanas no pregão anterior. Já o Bitcoin (CCOM:BTC) recua 2,75%, cotado a US$ 107.786, refletindo movimentos de ajuste após uma sequência de valorização nas últimas semanas.
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Eventos do dia que os investidores devem ficar de olho
A agenda de eventos desta terça-feira é movimentada e promete dar o tom dos mercados ao longo do dia.
Em Tóquio, o Parlamento vota a indicação de Sanae Takaichi como primeira-ministra, o que pode representar uma mudança relevante na condução econômica e fiscal do Japão. Na China, ocorre a Sessão Plenária do 20º Comitê Central do Partido Comunista, com foco em diretrizes econômicas e industriais.
Na Europa, às 07h30, o presidente do Banco da Inglaterra (BoE), Andrew Bailey, e a vice-governadora Sarah Breeden testemunham no Comitê de Regulação dos Serviços Financeiros da Câmara dos Lordes. Às 08h00, a presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, participa de uma conferência sobre clima na Noruega, evento que deve abordar a transição verde e seu impacto sobre as taxas de juros na zona do euro.
Nos Estados Unidos, o foco recai sobre o discurso do dirigente do Federal Reserve, Christopher Waller, que fala duas vezes hoje — às 10h00 e 16h30 —, em conferências institucionais. No fim do dia, às 19h00, o presidente do Banco Central da Alemanha, Joachim Nagel, também se pronuncia em evento da Associação de Política Externa.
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Com os investidores de olho em dados, discursos e resultados, o dia promete ser de volatilidade controlada, com foco no equilíbrio entre política monetária, cenário geopolítico e desempenho corporativo. O sentimento geral permanece moderadamente positivo, sustentado pela expectativa de que os bancos centrais das principais economias caminhem para uma postura mais acomodatícia até o fim do ano.
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