Minério de ferro sobe 1,96% em Dalian nesta quarta-feira (29/10) e impulsiona Vale (VALE3) na B3

Minério de ferro fecha em alta nas bolsas da China e de Singapura. Ações da Vale sobem no Brasil e em Nova York com otimismo sobre negociações EUA-China.

O mercado global de minério de ferro encerrou esta quarta-feira (29/10) em alta nas principais bolsas asiáticas, sustentado pela melhora no sentimento econômico da China e pela expectativa de um possível acordo comercial com os Estados Unidos. A valorização da commodity refletiu diretamente nas ações das principais mineradoras globais, com destaque para o avanço da Vale (BOV:VALE3) na B3 e da Vale (NYSE:VALE) em Nova York.

Na Bolsa de Dalian (DCE), o contrato mais negociado — com vencimento em janeiro de 2026 — encerrou cotado a 804,5 iuanes por tonelada métrica, equivalente a cerca de US$ 113,82, em alta de 1,96% frente ao pregão anterior. Já na Bolsa de Cingapura (SGX), o contrato de referência para novembro avançou 0,7%, fechando em US$ 106,45 por tonelada, após tocar máximas de duas semanas.

O avanço foi atribuído ao otimismo sobre o cenário comercial global e à expectativa de estímulos econômicos por parte de Pequim, que podem favorecer o setor siderúrgico e aumentar a demanda por minério de ferro no curto prazo. Ainda que a produção de aço na China enfrente desafios, com margens mais apertadas e restrições ambientais, o fluxo de importações segue robusto, sustentando a estabilidade dos preços.

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📊 Dados de fechamento — Minério de ferro

• Bolsa de Dalian (DCE): 804,5 iuanes/t (≈ US$ 113,82) | +1,96%

• Bolsa de Cingapura (SGX): US$ 106,45/t | +0,7%

Entre os fatores que impulsionaram o mercado:

• Expectativa de acordo comercial entre China e EUA;

• Perspectiva de políticas de estímulo ao crescimento chinês;

• Aumento nas importações de minério nas últimas semanas;

• Reunião da liderança chinesa, que pode definir novas diretrizes industriais.

💰 Desempenho das mineradoras

Brasil – Vale (BOV:VALE3)
As ações da Vale avançaram 1,93%, fechando a R$ 63,40, acompanhando o movimento positivo do minério. A mineradora divulgou produção de 94,4 milhões de toneladas no terceiro trimestre de 2025, o melhor resultado desde 2018. O desempenho reforça a confiança dos investidores no ritmo operacional e nas iniciativas de descarbonização em curso.

EUA – Vale (NYSE:VALE)
Os papéis negociados em Nova York subiram 3,47%, cotados a US$ 12,02, refletindo o mesmo otimismo observado nos mercados asiáticos. O movimento foi amplificado por fluxos de fundos internacionais que buscam exposição em commodities e ativos brasileiros.

Brasil – CSN Mineração (BOV:CMIN3)
As ações da CSN Mineração subiram 0,67%, fechando a R$ 6,00, com expectativa positiva em torno do próximo balanço trimestral. Analistas apontam potencial de crescimento na receita e espaço para pagamento de dividendos.

Austrália – BHP (ASX:BHP)
As ações da BHP subiram 2,82%, encerrando a 2.227,00 pontos, impulsionadas pelo movimento global das commodities e pela projeção de estabilidade nos preços do minério até dezembro.

Reino Unido – Rio Tinto (LSE:RIO)
A mineradora britânica avançou 2,55%, cotada a 5.546,00 pontos, sustentada pela forte demanda chinesa e por expectativas de retomada industrial.

Europa – ArcelorMittal (EU:MT)
A ArcelorMittal recuou 1,61%, fechando a 33,61 pontos, pressionada por custos de energia na Europa e menores margens de aço no mercado regional.

EUA – Cleveland-Cliffs (NYSE:CLF)
Nos Estados Unidos, a Cleveland-Cliffs caiu 9,58%, cotada a US$ 12,74, após reportar desafios logísticos e queda nas margens operacionais no trimestre.

No contexto internacional, o setor mineral se mantém em destaque dentro da transição energética global, com mineradoras buscando soluções tecnológicas para reduzir emissões e aumentar eficiência operacional. A Ma’aden (Arábia Saudita), por exemplo, confirmou investimentos no Brasil, enquanto a Itochu Corporation (Japão) ampliou sua presença no setor local, reforçando o apetite global pelo minério brasileiro.

O minério de ferro segue como um dos principais indicadores da atividade industrial global e, por consequência, exerce forte influência sobre o desempenho da bolsa de valores brasileira, especialmente por meio das ações da Vale.

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