Momento B3: Confira os principais destaques corporativos da semana

A semana de 13 a 17 de outubro de 2025 foi marcada por uma série de eventos corporativos relevantes na B3, conforme destacado pelo Momento B3 ADVFN, principal fonte de informações sobre o mercado de capitais brasileiro. Empresas de diversos setores, como saúde, energia, varejo, aviação e imobiliário, anunciaram movimentações estratégicas, desde emissões de debêntures até vendas de ativos e mudanças em governanças, impactando o desempenho das ações e o Ibovespa, que fechou a semana em alta de 1,18% a 143.398,63 pontos.

No setor de locação e logística, a Armac Locação, Logística e Serviços (BOV:ARML3) anunciou sua 6ª emissão de debêntures simples, no valor de R$ 500 milhões, destinada ao reforço de caixa para sustentar operações futuras. Apesar do anúncio, a ação fechou a semana com queda de 3,14%, cotada a R$ 3,08, refletindo a volatilidade do mercado de small caps. Já no setor de seguros, a BB Seguridade (BOV:BBSE3) reportou uma queda de 15,7% nos prêmios de seguros emitidos em agosto, especialmente no segmento rural, o que contribuiu para uma desvalorização semanal de 2,65%, com a ação fechando a R$ 31,96.

A Brava Energia (BOV:BRAV3) enfrentou desafios com a interdição parcial de sua produção na Bacia Potiguar, impactando 3,8% de sua produção média de outubro. A ação caiu 4,22%, fechando a R$ 15,22, em meio a preocupações com a continuidade operacional. Em contrapartida, a Caixa Seguridade (BOV:CXSE3) destacou-se positivamente ao reportar crescimento em todos os segmentos, com avanço de 5,5% na contribuição bruta de previdência e 108,6% na captação líquida em agosto. Mesmo assim, a ação recuou 1,53%, encerrando a semana a R$ 14,77.

No varejo, o Grupo Pão de Açúcar (BOV:PCAR3) anunciou a eleição de André Coelho Diniz como novo presidente do conselho, mas a ação sofreu uma das maiores quedas da semana, com desvalorização de 6,33%, fechando a R$ 3,70, refletindo dificuldades no setor varejista. Já a Hapvida (BOV:HAPV3), do setor de saúde, liderou as quedas do Ibovespa com -8,31%, cotada a R$ 32,90, após aprovar um programa de recompra de até 20 milhões de ações, mas ser pressionada pela venda de participação pelo Norges Bank e pela queda de 70% no lucro líquido ajustado do 2T25.

O setor imobiliário apresentou desempenhos mistos. A Even Construtora e Incorporadora (BOV:EVEN3) reportou um salto de 231% nas vendas líquidas do 3T25, alcançando R$ 866 milhões, mas a ação caiu 1,26%, fechando a R$ 7,04. A Melnick Desenvolvimento Imobiliário (BOV:MELK3) registrou vendas líquidas de R$ 152,6 milhões no 3T25, abaixo do ano anterior, enquanto a Tecnisa (BOV:TCSA3) viu suas vendas líquidas caírem 16,3%, para R$ 73 milhões, com a ação recuando 0,43% (R$ 23,40). A Helbor (BOV:HBOR3), por sua vez, reportou vendas brutas de R$ 478,8 milhões, mas com queda de 3,1%, e sua ação subiu 0,80% (R$ 26,57).

No setor de energia, a Petrobras (BOV:PETR3; BOV:PETR4) avançou no processo de licenciamento para perfuração na Bacia da Foz do Amazonas, enviando ao Ibama um projeto de R$ 793,2 milhões, mas suas ações caíram 1,43% (R$ 31,64) e 1,23% (R$ 29,73), respectivamente, devido à volatilidade do petróleo Brent. A PRIO (BOV:PRIO3) retomou a produção no campo de Peregrino, mas a ação recuou 2,30%, fechando a R$ 36,12. A Neoenergia (NEOE3) anunciou um acordo de autoprodução eólica com a Nexus Ligas, reforçando sua estratégia em renováveis, enquanto a Cemig (BOV:CMIG4) concluiu a venda de quatro usinas por R$ 52,4 milhões, com a ação subindo 2,17% (R$ 10,83).

O setor financeiro também esteve em destaque. O Banco BTG Pactual (BOV:BPAC11) propôs a incorporação do Banco Pan (BOV:BPAN4), com um prêmio de 30% sobre as ações preferenciais, impulsionando a ação do Banco Pan em 25,80% (R$ 9,80), a maior alta semanal do Índice Small Caps. O BTG, no entanto, caiu 2,69% (R$ 46,38). O Santander Brasil (BOV:SANB11) aprovou a distribuição de R$ 2 bilhões em juros sobre capital próprio (JCP), mas a ação recuou 1,05% (R$ 28,20).

Na aviação, a Embraer (BOV:EMBR3) anunciou a mudança de seu ticker para EMBJ3 a partir de 3 de novembro e confirmou um pedido de 20 jatos E195-E2 pela TrueNoord, no valor de US$ 1,8 bilhão, além de um financiamento de R$ 1,7 bilhão do BNDES para exportação de 13 aeronaves E-175. A ação subiu 4,00%, fechando a R$ 80,61. A Gol Linhas Aéreas (BOV:GOLL54) lançou a tarifa Basic para voos internacionais e anunciou planos para fechar seu capital via oferta pública de aquisição (OPA), mantendo estabilidade na semana.

No setor de tecnologia, a Telefônica Brasil (BOV:VIVT3) assinou um contrato de R$ 702,6 milhões para serviços de computação em nuvem, com a ação subindo 1,54% (R$ 33,00). A TIM (BOV:TIMS3) antecipou o pagamento de R$ 684 milhões em dividendos, com alta de 3,55% (R$ 23,64). Já a Brisanet (BOV:BRST3) reportou crescimento de 9,8% na base de clientes de banda larga fixa, consolidando sua liderança no Nordeste.

A Raízen (BOV:RAIZ4) refutou rumores de reestruturação de dívida, mas sua ação disparou 5,68% (R$ 0,93), enquanto a Vibra Energia (BOV:VBBR3) revisou a projeção de Ebitda da controlada Comerc para R$ 1,05-1,15 bilhão, com a ação caindo 0,97% (R$ 23,49). A Klabin (BOV:KLBN11) obteve um financiamento internacional de US$ 150 milhões, mas a ação caiu 1,26% (R$ 17,30), pressionada pela fraqueza no setor de papel e celulose.

A Vale (BOV:VALE3) manteve o preço de R$ 42,00 para recompra de debêntures participativas, com alta de 0,94% (R$ 60,13), enquanto a Taesa (BOV:TAEE11) realizou pagamento de juros de debêntures, com a ação subindo 1,83% (R$ 36,67). A B3 (BOV:B3SA3) reportou queda de 0,4% no volume financeiro médio de ações em setembro, com a ação recuando 2,26% (R$ 12,56).

Outros destaques incluíram a Enjoei (BOV:ENJU3), que vendeu sua participação na Cresci e Perdi por R$ 36,1 milhões, e a Petrorecôncavo (BOV:RECV3), que concluiu um farm-out de 50% em sete concessões no Rio Grande do Norte, com a ação subindo 1,15% (R$ 12,33). A Guararapes (BOV:GUAR3) contratou o BTG Pactual para assessoria na possível venda de sua participação no Midway Mall, com alta de 7,32% (R$ 9,53).

No geral, a semana refletiu um cenário de volatilidade, com setores como saúde e varejo enfrentando pressões, enquanto energia, aviação e financeiro apresentaram movimentos positivos.

Para se manter informado sobre os principais destaques das empresas negociadas na B3, acompanhe diariamente o Momento B3 ADVFN. Fique por dentro das movimentações corporativas e tome decisões mais assertivas no mercado financeiro!