
Os preços do ouro caíram nas negociações asiáticas na terça-feira, 21 de outubro de 2025, recuando de máximas sem precedentes, com os comerciantes garantindo lucros e os sinais de melhora nas relações comerciais entre EUA e China moderando a demanda por ativos de refúgio.
O ouro à vista caiu 0,8%, para US$ 4.322,95 a onça, às 03h27 (horário de Brasília), recuando do pico recorde de segunda-feira de US$ 4.381,21/onça após uma alta sustentada. Os contratos futuros de ouro dos EUA para entrega em dezembro também recuaram 0,5%, para US$ 4.339,35/onça.
Alívio das tensões diminui o apelo do ouro como porto seguro
O declínio ocorreu quando Donald Trump adotou uma postura mais conciliatória sobre comércio, dizendo que esperava um acordo “forte e justo” com a China e aguardava discussões construtivas com Xi Jinping durante a cúpula da próxima semana na Coreia do Sul.
Somando-se ao otimismo, o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, deve se reunir com o vice-primeiro-ministro chinês, He Lifeng, na Malásia ainda esta semana. Isso ocorre em meio a atritos comerciais persistentes e à recente ameaça de Trump de impor tarifas de 100% sobre produtos chineses a partir de 1º de novembro.
O assessor econômico da Casa Branca, Kevin Hassett, impulsionou ainda mais o sentimento do mercado na segunda-feira ao declarar que a paralisação prolongada do governo dos EUA “provavelmente terminará esta semana”, à medida que as negociações se aproximam de um acordo bipartidário.
Essa redução dos riscos políticos e comerciais reduziu a urgência dos investidores em buscar refúgio no ouro.
O mercado recorre ao IPC dos EUA para orientação
Os investidores agora estão voltando o foco para os dados atrasados do Índice de Preços ao Consumidor dos EUA, com divulgação prevista para sexta-feira. Economistas esperam que a inflação geral suba cerca de 3,1% na comparação anual, com um dado mais aquecido potencialmente reduzindo a probabilidade de um corte nos juros na reunião de outubro do Federal Reserve.
Ainda assim, o ouro continua sustentado pelas expectativas de flexibilização do Fed, pelo impacto persistente das medidas tarifárias de Trump e pelas compras contínuas dos bancos centrais, que fornecem suporte estrutural ao mercado.
Dólar mais forte pesa sobre complexo de metais
O dólar americano se fortaleceu modestamente, aumentando a pressão sobre os mercados de metais ao tornar as commodities cotadas em dólares mais caras para compradores internacionais.
Os contratos futuros de prata recuaram 1,5%, para US$ 50,68 a onça, enquanto os contratos futuros de platina recuaram 1,1%, para US$ 1.633,60 a onça. O cobre, referência na Bolsa de Metais de Londres, recuou 0,2%, para US$ 10.666,20 a tonelada, e os contratos futuros de cobre nos EUA recuaram 1%, para US$ 5,00 a libra.

Este conteúdo é apenas para fins informativos e não constitui aconselhamento financeiro, de investimento ou de qualquer outra natureza profissional. Não deve ser considerado uma recomendação de compra ou venda de quaisquer valores mobiliários ou instrumentos financeiros. Todos os investimentos envolvem riscos, incluindo a potencial perda do principal. O desempenho passado não é indicativo de resultados futuros. Você deve conduzir sua própria pesquisa e consultar um consultor financeiro qualificado antes de tomar qualquer decisão de investimento.
QUER SABER COMO GANHAR MAIS?
A ADVFN oferece algumas ferramentas bem bacanas que vão te ajudar a ser um trader de sucesso
- Monitor - Lista personalizável de cotações de bolsas de valores de vários paíeses.
- Portfólio - Acompanhe seus investimentos, simule negociações e teste estratégias.
- News Scanner - Alertas de notícias com palavras-chave do seu interesse.
- Agenda Econômica - Eventos que impactam o mercado, em um só lugar.
Recursos principais