Tensão técnica no Dólar Futuro e Mini Dólar

O Dólar Futuro (BMF:DOLV25) encerrou o pregão de quarta-feira (15/10) em 5.475 pontos, operando em um canal de indefinição técnica entre as médias móveis de 21 e 200 dias. Esse comportamento sugere que o mercado cambial está em modo de observação, aguardando gatilhos macroeconômicos ou técnicos para definir uma direção clara.

No curto prazo, a faixa de 5.543 pontos funciona como divisor de águas: um rompimento consistente acima dessa região poderá abrir espaço para altas adicionais em direção aos níveis de 5.610 e 5.760. Esses patamares representam resistências técnicas importantes, associadas a topos anteriores e concentração de ordens.

Por outro lado, uma perda clara da faixa de suporte em 5.467 pontos poderá acelerar um movimento corretivo, com alvos em 5.320 e 5.240 pontos. Essas zonas também se destacam como regiões de suporte técnico de médio prazo, reforçadas por volumes acumulados.

O IFR e o MACD exibem configuração altista no curto prazo, sinalizando que, apesar da lateralização, o viés dos grandes players ainda se inclina para movimentos ascendentes. Essa leitura reforça a hipótese de que um rompimento altista pode acontecer de forma acelerada.

No gráfico intraday, o Mini Dólar Futuro (BMF:WDOV25) confirma essa narrativa. Após fechar a sessão anterior em 5.475 pontos, o ativo apresenta tendência lateral nos tempos de 60 e 15 minutos, mas mostra fraqueza no gráfico de 5 minutos, com inclinação negativa da média de 200 períodos.

Essa desaceleração em resistência indica que o preço pode estar preparando uma correção de curto prazo antes de uma nova tentativa de rompimento. A faixa de 5.500 pontos tem se mostrado uma barreira psicológica e técnica bastante forte.

Caso ocorra rompimento sustentado dessa região, a aceleração em direção aos 5.515 e 5.530 pontos poderá ser rápida, favorecendo operações direcionais de curta duração. Já uma falha nessa faixa pode reforçar movimentos corretivos para 5.460 e 5.430.

Os operadores técnicos estão atentos ao comportamento dos contratos de juros futuros, que também influenciam a formação de preço do dólar no mercado futuro. A volatilidade nos Treasuries norte-americanos e nos contratos DI domésticos reforça a cautela.

A correlação com os fluxos de carry trade também tem peso nesse momento. A sinalização de manutenção da Selic no Brasil e a expectativa de cortes adicionais pelo Fed norte-americano tendem a reforçar fluxos favoráveis ao real, mas o cenário ainda não é claro o suficiente para movimentos firmes.

Em resumo, o dólar futuro está em uma encruzilhada técnica. Um rompimento acima dos 5.543 pontos pode liberar força compradora relevante, enquanto uma perda da região dos 5.467 pontos pode deflagrar correções expressivas.

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