Vale (VALE3) encerra o dia em alta, acompanhando recuperação global das mineradoras globais

Ações da Vale avançam mais de 2% na B3 e 1,6% na NYSE, mesmo com queda do minério de ferro. Analistas veem espaço para dividendos extraordinários e melhora operacional no 3º trimestre.

A Vale (BOV:VALE3) fechou esta quarta-feira (15/10/2025) em alta de 2,01%, cotada a R$ 60,95, e foi um dos destaques positivos do pregão na bolsa de valores B3. O movimento de recuperação ocorre após um início de semana mais contido, refletindo a reação dos investidores às notícias sobre dividendos extraordinários e expectativa de melhora nos resultados do terceiro trimestre.

Na bolsa de Nova York (NYSE:VALE), os ADRs da Vale também avançaram 1,65%, encerrando o dia a US$ 11,17. O desempenho positivo na NYSE acompanhou o otimismo dos investidores internacionais com mineradoras globais, apesar da leve desvalorização do minério de ferro nas principais praças asiáticas.

Enquanto isso, os contratos futuros do minério de ferro echaram em queda de 1,46% na bolsa de Dalian (DCE), cotados a 776,5 iuanes por tonelada, o equivalente a US$ 108,97, e também recuaram 0,45% na bolsa de Cingapura (SGX), a US$ 104,70 por tonelada. A desvalorização foi atribuída ao aumento dos estoques de aço na China e às tensões comerciais entre Estados Unidos e China, que voltaram a pesar sobre as commodities metálicas.

Apesar disso, a Vale mostrou resiliência e se descolou da queda da commodity, impulsionada por expectativas de novos dividendos extraordinários. O BTG Pactual e a Genial Investimentos publicaram análises apontando que a mineradora mantém espaço para distribuição de proventos robustos, sustentada por forte geração de caixa e margens sólidas.

Em comparação com outras gigantes do setor, a Vale teve desempenho superior nesta quarta. A BHP (ASX:BHP) avançou 0,50%, a Rio Tinto (LSE:RIO) subiu 1,16%, enquanto a Cleveland-Cliffs (NYSE:CLF) recuou 0,36%, pressionada pela volatilidade do aço nos Estados Unidos. A performance da Vale também superou a ArcelorMittal (EU:MT), que oscilou entre leve alta de 0,52% e estabilidade, refletindo cautela dos investidores europeus.

Os analistas destacam que a retomada compradora da Vale pode estar relacionada à leitura técnica positiva dos gráficos. Segundo indicadores compilados pela ADVFN, seis de treze sinais técnicos apontam alta para o papel, incluindo médias móveis ascendentes e Parabólico SAR indicando tendência de compra. O rompimento da resistência de R$ 63,99 poderia abrir caminho para novas valorizações nas próximas sessões.

No radar dos investidores também está o recente alerta da companhia sobre tentativas de golpes envolvendo o extinto Fundo 157 e o uso indevido do nome da mineradora. A Vale reforçou que não solicita pagamentos via Pix e que qualquer informação oficial deve ser verificada em seus canais institucionais.

Os próximos dias devem trazer maior volatilidade, já que o mercado aguarda os resultados operacionais da companhia e novos dados de exportação de minério. Analistas da XP Investimentos projetam crescimento de receita e EBITDA, mas com possível retração no lucro líquido do 3º trimestre, reflexo do cenário global de demanda mais fraca por aço.

👉 Acompanhe a cotação da Vale em tempo real na ADVFN: https://br.advfn.com/bolsa-de-valores/bovespa/vale-on-VALE3/cotacao

Fatores que influenciaram o desempenho da Vale hoje

• Minério de ferro recuou 1,46% em Dalian e 0,45% em Cingapura.

• Aumento dos estoques de aço na China pressiona a demanda por minério.

• Tensões comerciais EUA-China geram aversão ao risco em commodities.

• Expectativas de dividendos extraordinários atraem fluxo comprador para as ações.

• Técnicos sinalizam alta com indicadores favoráveis e tendência de compra.

Análise Técnica VALE3 Hoje (15/10/25)

A Vale (BOV:VALE3) encerrou o pregão desta quarta-feira (15/10/2025) com movimento técnico consistente, sustentado por uma série de sinais mistos, porém com predominância de indicações altistas. A ação apresentou estrutura de recuperação sólida nos gráficos diários, apoiada por formações de candlestick favoráveis e indicadores de tendência ascendentes.

O histórico recente de candlesticks revela uma sequência interessante de formações técnicas que ajudam a entender o atual momento da ação. Nos últimos dias, o pregão de 9 de outubro registrou um Engolfo de Baixa (Bearish Engulfing), sinalizando pressão vendedora temporária. No entanto, esse movimento não se consolidou, já que no dia anterior (8 de outubro) havia sido identificado um Harami de Alta (Black Harami) — padrão que costuma antecipar reversões positivas após quedas curtas.

Nos níveis gráficos, a Vale (BOV:VALE3) trabalha em uma faixa crítica de preços. A resistência imediata está em R$ 63,99, e caso o papel consiga romper esse patamar, há espaço técnico para buscar R$ 65,35, R$ 65,66, R$ 67,10 e até R$ 67,66 nas próximas sessões. O cenário de médio prazo segue promissor: o potencial altista (upside) até o topo histórico de R$ 120,45 ainda é de impressionantes +98,6%, segundo dados compilados pela ADVFN.

Por outro lado, a perda do suporte em R$ 59,22 acionaria sinal de cautela entre os traders, abrindo espaço para testes nas zonas inferiores de R$ 58,75, R$ 57,09 e R$ 56,54. A sustentação acima dos R$ 59,50 é, portanto, essencial para manter o viés positivo no curto prazo.

Dos 13 indicadores técnicos analisados, 6 apontam alta (46,15%), 3 sinalizam baixa (23,08%) e 4 permanecem neutros (30,77%). A média móvel simples de 21 períodos e a média de 5 períodos estão inclinadas para cima, indicando continuidade da tendência altista. O Parabólico SAR e o HILO Activator também confirmam esse viés de compra.

Entretanto, há sinais de que o papel pode entrar em zona de sobrecompra. O Índice de Força Relativa (IFR) mostra leitura acima do nível ideal, sugerindo possível reversão de curto prazo se não houver consolidação acima das resistências. O CCI (Commodity Channel Index), que está acima de +100, também reforça essa percepção de sobreaquecimento, enquanto o Trix ascendente sugere que a tendência ainda tem força para se sustentar. O ADX/DMI permanece neutro, sem cruzamentos claros entre as linhas de direção, o que indica que a força da tendência ainda não se consolidou totalmente. Já o MACD, outro indicador amplamente utilizado, segue estável, sem cruzamentos que indiquem reversão iminente.

A leitura técnica combinada mostra que a Vale (BOV:VALE3) permanece em tendência de alta, com campo de tendência positivo e indicadores técnicos majoritariamente otimistas. No entanto, os sinais de sobrecompra no IFR e CCI pedem atenção — o papel pode precisar de uma breve correção ou lateralização antes de retomar um movimento altista mais robusto.

Para os traders de curto prazo, a confirmação do rompimento acima de R$ 63,99 será decisiva para acionar novas entradas compradoras. Já para investidores de médio prazo, a manutenção acima de R$ 59,50 e o suporte de R$ 58,75 seguem como zonas de proteção técnica importantes.

Todas as análises técnicas apresentadas neste artigo foram obtidas por meio da ferramenta Scanner ADVFN, uma plataforma avançada que permite acompanhar em tempo real o comportamento de ações, identificar padrões de candlestick, suportes e resistências, e interpretar diversos indicadores técnicos de forma prática e confiável. Ao utilizar o Scanner ADVFN, investidores têm a vantagem de visualizar rapidamente quais ativos estão em tendência de alta ou baixa, monitorar sinais de reversão e tomar decisões mais informadas, sem depender apenas da intuição. A ferramenta também facilita comparações entre diferentes períodos e ativos, oferecendo um panorama completo do mercado de ações da bolsa de valores, tornando a análise mais eficiente e acessível tanto para investidores iniciantes quanto para profissionais experientes.