
Companhia Brasileira de Alumínio reporta lucro líquido de R$131 milhões no terceiro trimestre, avanço de 51% na base anual; Ebitda ajustado recua 43%, pressionado pelos custos
A Companhia Brasileira de Alumínio (BOV: CBAV3) apresentou um resultado misto no terceiro trimestre. Enquanto o lucro líquido avançou para R$131 milhões, uma alta expressiva de 51% na comparação com o mesmo período do ano passado, o Ebitda ajustado — que mede a performance operacional da empresa — caiu 43%, para R$234 milhões. Ainda assim, o indicador cresceu 24% em relação ao fraco desempenho observado no segundo trimestre deste ano.
Segundo o relatório divulgado, a receita líquida da companhia somou R$2,25 bilhões no trimestre, 5% acima do registrado um ano antes. Contudo, o custo dos produtos vendidos avançou em ritmo maior, crescendo 16% e alcançando R$2,05 bilhões, o que explica parte da pressão sobre a margem operacional. A expectativa do mercado (LSEG) apontava para um Ebitda de R$248 milhões e receita de R$2,19 bilhões — ou seja, houve leve frustração no resultado operacional, mas uma surpresa positiva no faturamento.
O período também mostrou estabilidade no lado comercial. As vendas de alumínio totalizaram 132 mil toneladas, aumento de 2% na comparação anual, indicando demanda ainda aquecida no setor de transformação industrial ligado ao metal.
A empresa encerrou setembro com alavancagem financeira de 2,45 vezes, patamar monitorado de perto pelos investidores diante das recorrentes especulações sobre uma possível alienação do controle da companhia pelo grupo Votorantim. Até o momento, a empresa não confirmou essas tratativas.
No último pregão, as ações da CBA (CBAV3) fecharam cotadas a R$4,98, estáveis na sessão. O papel acumula volatilidade recente, oscilando em uma faixa de 52 semanas entre R$2,74 e R$6,69. Para o pregão desta quinta-feira (06/11), o mercado deve reagir principalmente à leitura de margens mais comprimidas, mas também ao alívio momentâneo na linha do lucro.
A Companhia Brasileira de Alumínio é uma das maiores produtoras de alumínio primário do país, além de atuar na reciclagem, transformação industrial e fornecimento para setores como automotivo, embalagens, construção civil e energia. A empresa é controlada pelo grupo Votorantim, um dos maiores conglomerados industriais do Brasil.
O resultado mostra um cenário ambíguo: o lucro avança, mas a estrutura de custos segue pressionando o desempenho operacional. Investidores seguem atentos ao desenrolar das especulações de venda e à evolução da demanda no setor.
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