
Curva de juros avança de forma moderada, acompanhando alta nos Treasuries e incertezas sobre cortes de juros nos EUA; vértices longos mantêm prêmio fiscal elevado.
O mercado de juros futuros brasileiro encerrou a segunda-feira (03/11) com leve alta ao longo da curva de juros, em um pregão de baixa liquidez e dominado pela cautela externa. Investidores acompanharam a movimentação dos Treasuries nos Estados Unidos e ajustaram posições após a pausa do feriado nacional, enquanto o cenário fiscal e a expectativa de inflação mantiveram os vértices da curva de juros pressionados.
Nos destaques do dia, os contratos com vencimento em janeiro de 2027 (BMF:DI1F27) avançaram 0,22%, encerrando a 13,875%, enquanto os contratos de janeiro de 2030 (BMF:DI1F30) subiram 0,15%, a 13,235%. Na ponta longa, o contrato de janeiro de 2035 (BMF:DI1F35) também ganhou tração, com alta de 0,18%, a 13,575% ao ano — refletindo o prêmio de risco fiscal e a sensibilidade aos juros internacionais.
Entre os vértices de curto e médio prazo, o destaque ficou para os contratos com vencimento em janeiro de 2026 (BMF:DI1F26), que registraram leve variação positiva de 0,01%, encerrando a 14,895%, com 166,6 mil contratos negociados. Já o DI de janeiro de 2027 (BMF:DI1F27) foi o mais líquido do dia, com 325,2 mil contratos movimentados, mantendo-se como referência para os investidores na B3.
Nos prazos mais longos, o volume foi mais contido, mas ainda expressivo nos contratos de janeiro de 2028 (BMF:DI1F28), com 177,5 mil negócios, e nos de janeiro de 2031 (BMF:DI1F31), que somaram 80 mil contratos. Esses vértices são tradicionalmente mais sensíveis às expectativas fiscais e políticas, refletindo o prêmio adicional de risco cobrado pelos investidores.
O comportamento dos juros futuros na sessão acompanhou a tendência dos Treasuries americanos, que operaram com estabilidade a leve alta nos rendimentos. O retorno do título de 10 anos permaneceu próximo de 4,10%, enquanto o papel de 2 anos ficou em torno de 3,62%. O mercado internacional segue avaliando a decisão do Federal Reserve (Fed) da semana passada e os comentários prudentes do presidente Jerome Powell, que reforçaram a ideia de que os cortes de juros podem demorar mais do que o esperado.
A cautela também foi amplificada pela ausência de dados econômicos relevantes nos EUA, após a paralisação parcial do governo (shutdown) suspender diversas divulgações. Com menor liquidez global e sem grandes gatilhos locais, o mercado brasileiro se manteve em compasso de espera, com movimentos mais técnicos e foco no comportamento dos vértices da curva de juros de médio e longo prazo.
Apesar da leve alta, o ambiente segue desafiador para os ativos de renda fixa no curto prazo. O prêmio fiscal e a incerteza sobre o ritmo de cortes da Selic continuam sustentando níveis elevados nos contratos mais longos do DI Futuro, enquanto os investidores monitoram a trajetória da inflação e o câmbio nas próximas semanas.
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