
PETR4 e PETR3 sobem mais de 3% na bolsa brasileira, enquanto ADRs PBR e PBR.A avançam até 5% em Nova York, superando a leve alta do petróleo e impulsionados por resultados operacionais recordes.
A Petrobras (BOV:PETR4) | (BOV:PETR3) | (NYSE:PBR) | (NYSE:PBR.A) dominou as atenções no mercado financeiro nesta sexta-feira (07/11), com suas ações registrando valorizações expressivas tanto na B3 quanto na NYSE. Em um dia marcado por otimismo setorial, a estatal brasileira se destacou como um dos principais motores do Ibovespa (BOV:IBOV), que fechou em nova máxima histórica acima dos 154 mil pontos. O movimento veio em meio a um cenário global de commodities estáveis, onde o petróleo mostrou recuperação tímida, mas suficiente para reforçar a confiança dos investidores na gigante do óleo.
No pregão da B3, as ações preferenciais da Petrobras, conhecidas como PETR4, encerraram o dia em R$ 32,20, após uma jornada volátil que começou com abertura a R$ 31,22, alcançou máxima de R$ 32,14 e tocou mínima de R$ 30,85. Isso representa uma variação absoluta de +R$ 1,19, ou +3,84%, com um volume robusto de mais de 97 milhões de negociações. O desempenho reflete não apenas o apetite dos investidores locais, mas também a resiliência da empresa em um ambiente de flutuações cambiais e pressões inflacionárias no Brasil.
Já as ações ordinárias, sob o ticker PETR3, apresentaram um ímpeto ainda maior, fechando a R$ 34,30 com ganho de +R$ 1,60 (+4,89%). Partindo de R$ 33,01 na abertura, o papel oscilou entre máxima de R$ 34,29 e mínima de R$ 32,51, negociando cerca de 19,7 milhões de unidades. Esse avanço foi crucial para o setor de energia na bolsa paulista, ajudando a contrabalançar quedas em outras áreas como varejo e tecnologia, e consolidando a Petrobras como pilar do índice principal do país.
Do outro lado do Atlântico, na NYSE, os American Depositary Receipts (ADRs) da companhia também celebraram o dia. O ADR comum PBR terminou cotado a US$ 12,80, com uma impressionante alta de +US$ 0,66 (+5,44%), após abrir em US$ 12,19, atingir pico de US$ 12,87 e piso de US$ 12,12, com volume superior a 60 milhões de ações. Esse vigor demonstra o apelo global da Petrobras, atraindo fluxos de capital estrangeiro em um momento em que o S&P 500 (SPI:SP500) operava com ganhos moderados.
Complementando o otimismo, o ADR preferencial PBR.A subiu para US$ 11,98, registrando +US$ 0,41 (+3,54%). A sessão começou em US$ 11,56, com máxima de US$ 12,06 e mínima de US$ 11,52, e movimentação de mais de 17 milhões de papéis. A diferença de performance entre PBR e PBR.A reflete preferências tradicionais dos investidores por liquidez e governança, mas ambos os ativos superaram a média do setor de energia nos EUA, sinalizando confiança renovada na estratégia da empresa.
Comparando com os preços do petróleo, que fecharam com avanços modestos, o desempenho da Petrobras se mostrou descolado da commodity de forma positiva. O Petróleo WTI (CCOM:OILCRUDE) encerrou em US$ 59,735, com variação de +US$ 0,15 (+0,25%), após abertura em US$ 59,585, máxima de US$ 60,365 e mínima de US$ 59,275. Da mesma forma, o Óleo Brent (CCOM:OILBRENT) ganhou +US$ 0,19 (+0,30%), fechando a US$ 63,625 de uma abertura em US$ 63,435, com pico de US$ 64,27 e vale de US$ 63,17. Enquanto o petróleo mal saiu do lugar, as ações da Petrobras multiplicaram esses ganhos, sugerindo que fatores internos, como resultados financeiros, foram os grandes catalisadores.
Entre os assuntos que mexeram com o mercado hoje, o balanço do terceiro trimestre da Petrobras roubou a cena. A companhia divulgou um lucro líquido de R$ 32,7 bilhões, salto de 23% ante o período anterior, superando projeções e impulsionado por eficiência operacional em meio a custos controlados. Esse número não só aliviou temores de endividamento, mas também reforçou a percepção de que a estatal está bem posicionada para navegar volatilidades globais, atraindo olhares de analistas que revisaram recomendações para “compra”.
Outro ponto de destaque foi a aprovação de dividendos pelo conselho de administração, totalizando R$ 12,26 bilhões – cerca de R$ 0,94 por ação tanto ordinária quanto preferencial. O pagamento, antecipado como remuneração mínima, será dividido em duas parcelas, com a primeira prevista para 21 de novembro. Essa medida, embora não extraordinária, sinaliza compromisso com acionistas e contrasta com a ausência de distribuições extras em 2025, priorizando investimentos em expansão para os próximos anos.
A produção operacional também entrou no radar, com recordes batidos em outubro: 3,14 milhões de barris de óleo equivalente por dia, graças ao pré-sal que continua como joia da coroa. Campos como Búzios impulsionam esse crescimento, mitigando impactos de flutuações no preço do barril e destacando a diversificação para gás natural. No entanto, a gestão enfatizou foco no plano de capex de 2025-2029, o que pode limitar surpresas positivas no curto prazo, mas fortalece a visão de longo prazo.
Ao benchmarkar com pares internacionais, a Petrobras saiu na frente de várias gigantes do setor. Na NYSE, a Exxon Mobil (NYSE:XOM) avançou +2,40% para US$ 117,25, e a Chevron (NYSE:CVX) ganhou +1,36% a US$ 155,02 – números sólidos, mas inferiores aos 5% do PBR. A ConocoPhillips (NYSE:COP) subiu +1,37% para US$ 86,83, enquanto a Equinor ASA (NYSE:EQNR) marcou +1,25% em US$ 24,34. Na Europa, a BP (LSE:BP) teve +2,27% a US$ 36,63, superando ligeiramente a PETR4, mas a Shell (NYSE:SHEL) limitou-se a +1,85% em US$ 75,59, com sua listagem londrina (LSE:SHEL) estável em -0,04% para £ 2.849,00.
A TotalEnergies (EU:TTE) registrou +0,64% para € 53,58 na Euronext, com ADR em NYSE (NYSE:TTE) a +1,82% para US$ 62,22, ficando atrás da Petrobras em todos os mercados. Já a ENI (BIT:E) avançou modestos +0,76% para € 37,10 na Itália, evidenciando que a estatal brasileira não só liderou entre emergentes, mas também eclipsou majors europeias mais conservadoras, graças a sua exposição ao pré-sal e yields atrativos.
Em um comparativo mais amplo, empresas menores como a PetroRio (BOV:PRIO3) subiram apenas +0,70% para R$ 38,73 na B3, enquanto a PetroReconcavo (BOV:RECV3) despencou -6,47% a R$ 11,71, destacando a superioridade da Petrobras em escala e estabilidade. A Brava Energia (BOV:BRAV3) ganhou +1,95% para R$ 14,62, mas ainda abaixo do PETR3. Internacionalmente, quem piorou foi a Shell em Londres, com perda marginal, enquanto a Exxon se aproximou, mas não igualou o fôlego do PBR.
Esses desempenhos reforçam o papel da Petrobras como termômetro do mercado de commodities no Brasil, onde oscilações no petróleo se amplificam por questões locais como câmbio e regulação.
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