Wilson Sons registra lucro líquido de R$ 197,3 milhões no 3T25, mesmo com pressão operacional

Receita avança 5,4% e demanda por serviços logísticos sustenta desempenho; ação PORT3 opera estável na bolsa de valores B3

A Wilson Sons Holdings Brasil S.A. (BOV:PORT3) divulgou nesta terça-feira (04/11), seu resultado financeiro referente ao terceiro trimestre de 2025 (3T25). A companhia reportou lucro líquido de R$ 197,3 milhões, queda de 9% em relação aos R$ 216,9 milhões registrados no mesmo período do ano anterior. O recuo foi influenciado por menores ganhos operacionais pontuais, apesar do avanço das receitas e do crescimento de diferentes frentes de negócio ligadas à cadeia logística e portuária.

A receita líquida somou R$ 808,8 milhões no trimestre, aumento de 5,4% na comparação anual, refletindo maior movimentação portuária e crescimento da demanda por serviços marítimos. No acumulado dos nove primeiros meses de 2025, a receita totalizou R$ 2,35 bilhões, alta de 11,6%.

O EBITDA consolidado ficou praticamente estável e somou R$ 397,2 milhões no trimestre, queda de 0,4% frente ao 3T24. No acumulado do ano até setembro, o indicador atingiu R$ 1,13 bilhão, avanço de 17% sobre o mesmo intervalo de 2024. Excluindo os efeitos do IFRS 16, o EBITDA do trimestre foi de R$ 359,2 milhões.

Um dos destaques positivos foi a equivalência patrimonial, que cresceu 180,5% no trimestre, alcançando R$ 30,5 milhões. No acumulado de nove meses, o avanço chegou a 713%, totalizando R$ 90,8 milhões, puxado principalmente pelo melhor desempenho de empresas coligadas do grupo.

No pregão desta manhã na bolsa de valores B3, as ações PORT3 eram negociadas a R$ 18,59, estáveis (0,00%) em relação ao fechamento anterior, após abrirem também em R$ 18,59. A mínima registrada até o momento do boletim foi de R$ 18,57, e a máxima de R$ 18,60. O volume negociado somava cerca de 7,7 mil papéis.

A Wilson Sons é uma das principais provedoras de serviços integrados para a indústria marítima e portuária no Brasil, atuando em rebocagem, terminais portuários, logística e serviços offshore. Entre suas concorrentes estão empresas ligadas a operações portuárias independentes e prestadores de serviços logísticos industriais e marítimos.

Para investidores, o resultado sugere uma empresa com demanda sólida, porém ainda sujeita a oscilações de margens e impactos operacionais pontuais — ponto importante para quem acompanha o papel no médio e longo prazo.