A confiança do consumidor nos EUA enfraquece em dezembro

O humor dos consumidores nos Estados Unidos apresentou nova deterioração em dezembro, conforme apontou o Índice de Confiança do Consumidor do Conference Board, que recuou para 89,1 pontos, segundo relatório divulgado na terça-feira (23/12). O resultado representou uma queda de 3,8 pontos em relação ao dado revisado de novembro e ficou abaixo do consenso do mercado, indicando maior cautela das famílias norte-americanas diante do cenário econômico.

O Índice de Expectativas, que reflete a visão de curto prazo dos consumidores sobre renda, ambiente de negócios e mercado de trabalho, permaneceu estável em 70,7 pontos. O patamar segue abaixo do nível de 80, que “normalmente sinaliza uma recessão iminente”, marcando o 11º mês consecutivo nessa zona considerada sensível. Já o Índice da Situação Atual mostrou piora mais intensa, ao recuar 9,5 pontos em dezembro, para 116,8, sugerindo percepção menos favorável sobre as condições econômicas correntes.

De acordo com a economista-chefe do The Conference Board, os temas econômicos continuam no centro das preocupações dos consumidores. “As respostas dos consumidores sobre fatores que afetam a economia continuaram a ser lideradas por referências a preços e inflação, tarifas e comércio, e política. No entanto, dezembro registrou aumentos nas menções à imigração, guerra e tópicos relacionados a finanças pessoais — incluindo taxas de juros, impostos e renda, bancos e seguros”, disse Dana M. Peterson, economista-chefe do The Conference Board.

No contexto de mercado, a piora da confiança do consumidor tende a ser interpretada como um sinal de desaceleração do consumo, elemento-chave para a atividade econômica dos Estados Unidos. Esse tipo de leitura costuma gerar maior volatilidade na bolsa de valores norte-americana, com possíveis impactos sobre índices como o S&P 500 (SPI:SP500), além de influenciar o comportamento do dólar e das taxas dos títulos públicos, à medida que investidores reavaliam expectativas para crescimento e política monetária.

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