
Ibovespa fecha em forte alta e recupera perdas da sessão anterior
O principal índice da bolsa de valores brasileira, o Ibovespa (BOV:IBOV), encerrou esta terça-feira (23/12) em alta expressiva de 1,46%, aos 160.455 pontos, revertendo integralmente as perdas do pregão anterior e renovando o otimismo do investidor local. Ao longo do dia, o índice oscilou entre a mínima de 158.143,85 pontos e a máxima de 160.456 pontos, em um movimento típico de recuperação técnica aliado à melhora do humor do mercado. O volume financeiro somava R$ 18,9 bilhões antes dos ajustes finais, nível mais contido por se tratar de véspera de feriado, mas suficiente para sustentar o avanço. O desempenho do mercado à vista superou o do contrato futuro de Ibovespa (BMF:INDFUT | BMF:WINFUT), que avançou em menor intensidade, sinalizando ajuste de posições mais concentrado nas ações à vista.
Alívio político e IPCA-15 abaixo do esperado impulsionam o mercado
A alta do mercado de ações brasileiro refletiu, principalmente, uma correção do excesso de pessimismo observado nos últimos pregões, diante de sinais de alívio no noticiário político doméstico. O cancelamento da entrevista do ex-presidente Jair Bolsonaro foi interpretado como um aumento da incerteza sobre a consolidação da candidatura de Flávio Bolsonaro à Presidência em 2026, reduzindo tensões eleitorais no curto prazo. No campo dos indicadores econômicos, o IPCA-15 avançou 0,25% em dezembro, ligeiramente abaixo da projeção de 0,27%, reforçando a percepção de um cenário mais benigno para os juros no Brasil.
Cenário externo positivo reforça leitura de “soft landing” nos EUA
No exterior, as bolsas de Nova York operaram em alta moderada, sustentadas pela divulgação do Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos, que cresceu 4,3% no terceiro trimestre de 2025, superando o resultado anterior e as expectativas do mercado. O dado reforçou a leitura de “soft landing” da economia norte-americana, reduzindo temores de um aperto monetário adicional pelo Federal Reserve. Mesmo com a realização em ações ligadas a commodities e com a liquidez reduzida, o fluxo e a rotação de portfólio sustentaram o desempenho positivo do Ibovespa.
Varejo, educação e bancos lideram as altas do Ibovespa
Entre as maiores altas do índice, C&A Modas (BOV:CEAB3) disparou 6,39%, beneficiada pela queda dos juros futuros e pela melhora do apetite ao risco. Cogna Educação (BOV:COGN3) avançou 5,85%, enquanto Lojas Renner (BOV:LREN3) subiu 3,59%. No setor financeiro, Santander Brasil (BOV:SANB11) saltou 4,41%, repercutindo positivamente a aprovação de juros sobre capital próprio. Banco do Brasil (BOV:BBAS3) ganhou 2,11% e Itaú Unibanco (BOV:ITUB4) avançou 1,64%. Entre as ações mais negociadas, Petrobras (BOV:PETR4 | BOV:PETR3 | NYSE:PBR) registrou leve alta, enquanto Vale (BOV:VALE3) encerrou praticamente estável, pressionada pelos futuros do minério de ferro na China.
Juros futuros recuam e favorecem setores sensíveis ao crédito
No mercado de juros futuros, o pregão foi marcado por queda das taxas, com destaque para os vencimentos de médio e longo prazo. O movimento refletiu tanto o IPCA-15 abaixo do esperado quanto o alívio no ambiente político doméstico. Os contratos de curto prazo apresentaram variações mais contidas, enquanto os DIs intermediários lideraram os recuos, beneficiando setores sensíveis ao custo de capital, como varejo e educação. O contrato de juros mais negociado (BMF:DI1FUT) recuou de forma relevante ao longo do dia, sinalizando ajuste nas expectativas para a trajetória da taxa básica de juros no Brasil.
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