
Revisão de preços para 8,7% anima investidores; ação da Hapvida sobe mais de 5% e reforça expectativas de crescimento da receita em meio à inflação médica
As ações da Hapvida Participações e Investimentos S.A. (BOV:HAPV3) registram forte valorização na bolsa de valores brasileira nesta segunda-feira (15/12), após o Bradesco BBI revisar para cima sua estimativa de reajuste dos planos individuais de saúde da companhia em 2026. A nova projeção aponta aumento médio de 8,7%, acima da previsão anterior de 5,2%, sinalizando um cenário mais favorável para a geração de receita da operadora.
Às 15h06, os papéis da Hapvida subiam 4,56%, cotados a R$ 15,37, após abrirem o pregão a R$ 14,81. No intradiário, a ação chegou à máxima de R$ 15,48 e mínima de R$ 14,81, com volume financeiro expressivo, refletindo o aumento do apetite dos investidores diante da nova leitura do mercado.
Segundo o relatório do Bradesco BBI, a revisão considera a variação dos custos médicos por usuário, ponderada pelo número de beneficiários de cada operadora. Nesse contexto, Hapvida (BOV:HAPV3) e Notre Dame Intermédica responderam juntas por 3,8 pontos percentuais do reajuste total estimado, impulsionadas por aumentos de custos muito acima da média do setor — 40% e 37%, respectivamente.
O banco destaca que os planos individuais e de afinidade apresentaram crescimento de custos significativamente superior ao dos planos corporativos. Para a Hapvida, esse movimento é especialmente relevante, já que os planos individuais representam cerca de 25% da receita líquida da companhia. Além disso, o reajuste projetado supera a inflação médica consolidada de 6,5% registrada nos nove primeiros meses de 2025, favorecendo o crescimento da receita via precificação.
Os dados também mostram que os custos médicos por usuário avançaram 13,2% no acumulado de janeiro a setembro de 2025, acima dos 9,4% de 2024 e dos 10,2% de 2023. O envelhecimento da base de beneficiários — fator relevante no cálculo do reajuste — permaneceu elevado e estável, reforçando a pressão estrutural sobre os custos do setor de saúde suplementar.
O reajuste dos planos individuais é definido pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) por meio de uma fórmula que considera 80% da variação média dos custos médicos por usuário dos dois anos anteriores, ajustada por ganhos de eficiência e envelhecimento da carteira, e 20% do IPCA ajustado do ano anterior.
No mercado, a leitura predominante é de que o novo cálculo cria um ambiente mais equilibrado entre custos e preços, favorecendo a Hapvida no médio prazo. A reação positiva das ações nesta segunda-feira reforça essa percepção, após os papéis já terem avançado 5,45% na sexta-feira (12/12), acumulando ganhos relevantes no curto prazo.
A Hapvida (BOV:HAPV3) é uma das maiores operadoras de saúde do país, atuando no modelo de integração vertical, com hospitais, clínicas, laboratórios e planos de saúde próprios. A companhia concorre com grupos como Rede D’Or (BOV:RDOR3), SulAmérica (controlada pela Rede D’Or) e Amil, e tem forte presença nas regiões Norte e Nordeste, além de expansão nacional.
Com o novo cenário traçado pelo Bradesco BBI, investidores passam a monitorar de perto os impactos do reajuste na receita líquida, no lucro operacional e nos próximos balanços financeiros da companhia.
QUER SABER COMO GANHAR MAIS?
A ADVFN oferece algumas ferramentas bem bacanas que vão te ajudar a ser um trader de sucesso
- Monitor - Lista personalizável de cotações de bolsas de valores de vários paíeses.
- Portfólio - Acompanhe seus investimentos, simule negociações e teste estratégias.
- News Scanner - Alertas de notícias com palavras-chave do seu interesse.
- Agenda Econômica - Eventos que impactam o mercado, em um só lugar.
Recursos principais